terça-feira, 19 de agosto de 2014

Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação, José Henrique Paim,


Fortaleza/CE, 11 de fevereiro de 2014

Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação, José Henrique Paim,

É sabido que a educação pública brasileira está muito a quem de uma educação de excelência, existe muitos fatos que poderiam explicar essa atual conjuntura, dentre eles, poderíamos citar: a péssima estrutura das nossas escolas públicas, a falta de formação continuada, investimentos mal aplicados e as desvalorização do profissional da educação. Mas, contudo ressalto que apesar do acesso as tecnologias estarem ao alcance de nossas mãos, nossos professores não tem o tempo para estarem descobrindo e aprendendo a usar novas tecnologias, por serem obrigados a trabalhar três turnos para adquirirem um salário suficiente para uma vida razoável.Os novos paradigmas tecnológicos, com a informatização veloz e quase generalizada da sociedade já se encontram presente em todo o mundo e, mesmo em países como o Brasil, onde as desigualdades sociais e regionais são muito grandes, ele é determinante, principalmente em termos de mercado de trabalho nos grandes centros urbanos. Muitos países até mesmo como o nosso, vivem contradições profundas em seus sistemas sociais, pois ao mesmo tempo em que uns estão inseridos plenamente no mercado de trabalho em determinadas e específicas áreas, outros estão completamente imersos ao descaso e no esquecimento por parte dos dirigentes do nosso país. Obviamente quando analisamos o sistema educacional, a situação é categoricamente distinta. Esta separação entre o mundo das tecnologias da comunicação com o mundo da educação é muito amplo, induzindo-nos a pensar na quase existência de um empecilho. Está claro que necessitamos de muito mais do que simplesmente aperfeiçoar o sistema educacional. O momento exige uma intensa transformação estrutural deste sistema com maior articulação com os sistemas de informação e comunicação. Neste contexto de mutações, somos realmente obrigados a pensar e refletir mais sobre o nosso sistema educacional, ainda centrado em velhos paradigmas, muitas vezes destacando apenas a formação uma mão de obra sem qualificação. Passados muitos anos neste discurso e continuamos a perceber a necessidade de um olhar mais atento nesta direção elaborada sob forte crítica da comunidade, reforçando a necessidade de uma concreta formação dos profissionais da educação, como sendo fundamental para a transformação deste sistema. Não é mais admissível mais uma proposta dos dirigentes da nação ser esquecida, pois mais do que nunca a formação continuada dos formadores de mentalidade do país é essencial. O esquecimento nos faz pensar que a desqualificação dos profissionais da educação foi e é um dos mecanismos para manter-nos fracos e covardes formando outros cidadãos com os mesmo pensamentos.Entretanto, a transformação do sistema educacional do nosso país tem que passar antemão pela transformação do professor. Não podemos continuar pensando em formar professores com teorias pedagógicas que se superam a nossa realidade cotidiana, centradas em princípios incompatíveis com o nosso currículo, programas, materiais didáticos, incluindo as tecnologias como: softwares educacionais, vídeos educativos. Se continuarem adotando esta perspectiva é desconhecer completamente as transformações que estamos vivendo no mundo contemporâneo e os novos elementos que estão fazendo parte da realidade de nossos jovens e adolescentes. Compreender os novos processos de aquisição e construção do conhecimento é básico para tentarmos superar este impasse. Esta compreensão, por outro lado, empurra-nos necessariamente para considerar como fundamental a introdução das chamadas tecnologias da comunicação e informação nos processos de ensino-aprendizagem. Uma escola, conectada, interligada, integrada, articulada com o conjunto da rede, passa a ser mais um elemento vital deste processo coletivo de produção de conhecimento. Diante disso, esta passagem não corresponde apenas a um aperfeiçoamento do sistema educacional. Ela exige uma transformação profunda, impondo, conseqüentemente, a implantação de políticas educacionais coerentes com as transformações da sociedade como um todo e não simplesmente articulados com uma perspectiva de modernização do nosso sistema. Desde já conto com sua colaboração no sentido de priorizar projetos governamentais, aos movimentos que relacionam as políticas educacionais, culturais, científicas, tecnológicas e de comunicação.

Atenciosamente,

Edneide Silva.

 

 

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