Tecnologia ou Metodologia? Eis a questão!
sexta-feira, 8 de julho de 2022
08 de Julho - Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador: tudo começa na escola!
sábado, 30 de outubro de 2021
DIA do LIVRO com sugestões de leitura e atividades
O clássico e nosso queridinho é "OS BOTÕES DE NAPOLEÃO, as 17 moléculas que mudaram a história". Em nosso outro blog, é possível assistir a um pequeno vídeo onde há o resumo do livro (edquimicaedbem.blogspot.com). Além disso, aqui mesmo no blog, fizemos a resenha de todos os capítulos (qualopapeldoprofessorcoordenador). Revejam, temos certeza que vão gostar.
Nossa segunda indicação é "A COLHER QUE DESAPARECE". Esse livro ´traz aspectos químicos e históricos que podem ser trabalhados, assim como o título anterior, de forma interdisciplinar. Em parceria com o professor de História e Língua Portuguesa, é possível organizar uma feira ou mostra cultural, possibilitando a integração entre as disciplinas, alunos e professores.
A sugestão seguinte é "TIO TUNGSTÊNIO", onde o autor relembra sua infância, impregnada de recordações sobre o comportamento misterioso dos materiais. Desconfiando de que existiam fenômenos por trás do mundo visível, o autor faz inúmeros questionamentos. Cada etapa de suas descobertas sobre a luz, o calor, a eletricidade, o átomo e os raios X é relembrada conduzindo o leitor pela história da química. A escrita envolvente aproxima poesia e ciência por meio de recordações que são, a um só tempo, investigações intelectuais e episódios de amadurecimento afetivo. Nascido numa família de cientistas, Oliver Sacks encontrou incentivo para sua vocação. Tio Dave fabricava lâmpadas de tungstênio e, para o menino Oliver, tinha as mãos, os pulmões e os ossos encharcados do metal escuro e pesado. Era o tio Tungstênio. É possível encontrar a resenha no link Tio Tungstênio
A última sugestão é "BARBIES, BAMBOLES E BOLAS DE BILHAR". Esse título é fantástico! Traz 67 comentários sobre a fascinante Química do dia a dia. O professor pode selecionar alguns títulos e explorar como tema de seminários ou promover debates.
Essas são as nossas dicas! Não esqueçam de nos visitar em nossas mídias.
quinta-feira, 24 de junho de 2021
O QUE É O PhET?
O projeto PhET Simulações Interativas da Universidade do Colorado, foi fundado em 2002. Nele, é possível criar simulações interativas gratuitas de Matemática e Ciências. As simulações no PhET, baseiam-se em extensa pesquisa na área da Educação e envolvem os alunos através de ambiente virtual intuitivo, estilo jogo, onde aprendem através da exploração e da descoberta.
As simulações são escritas em Java, Flash ou HTML5, e podem ser executadas on-line ou copiadas para o computador. Todas as simulações são de código aberto. Os professores têm acesso a dicas e simuladores específicos, recursos para o ensino com simulações e atividades compartilhadas pela comunidade de professores do simulador.
À medida que os usuários interagem com essa ferramenta, eles recebem feedback imediato sobre o efeito das mudanças que fizeram. Isto permite-lhes investigar as relações de causa e efeito e responder a perguntas científicas através da exploração da simulação.
Lembramos aos interessados que desejam maiores informações, disponibilizamos tutorial em formato de vídeo, no nosso canal do YouTube: EdQuímica EdBem - O canal que aproxima o conhecimento químico do cotidiano!
E então, o que vocês acharam do post?
Nos conte nos comentários se já conhecia essa ferramenta. Não esqueçam de nos acompanhar em nossas redes sociais e assim ficar por dentro das novidades e tornar suas aulas mais dinâmicas, interativas e contribuir efetivamente no processo de ensino e aprendizagem.
Se você gostou, compartilhe com colegas professores e estudantes.
quinta-feira, 27 de maio de 2021
Como utilizar a plataforma KAHOOT
Olá pessoal, tod@s bem?
Hoje
apresentamos pra vocês o Kahoot.
Sabemos que os jogos estão presentes
na vida das pessoas de todas as idades. É cada vez mais comum o uso dos jogos
em ambientes escolares, pois estudos afirmam que estimulam a capacidade de
adquirir conhecimentos, o raciocínio, no desenvolvimento de habilidades, motiva
a aprendizagem e a compreensão de conteúdos de elevada complexidade e
abstração, além de estimular o respeito, tanto do adversário quanto de regras.
Certamente por conhecer todas essas qualidades de se trabalhar com jogos, é que
o uso de ferramentas que se baseiam nesse princípio estejam se popularizando
cada vez mais.
O
Kahoot é uma plataforma de aprendizado baseada em jogos, usada como recurso
educacional em escolas e outras instituições de ensino. Esse software permite
criar questionários que podem ser respondidos por usuários que estejam
conectados à internet por meio de smartphones ou computadores.
Existem diversas aplicações para o Kahoot dentro da sala de aula, podendo ser utilizado em apresentações de trabalhos, testes de conhecimento entre os alunos, fixação de conteúdo da aula, perguntas de nivelamento do conhecimento, perguntas e respostas sobre diferentes temas, fórum de discussões e também como avaliação das atividades pelos alunos.
Dessa forma, torna-se excelente recurso educacional, pois permite que o ensino seja mais dinâmico, menos cansativo e possibilita que haja maior concentração.
sexta-feira, 23 de abril de 2021
GOOGLE CLASSROOM
O Google Classroom tornou-se sinônimo de credibilidade quando o assunto é aula remota. Nele, os profissionais da área da educação contam com meios eficientes de interação com seus alunos de maneira criativa. Por fugir do modelo tradicional de ensino, a ferramenta disponibiliza uma forma repaginada para ministrar aulas.
Ainda que o Google Classroom não substitua as salas de aula físicas, complementa o espaço oferecendo diversas ferramentas para os professores trabalharem com maior liberdade por meio de dispositivos conectados à internet.
RECURSOS
· Criação de turmas;
A criação de turmas no Google Classroom é bem intuitiva e prática. Assim, basta dar nome à sala de aula e enviar convites aos alunos. A ferramenta tem uma interface que lembra muito o feed de uma rede social. Nela, os professores podem lançar comunicados aos diferentes grupos de estudantes, de acordo com sua necessidade.
·
Gerenciamento e organização da sala de aula;
O gerenciamento e organização da ferramenta são pontos positivos para os professores. Podem criar avaliações, agendar horários de aulas e marcar prazos para entrega de materiais de forma prática. Esse tipo de publicação permite anexar arquivos do computador ou até mesmo os armazenados no Google Drive. Do ponto de vista dos alunos, esse processo também é simples.
· Ambiente virtual.
O ambiente virtual da ferramenta é excelente para otimizar a comunicação entre professores e alunos. Além da página principal usada para lançar comunicados, é possível também responder aos envios de trabalho individualmente. Isso significa que as mensagens serão encaminhadas para o autor de cada tarefa particularmente, possibilitando um feedback direcionado.
É importante ressaltar que essa ferramenta se tornou indispensável para atender à demanda pontual causada pelo cenário atual da pandemia. Oferecer estudo de qualidade remotamente é diferencial e almejado pelos profissionais da educação quando no exercício da profissão.
Além das dicas e esclarecimentos aqui apresentados, postamos um vídeo com tutorial sobre o Google Classroom no nosso canal do YouTube (EdQuímica EdBem - O canal que aproxima o conhecimento químico do cotidiano!).
Vale a pena ir lá, conferir mais dicas e deixar o seu like, comentário, compartilhar e ativar o sininho de notificações.
E então, o que vocês acharam desse post?
Nos conte nos comentários se já conhecia essa plataforma ou se quer outro vídeo com mais detalhes no canal.
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REFERÊNCIAS
MULTIEDRO. Como funciona o Google Classroom? Confira seus principais recursos, 2021.
Disponível em: <https://blog.multiedro.com.br/como-funciona-o-google-classroom/>.
Acesso em: 18 abr. 2021.
sábado, 17 de abril de 2021
VOCÊ CONHECE O KHAN ACADEMY?
O KHAN ACADEMY é uma plataforma educacional digital que contém ferramentas gratuitas para pais e professores. Oferece exercícios, vídeos e um painel otimizado para facilitar o ambiente de aprendizagem dos estudantes. Há diversas disciplinas, como Matemática, Ciência, Programação de Computadores, História, História da arte, Economia e outras mais.
A Platafroma Khan Academy é um recurso bastante flexível e possível de ser integrado no processo de aprendizagem mesmo que o uso não aconteça no espaço da sala de aula. Portanto, se você trabalha numa instituição que não tem computadores para todos os alunos ou não tem internet disponível, ainda assim é possível utilizá-la.
Essa plataforma foi criada em 2006 pelo educador americano Salman Khan e disponibiliza vídeo aulas e mais de 300 mil exercícios gratuitos que podem ser acessados a qualquer hora do dia.
O site https://pt.khanacademy.org/ oferece o ensino personalizado:
- Reconhece quais habilidades o aluno possui e quais ainda precisa adquirir;
- O professor tem acesso imediato ao desempenho de seus alunos;
- Pode identificar as dificuldades de cada aluno, basta ter computador com acesso à internet.
Além das aulas e exercícios, também oferece um programa gratuito que leva o Khan Academy a escolas públicas, com o intuito de capacitar professores não só para que usem a plataforma em seu dia a dia com os alunos, mas também para que compartilhem esse conhecimento com outros educadores.
E aí, o que vocês acharam desse post?
Nos conte nos comentários se vocês já conheciam essa plataforma, aproveitamos para informá-los que no nosso canal do YouTube foi postado um tutorial sobre a Plataforma Khan Academy.
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REFERÊNCIAS
OLIVEIRA, W. K. Plataforma digital educacional khan academy. CPB educacional, 2016. Disponível em: <https://educacional.cpb.com.br/conteudos/conhecimento-conteudos/plataforma-digital-educacional-khan-academy/>. Acesso em: 07 abr. 2021.
sexta-feira, 2 de abril de 2021
CAPÍTULO 17: “Moléculas versus Malária” do LIVRO OS BOTÕES DE NAPOLEÃO: As 17 moléculas que mudaram a história
Olá, tod@s bem?
Essa semana estamos no último capítulo do livro OS BOTÕES DE NAPOLEÃO: As 17 moléculas que mudaram a história, que é sobre "Moléculas versus Malária". Nesse capítulo, os autores abordam que a palavra malária significa "mau ar". Ela vem das palavras italianas mal aria, porque durante muitos séculos pensou-se que essa doença fosse causada por cerrações venenosas e vapores deletérios emanados de pântanos baixos. Sua causa, porém, é um parasito (inseto) microscópico, que talvez tenha sido, e ainda seja, o maior responsável por mortes humanas em todos os tempos.
Segundo as estimativas dos autores, cada paciente infectado com a malária
pode transmitir a doença a centenas de outras pessoas. Quatro espécies
diferentes do parasito da malária (gênero Plasmodium) infectam o homem:
ü P. vivax;
ü P. falciparum;
ü P. malarie;
ü P. ovale.
Essas quatro espécies causam sintomas típicos da doença: febre
alta, calafrios, terrível dor de cabeça e muscular, que podem reaparecer anos
depois da infecção. A mais letal dessas quatro formas é a malária falciparum.
As outras são chamadas de formas “benignas”, embora o prejuízo que
causem à saúde e à produtividade geral da sociedade nada tenha de bom. Em geral
a febre malárica é periódica, atacando a cada dois ou três dias. No caso da
letal forma falciparum, essa febre episódica é rara, e, à medida que a
doença progride, o paciente infectado fica ictérico, letárgico e confuso antes
de cair em coma e morrer.
O quinino é um derivado da molécula quinoleína. Atualmente
é usado principalmente na água de quinina, na água tônica, em outras bebidas
amargas e na produção de quinidina, um remédio para o coração. Ainda se
considera que o quinino proporciona algum grau de proteção contra a malária em regiões resistentes à cloroquina.
Há várias maneiras de prevenir a procriação dos mosquitos, sendo a
melhor linha de ataque, o uso de inseticidas potentes. Inicialmente, o mais
importante desses pesticidas é a molécula clorada DDT (tricloroetano), que age
interferindo num processo de controle nervoso exclusivo dos insetos.
Nos
primeiros anos do século XX, graças a variedade de fatores como: sistemas
aperfeiçoados de saúde pública, melhores condições de habitação, ampla drenagem
de águas estagnadas e acesso quase universal a medicamentos antimalárico, a
incidência da malária diminuiu enormemente na Europa Ocidental e na América do
Norte.
Em muitos desses países, pouca gente tem condições de comprar as
moléculas inseticidas que controlam os anopheles ou os substitutos sintéticos
do quinino que fornecem proteção aos turistas do Ocidente. Nessas regiões,
porém, a natureza concedeu uma forma muito diferente de defesa contra a
malária. Nada menos que 25% dos africanos subsaarianos são portadores de um
traço genético para a doença penosa e debilitante conhecida como anemia falciforme. Quando ambos os pais têm esse traço, a criança
possui uma chance em quatro de ter a doença, uma chance em dois de ser seu
portador, e uma em quatro de não ter a doença nem transmiti-la.
Para os portadores do traço da anemia
falciforme que vivem em áreas maláricas, a doença oferece uma valiosa
compensação: grau significativo de imunidade à malária.
A cor dos glóbulos vermelhos do sangue deve-se à presença de molécula
de hemoglobina, cuja função é transportar oxigênio pelo corpo. Uma mudança extremamente
pequena na estrutura química da hemoglobina é responsável pela doença fatal da anemia falciforme.
Já se encontraram mais de 150 diferentes variações na estrutura
química da hemoglobina humana, e embora algumas delas sejam letais ou causem problemas, muitas são aparentemente benignas.
Ao que parece, a resistência parcial à malária é conferida também a portadores
de variações da hemoglobina que produzem outras formas de anemia, como a talessemia alfa, endêmica entre descendentes
de nativos do sudeste da Ásia, e talassemia
beta, mais comum entre descendentes de nativos da região mediterrânea, como
gregos e italianos, e encontrada também entre os que descendem de pessoas originárias do Oriente Médio, Índia, Paquistão e de parte da África.
No entanto, embora a molécula de quinino tenha permitido o
crescimento do Império Britânico e a expansão de outras colônias europeias no século XIX, foi o
sucesso da molécula de DDT como inseticida que erradicou finalmente a malária da Europa e da América do Norte no século XX.
Quinina, DDT e hemoglobina,
são três moléculas com estruturas muito diferentes, mas que estiveram historicamente
unidas por suas conexões com uma das doenças mais mortíferas do mundo.
Esperamos que tenham gostado do resumo desse capítulo.
Abraços em tod@s e se possível, FIQUEM EM CASA!!!
terça-feira, 30 de março de 2021
I CICLO DE PAINÉIS TEMATÍCOS do Projeto de Extensão: Divulgação e Alfabetização Científica por meio das Mídias Digitais
Agradecimentos
Com o encerramento do I CICLO DE PAINÉIS TEMÁTICOS, a Comissão Organizadora vem carinhosamente agradecer e parabenizar aos painelistas, estudantes e comunidade em geral, pela participação e apoio no evento.
O I Ciclo de Painéis Temáticos do Projeto de Extensão: Divulgação e Alfabetização Científica por meio das Mídias Digitais, foi um sucesso, e mostrou-se como espaço profícuo de conhecimentos! Na oportunidade, parabenizamos ainda aos moderadores e intérpretes pelo empenho e dedicação em nos Webnários, pois sem vocês, nosso evento não teria alcançado os mais diversos públicos, como desejávamos.
Ainda agradecemos aos Gestores da Universidade Federal do Piauí, de modo particular ao Diretor do campus Senador Helvídio Nunes de Barros, Prof. Dr. Gleidson Monteiro, e sua vice-diretora, Profa. Socorro; ao Coordenador do Curso de Licenciatura em Educação do Campo área Ciências da Natureza, Prof. Dr. Alexandre Leite; aos Professores Fabrícia, Fabio, Susana e a Técnica Daniela Rosa, pelas participações e contribuições. Ainda agradecemos aos familiares que sempre compareceram para nos prestigiar.
Com o V Webnário, encerramos o I CICLO DE PAINÉSIS TEMÁTICOS, e em breve retornaremos com novidades.
Não esqueçam de nos acompanhar em nossas diversas mídias:
Blogs: www.edquimicaedbem.blogspot.com
www.qualopapeldoprofessorcoordenador.blogspot.com
Instagram: @EdQuímicaEdBem
@Quimicast
Podcast: Quimicast – O podcast que tem Química!
YouTube: EdQuímica EdBem – O canal que aproxima o conhecimento químico do cotidiano!
sexta-feira, 26 de março de 2021
CAPÍTULO 16: “Compostos Clorocarbônicos” do LIVRO OS BOTÕES DE NAPOLEÃO: As 17 moléculas que mudaram a história
Olá, tod@s bem?
Essa semana estamos no
décimo sexto capítulo do livro OS BOTÕES
DE NAPOLEÃO: As 17 moléculas que mudaram a história, que é sobre “Compostos Clorocarbônicos”. Nesse
capítulo, os autores relatam sobre o início do
processo de refrigeração e o fim da preservação de alimentos com sal e condimentos.
Por volta do ano 2000 a.C., as pessoas usavam gelo para manter os
alimentos frescos, baseando-se no princípio de que esse absorve o calor à sua volta, à medida que se liquefaz.
Um verdadeiro refrigerador precisa de um refrigerante, composto
que passa pelo ciclo evaporação-compressão. Em 1748 usou-se éter para demonstrar o efeito resfriante de um refrigerante, porém, cem anos se passaram até que uma máquina de éter comprimido fosse empregada como
refrigerador.
Por volta de 1851, James Harrison, escocês que emigrou para a Austrália em 1837, construiu um refrigerador por compressão de vapor baseado em éter para uma fábrica de cerveja australiana. Ele e um norte
americano, Alexander Twining, que desenvolveu o sistema de refrigeração por compressão
de vapor mais ou menos na mesma época, estão entre os pioneiros da refrigeração
comercial.
Os CFCs eram os refrigerantes perfeitos. Revolucionaram o ramo da refrigeração
e tornaram-se a base para a enorme expansão da refrigeração doméstica, especialmente à medida que crescia o número de casas passou a receber
energia elétrica.
Na década de 1950, a geladeira era considerada um aparelho comum nos lares do mundo desenvolvido. Comprar comida fresca diariamente deixou de ser necessidade. Alimentos perecíveis podiam ser guardados em segurança e as refeições eram preparadas em menos tempo.
Uma ampla oferta de moléculas refrigerantes seguras deu às pessoas meios de refrigerar algo além da comida, o seu ambiente. Durante séculos a captura de brisas naturais, a movimentação do ar por meio de ventiladores e o uso do efeito refrigerante da água em evaporação haviam sido os principais métodos usados pelo homem para fazer diminuir a temperatura nos lugares de clima
quente.
Nas regiões tropicais e em outros lugares nos quais os verões eram
extremamente quentes, o ar-condicionado tornou mais confortáveis as residências,
hospitais, escritórios, fábricas, shopping centers, carros, e demais ambientes
em que as pessoas viviam e trabalhavam.
Além desses, foram encontrados outros usos para os CFCs. Como não reagiam com praticamente nada, eram os propelentes ideais para tudo que pudesse ser aplicado em lata de spray:
·
Laquês;
·
Cremes de barbear;
·
Colônias;
·
Bronzeadores;
·
Coberturas de creme para
bolos e sorvetes;
·
Lustra móveis;
·
Soluções para limpeza de
tapetes;
·
Removedores de mofo para
banheiras;
·
Inseticidas.
Esses são apenas algumas, de tantas variedades de produtos que
eram expelidos pelos minúsculos furinhos das latas de aerossol, pelo vapor de
CFC em expansão.
No início da década de 1970, quase um milhão de toneladas de CFCs
e compostos semelhantes eram produzidos anualmente. Parecia que essas moléculas eram realmente ideais, perfeitamente adequadas para assumir seu papel no mundo moderno, sem um só inconveniente ou aspecto desvantajoso.
O entusiasmo em torno dos CFCs durou até 1974, quando achados
inquietantes foram anunciados pelos pesquisadores Sherwood Rowland e Mario Molina numa reunião da American Chemical Society em Atlanta. Eles haviam descoberto que a própria estabilidade dos CFCs representava problema totalmente inesperado e perturbador.
Rowland e Molina sugeriram que essa reação generalizada podia
perturbar o equilíbrio entre as moléculas de gás ozônio e gás oxigênio, uma vez
que átomos de cloro aceleram a ruptura do ozônio, mas não têm nenhum efeito sobre sua produção.
Este é o aspecto mais alarmante do efeito dos átomos de cloro sobre a camada de
ozônio, o problema não é que as moléculas de ozônio são destruídas pelo cloro, mas que um mesmo átomo de cloro pode catalisar essa fragmentação em cem número de
vezes.
Os autores do livro retratam no capítulo uma estimativa, de que
cada átomo de cloro que chega à atmosfera superior através de uma molécula de
CFC, destrói em média, cem mil moléculas de ozônio antes de ser desativada.
Para cada 1% de redução da camada de ozônio, mais 2% de radiação ultravioleta
nociva poderia penetrar na atmosfera da Terra.
Os CFCs representam um perigo real e imediato de destruição da
camada de ozônio e é uma ameaça à saúde e segurança de todos os seres vivos que
habitam o planeta Terra.
Em 1987, um acordo chamado Protocolo de Montreal exigiu que todas
as nações signatárias se comprometessem a reduzir gradualmente o uso dos CFCs até
sua completa eliminação. Hoje usam-se como refrigerantes os compostos hidrofluorcarbonetos
e hidroclorofluorcarbonetos, em vez dos clorofluorcarbonetos. Essas substâncias
não contêm cloro ou são mais facilmente oxidadas na atmosfera.
Ainda há bilhões de moléculas de CFCs na atmosfera. Nem todos os
países assinaram o Protocolo de Montreal, e entre os que o fizeram, ainda
restam milhões de refrigeradores contendo CFC em uso e provavelmente centenas
de milhares de aparelhos velhos abandonados que deixam vazar CFCs na atmosfera,
onde se juntarão aos CFCs restantes em lenta, mas inevitável ascensão para produzir
danos na camada de ozônio.
Os clorofluorcarbonetos não são o único grupo químico de
moléculas que, consideradas uma maravilha quando descobertas, mais tarde
revelaram inesperada toxicidade ou potencial para causar danos ambientais ou
sociais.
O cloro é um gás irritante poderoso para as células e pode
causar inchação fatal de tecidos nos pulmões e nas vias respiratórias. Outros
compostos orgânicos, como o gás de mostarda e o fosgênio, usados
posteriormente como gases venenosos, também contêm cloro, e seus efeitos tão
terríveis quanto os do gás cloro. Embora a taxa de mortalidade por exposição ao
gás de mostarda não seja alta, ele causa danos permanente aos olhos e
deterioração grave e permanente do sistema respiratório
O gás fosgênio não tem cor e é extremamente tóxico.
A morte resulta em geral de uma inchação grave dos tecidos dos pulmões e das
vias respiratórias, levando à sufocação.
Nem todas as moléculas clorocarbônicas se revelaram desastrosas
para a saúde humana. O éter permitiu uma cirurgia sem dor espalhou-se rapidamente,
e logo as propriedades anestésicas de outros compostos foram investigadas.
Como anestésico, o composto clorocarbônico tinha várias vantagens
sobre o éter: o clorofórmio funcionava mais depressa, cheirava melhor e
era usado em menor quantidade. Além disso, quando se empregava o clorofórmio, a
recuperação era mais rápida e menos desagradável que com o éter. A
extrema inflamabilidade do éter também era um problema.
Na primeira metade do século XX, um método diferente de controle
da dor no parto ganhou rápida aceitação na Alemanha e se espalhou rapidamente em outras partes da Europa. O sono crepuscular, como era conhecido,
consistia na administração de escopolamina e morfina, compostos que foram discutidos nos Capítulos 12 e 13. Mas, logo depois percebeu-se que o sono crepuscular dava uma
imagem falsa de maternidade tranquila e indolor.
Atualmente são fabricados centenas de compostos que contêm cloro e
não são venenosos, não destroem a camada de ozônio, não são danosos ao
ambiente, não são carcinogênicos e nunca foram usados como armas de guerra.
Eles encontram uso em casas, indústrias, escolas, hospitais, carros, barcos e aviões.
Não são objeto de nenhuma publicidade e não fazem nenhum mal, mas tampouco
podem ser qualificados de substâncias químicas que mudaram o mundo.
A ironia dos compostos clorocarbônicos é que exatamente aqueles
que causaram maiores danos ou que têm potencial para isso parecem também ter sido
os responsáveis por alguns dos avanços mais benéficos em nossa sociedade. Os
anestésicos foram essenciais para o progresso da cirurgia como ramo altamente
especializado da medicina.
O desenvolvimento de moléculas refrigerantes para uso em navios,
trens e caminhões abriu novas oportunidades de comércio, de que resultaram
crescimento e prosperidade em partes subdesenvolvidas do mundo.
O armazenamento de comida é hoje seguro e prático graças às
geladeiras domésticas. As doenças transmitidas por insetos foram eliminadas ou
grandemente reduzidas em muitos países. Dessa forma, não podemos desconsiderar
o impacto positivo desses compostos.
Esperamos que tenham gostado do resumo desse capítulo.
Abraços em tod@s e se possível, FIQUEM EM CASA!!!
sexta-feira, 19 de março de 2021
CAPÍTULO 15 - SAL, do LIVRO OS BOTÕES DE NAPOLEÃO: As 17 moléculas que mudaram a história
Olá, tod@s bem?
Essa semana estamos no décimo quinto capítulo do livro OS BOTÕES DE NAPOLEÃO: As 17 moléculas que mudaram a história, que é sobre "Sal". Nesse capítulo, os autores relatam a importância do sal comum (Cloreto de Sódio - NaCl), ressaltando a forma de obtê-lo.
O sal no passado, foi tão valorizado, tão necessário e importante, que se constituiu num
ator de grande expressão não só no comércio global, mas também em sanções e
monopólios econômicos, em guerras, no crescimento das cidades, nos sistemas de
controle social e político, nos avanços industriais e na migração de
populações. Além disso, o sal foi tão importante, que parte dos serviços realizados pelos escravos eram pagos em sal, daí a origem do nome SALÁRIO.
Ao longo de toda a História o homem sempre coletou ou produziu o sal. Os
três principais métodos de produção eram:
·
Evaporação da água do mar;
·
Fervura da água salgada de
fontes;
·
Mineração de sal-gema.
A evaporação da água do mar pelo sol era (e continua sendo) o
método mais comum de produção em regiões litorâneas tropicais. O processo é
lento, mas é barato.
Depósitos de sal-gema ou halita (nome mineral do NaCl presente no
solo), são encontrados em muitas partes do mundo. A halita, resquício seco de
antigos mares ou oceanos, foi minerada durante séculos, particularmente onde os depósitos ocorrem perto da superfície da Terra.
A fabricação ou a mineração do sal foram importantes em muitos
lugares da Europa durante toda a Idade Média; ele tinha tanto valor que era chamado de “ouro branco”.
Ao longo do capítulo é abordado alguns registros de civilizações
antigas que atestaram que o sal foi artigo de comércio desde os tempos mais
remotos, como por exemplo: os egípcios antigos trocavam mercadorias por sal,
que era ingrediente essencial no processo de mumificação.
Representação da molécula cloreto de
sódio
O CLORETO DE SÓDIO sólido é um arranjo regular
de dois íons. Íons sódio positivamente carregados (Na+) e íons
cloreto negativamente carregados (Cl-), unidos por grandes forças de atração entre as cargas negativas e positivas, DENOMINADAS FORÇAS ELETROMAGNÉTICAS.
É a solubilidade do cloreto de sódio que faz do sal, ao atrair
moléculas de água, um conservante tão bom. O sal preserva carne vermelha e peixe porque remove água dos tecidos; em condições de níveis de água muito reduzidos e elevado conteúdo de sal, as bactérias que causam a deterioração não conseguem sobreviver.
Os íons do sal ( Na+ e Cl-) desempenham papel essencial no nosso organismo, mantendo o equilíbrio eletrolítico entre as células e o fluido que as circunda.
O íon cloreto do sal é necessário ao organismo também para a produção de ácido
hidroclórico (ácido clorídrico), componente essencial dos sucos digestivos no estômago.
A concentração de sal no organismo de uma pessoa saudável varia
numa faixa muito estreita. O sal perdido precisa ser reposto e o sal em excesso precisa ser excretado.
A privação de sal provoca perda de peso e do apetite, cãibras,
náusea e inércia, podendo ainda, em casos extremos de depleção do sal no organismo, como em corredores de maratona, levar a colapso vascular e à morte. Por outro lado, sabe-se que o consumo excessivo do íon sódio contribui para a elevação da pressão sanguínea, fator importante para a doença cardiovascular e para doenças dos rins e do fígado.
Esse composto que ao longo de toda a história foi glorificado e
reverenciado, desejado e disputado, e por vezes mais valorizado que o ouro,
hoje não é apenas barato, mas também fácil de obter.
Esperamos que tenham gostado do resumo desse capítulo.
Abraços em tod@s e se possível, FIQUEM EM CASA!!!