sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

CAPÍTULO 12 - MOLÉCULAS DE BRUXARIA, do LIVRO OS BOTÕES DE NAPOLEÃO: As 17 moléculas que mudaram a história

Olá, como estão? Tod@s bem?

Essa semana traremos o décimo segundo capítulo do livro OS BOTÕES DE NAPOLEÃO: As 1 moléculas que mudaram a história, sobre "Moléculas de bruxaria". O capítulo trata sobre os compostos responsáveis pela morte de milhares de pessoas, em especial mulheres, entre os séculos XIV e XVIII.

O quantitativo de mortes varia entre 10 mil a milhões. Geralmente a forma de vitimar era por tortura, enforcamento ou queimando, como bruxas na Europa. Os mais perseguidos eram herboristas que pesquisavam além de plantas e venenos de pequenos animais.

Antes de 1350 a bruxaria era vista como a prática da feitiçaria, uma maneira de tentar controlar a natureza a nosso dispor. Na maior parte da Europa a feitiçaria era aceita como parte da vida, e a bruxaria só era considerada crime se gerasse danos.

Muitas poções preparadas por bruxas continham partes de sapos, pois os extratos de sapos e rãs eram usados para envenenar pontas de flecha em muitas partes do mundo. Curiosamente, segundo o folclore, os sapos ou gatos eram os animais que mais frequentemente acompanhava as bruxas como encarnação de um espírito malévolo.

Um dos mitos mais persistentes acerca de bruxas é que elas eram capazes de voar, em geral em vassouras, para ir a um sabá (encontro marcado para a meia-noite, supostamente uma paródia orgíaca da missa cristã). Muitas mulheres acusadas de bruxaria confessavam, sob tortura, que voavam para os sabás.

Essas mulheres realmente acreditavam que haviam voado pela chaminé, montadas numa vassoura, e depois se entregue a toda sorte de perversões sexuais. Pode haver uma excelente explicação Química para essa crença: o grupo de compostos conhecidos como ALCALOIDES.

Os alcaloides são compostos vegetais que têm um ou mais átomos de nitrogênio, geralmente como parte de um anel de átomos de carbono. Com frequência os alcaloides são fisiologicamente ativos no ser humano, em geral afetando o sistema nervoso central, e de hábito podem ser extremamente tóxicos.

Derivados feitos de alcaloides formam a base de muitos de nossos fármacos modernos, como a molécula codeína, que alivia a dor, o anestésico local benzocaína e a cloroquina, um agente antimalárico.

Em seus “unguentos do voo”, as bruxas costumavam incluir extratos de mandrágora, beladona e meimendro nos óleos e pomadas para aplicar na pele, e isso supostamente as faziam voar. Todas estas plantas pertencem à família Solanaceae, ou das beladonas. A mandrágora (Mandragora officinarum) é usada desde a Antiguidade como meio de restaurar a vitalidade sexual e como soporífico. Várias lendas curiosas envolvem a mandrágora e diz-se que, quando arrancada do solo, emitia gemidos lancinantes.

A segunda planta usada nos unguentos do voo era a beladona (Atropa belladonna). O nome vem da prática, comum entre mulheres na Itália, de pingar nos olhos o suco extraído das bagas pretas da planta. Com isso, a pupila se dilatava e as adeptas dessa prática, acreditavam que o resultado tornava-as mais belas, daí belladonna, “bela mulher” em italiano.

Juntamente com a mandrágora e a beladona, haviam outras plantas nos unguentos para voar: o meimendro, dedaleira, salsa, acônito, cicuta e estramônio são listados em relatos históricos.

Muitos alcaloides são citados nesse capítulo, como a ergotamina, que deriva do ácido lisérgico, e a cocaína, que tem origem na própria ergotamina. A cocaína e os alcaloides d ergotina, embora tóxicos e perigosos, têm longa história de uso terapêutico, e as ergotinas continuam desempenhando papel significativo na medicina. 


sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

CAPÍTULO 11 - A PÍLULA, do LIVRO OS BOTÕES DE NAPOLEÃO: As 17 moléculas que mudaram a história

 

Olá, tod@s bem?

Essa semana trouxemos o décimo primeiro capítulo do livro OS BOTÕES DE NAPOLEÃO: As 17 moléculas que mudaram a história, sobre “A pílula”. O capítulo aborda a importância e as modificações causadas na sociedade com o surgimento da pílula.

Em 1960, surgiu o primeiro contraceptivo oral, a “noretindrona”, que se popularizou pela identidade “a pílula”. Antigamente, quando não se tinha a pílula, as mulheres ingeriam substâncias naturais, geralmente provenientes de ervas medicinais, como por exemplo, o líquido obtido da fermentação de folhas de salsa e menta.

A NORETINDRONA faz parte do grupo de substâncias conhecido como esteroides. Essa é a mesma nomenclatura aplicada às substâncias ilícitas usadas por alguns atletas com a finalidade de melhorar seu desempenho esportivo.

Devido ao seu uso e popularização, a pílula, contribuiu para a diminuição do número de filhos. Isso contribuiu para que em 1960 ocorresse “O Movimento de Liberação das Mulheres” que culminou com o avanço do feminismo incentivando muitas mulheres a trabalharem fora de casa. Margaret Sanger (1879-1966), considerada a mãe da pílula, era contra as regras imposta pela sociedade e incentivava as mulheres a usarem anticoncepcionais.

Houve também o uso da molécula de progesterona como anticoncepcional, mas segundo estudos, essa substância pode gerar problemas, uma vez que precisa ser injetada, pois quando tomada por via oral tem eficácia reduzida. Acredita-se que isso ocorra porque ela reage com ácidos estomacais ou outras substâncias químicas digestivas. Para solucionar esse fato, a saída foi a síntese de uma progesterona artificial que conservasse sua atividade quando ministrada oralmente.

Com isso, a pílula anticoncepcional foi desenvolvida por homens para ser ingerida por mulheres. Djerassi, hoje por vezes chamado “o Pai da Pílula”, diria anos mais tarde: “Nem em nossos sonhos mais desvairados imaginávamos que essa substância acabaria se tornando o ingrediente ativo de quase metade dos anticoncepcionais usados no mundo inteiro”.

Já a noretindrona foi concebida para tratamento hormonal para manter a gravidez ou aliviar a irregularidade menstrual, especialmente em casos que envolviam grave perda de sangue.

Alguns questionamentos surgem no decorrer do capítulo, tais como: porque não sintetizaram uma molécula a ser tomada pelos homens? Isso se dá pelo fato de que os homens não tem um ciclo hormonal, além disso impedir a produção de milhões de espermatozoides é muito mais difícil do que evitar o desenvolvimento de um óvulo uma vez por mês. Ainda assim, o capítulo traz que moléculas diferentes estão sendo investigadas para possíveis pílulas anticoncepcionais masculinas, em resposta a uma necessidade percebida de dividir a responsabilidade pela contracepção de forma igualitária entre os gêneros.

A noretindrona foi mais que mera medicação para o controle da fertilidade. Sua introdução no mercado assinalou o início da consciência, não só da fertilidade e da contracepção, mas também da abertura de oportunidades. Com isso, foi permitido às mulheres expressarem-se sobre assuntos que haviam sido tabus durantes séculos e agir com relação a eles, como o câncer, a violência na família ou o incesto.


sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

CAPÍTULO 10 - REMÉDIOS MILAGROSOS, do LIVRO OS BOTÕES DE NAPOLEÃO: As 17 moléculas que mudaram a história

 

Olá, tod@s bem?

Essa semana trouxemos o décimo capítulo do livro OS BOTÕES DE NAPOLEÃO: As 17 moléculas que mudaram a história, sobre “Remédios Milagrosos”. O capítulo, trata sobre a Química e o desenvolvimento de dois tipos de produtos farmacêuticos: o analgésico aspirina e os antibióticos do grupo sulfa e a penicilina. Os lucros gerados pela aspirina ajudaram a convencer as companhias químicas de que os fármacos eram promissores; os primeiros antibióticos, medicamentos à base de sulfa e penicilina ainda continuam sendo prescritos até hoje.

Em 1856, Perkin criou a molécula do Malva e nessa época, na Grã-Bretanha a expectativa de vida estava em torno de 45 anos. Já em 1900, 44 anos depois, a expectativa de vida nos EUA nos homens era de 46 anos e mulheres 48 anos, pouco havia mudado. Um século depois devido a introdução das moléculas milagrosas, conhecidas como “antibióticos”, os números subiram aos 72 anos para os homens e 79 anos para as mulheres.

Antes dos remédios eram utilizadas ERVAS MEDICINAIS, de acordo com os costumes e tradições de cada sociedade. As ervas eram usadas para tratar ferimentos, curar doenças e aliviar dores. Mas elas não resolviam tudo. Haviam muitas mortes por doenças bacterianas. Metade dos soldados feridos da Guerra Civil Norte – Americana morreram por infecções bacterianas. Ainda assim, muitas dessas ervas serviram para dá origem a diversos remédios modernos.

ASPIRINA

A ideia da aspirina surgiu no início do século XX. É um medicamento que ainda hoje é vastamente utilizado para tratamentos de algumas doenças e tratar ferimentos. A aspirina teria sido muito útil na 1ª Guerra Mundial, pois nessa guerra muitas pessoas morreram por causa de ferimentos que não tinham tratamento adequado.

Há muito mais de 400 composições/preparados contendo aspirina, e mais de 18 milhões de quilos de aspirina são produzidos nos Estados Unidos por ano. Além de aliviar a dor, baixar a temperatura do corpo e reduzir inflamações, a aspirina tem também a propriedade de afinar o sangue. Entretanto não deve ser usada indiscriminadamente, pois há certos tipos de doença que não podem ser tratadas com esse fármaco.

SULFA

As sulfas eram consideradas como remédios milagrosos. Embora hoje, quando muitos tratamentos eficazes contra bactérias estão disponíveis, isso possa nos parecer exagerado, os resultados obtidos com esses compostos nas primeiras décadas do século XX pareciam extraordinários.

Por exemplo, após a introdução das sulfanilamidas, o número de morte por pneumonia reduziu em 25 mil de um ano para outro, apenas nos Estados Unidos. As sulfas foram o primeiro grupo de compostos que se tornou de uso geral no combate a infecção bacteriana. Entretanto a indústria farmacêutica constatou recentemente, que o uso das sulfas decresceu no
mundo todo e várias podem ser as razões: preocupação com seus efeitos a longo prazo, a
evolução de bactérias resistentes à sulfanilamida e o desenvolvimento de
antibióticos novos e mais potentes.

PENICILINAS

1877 – Louis Pasteur foi o primeiro cientista a pensar sobre a possibilidade de um micro-organismo matar outro.

Quase um século depois, Alexander Fleming descobriu que fungos da família Penicillium, contaminaram as colônias de bactéria que ele estava estudando e as destruiu. Logo após esse evento, foram realizados vários experimentos, nos quais notou-se que a penicilina ao contrário do fenol não era irritante e podia ser aplicada no exato local da infecção e que parecia mais eficiente e com menos efeito colateral.

Fleming publicou os resultados dessas descobertas em uma revista médica, mas na época não houve muito interesse.

Esperamos que tenham gostado do resumo desse capítulo.

Abraços em tod@s e se possível, FIQUEM EM CASA!!!


quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

CAPÍTULO 9 - CORANTES, do LIVRO OS BOTÕES DE NAPOLEÃO: As 17 moléculas que mudaram a história

 

Hoje trouxemos o nono capítulo do livro OS BOTÕES DE NAPOLEÃO: As 17 moléculas que mudaram a história, sobre “Corantes”. Essas moléculas são responsáveis pelo colorido de nossas roupas, móveis, acessórios e até mesmo dos nossos cabelos.

As tintas e as matérias corantes são compostas de moléculas naturais ou feitas pelo homem cujas origens remontam a milhares de anos. Sua descoberta e utilização levaram à criação e expansão das maiores companhias químicas existentes no mundo.

A extração e o preparo de corantes, mencionados na literatura chinesa remontam a 3000 a.C., e talvez tenham sido as primeiras tentativas humanas de praticar a Química. As tinturas mais antigas eram obtidas principalmente das plantas: de suas raízes, folhas, cascas ou bagas.

As tinturas são compostos orgânicos coloridos incorporados às fibras têxteis. A estrutura molecular desses compostos pode absorver certos comprimentos de onda de luz do espectro visível, assim a cor real da tinta que vemos depende desses comprimentos de onda que são refletidas de volta, em vez de serem absorvidas. As tinturas orgânicas, os minerais finamente moídos e outros compostos inorgânicos foram usados desde a Antiguidade para criar cor.

O azul, em particular, era uma cor muito requisitada. Comparados ao vermelho e ao amarelo, os tons de azul não são comuns em plantas; uma delas, porém, a Indigofera tinctoria, da família das leguminosas, era conhecida como farta fonte da matéria corante azul índigo. As folhas frescas das plantas que produzem o índigo não parecem azuis, mas depois de fermentadas, sob condições alcalinas e em seguida oxidadas, fazem surgir a cor azul.

O composto precursor do índigo, encontrado em todas as plantas que o produzem, é a indicã, molécula que contém uma unidade de glicose associada. A própria indicã é incolor, mas sua fermentação sob condições alcalinas rompe a unidade de glicose para produzir a molécula de indoxol. Este reage com o
oxigênio do ar para produzir o índigo de cor azul.

O índigo era uma substância muito valiosa, mas a matéria corante antiga mais cara era uma molécula muito semelhante a ele, conhecida como PÚRPURA DE TIRO. A púrpura é vista até hoje como uma cor imperial, um símbolo de realeza.

A púrpura de Tiro era obtida de um muco opaco secretado por várias espécies de moluscos marinhos, em geral do gênero Murex. A cor brilhante da púrpura de Tiro só se revela pela oxidação no ar.

A partir do final do século XVIII, foram criados corantes sintéticos que mudaram as práticas seculares dos artesãos. O primeiro foi o ácido pícrico, uma molécula trinitrada usada em munições na Primeira Guerra Mundial.

Sendo um composto fenólico, a substância foi sintetizada pela primeira vez em 1771 e usada como corante para lã e seda, a partir de 1788.

Com o passar do tempo, surgiram corantes inteiramente produzidos pelo homem e que davam tons vivos e límpidos, não desbotavam e produziam resultados constantes. Assim foram criadas as primeiras indústrias da humanidade.

Com isso, as moléculas corantes mudaram a história. À medida que a demanda de cor crescia, prosperavam também guildas e fábricas, cidades e comércio. O advento de corantes sintéticos transformou o mundo.

Torcemos para que gostem do resumo do nono capítulo do livro OS BOTÕES DE NAPOLEÃO: As 17 moléculas que mudaram a história e se inspirem a lê o livro na integra.

BOA LEITURA, e se possível FIQUEM EM CASA!!!


terça-feira, 5 de janeiro de 2021

É possível realizar aulas experimentais sem o espaço físico do Laboratório de Ciências?

Olá pessoal, tod@s bem? 
Passamos hoje para lançar uma pergunta e também suscitar questionamentos sobre a realização ou não de aulas experimentais fora do espaço convencional do Laboratório de Ciências, seja ele específico para uma dada disciplina ou multidisciplinar. 
Então vamos lá....Você já deixou de realizar aulas experimentais porque não tinha o espaço físico destinado ao Laboratório de Ciências na escola aonde trabalha? 
Alguns colegas professores/as irão dizer que não é possível realizar atividades dessa natureza em um espaço convencional de sala de aula. Entretanto, SILVA (2013 apud CHASSOT), traz que em muitas situações essa é a desculpa que os professores usam para se esquivar da responsabilidade, compromisso, dedicação em se propor tal atividade. É claro que não há aqui a defesa incondicional para a realização regular desse tipo de proposta metodológica, exatamente porque os Governos devem sim garantir as condições para a existência e manutenção adequada desses espaços, bem como é sabido que existem atividades experimentais que para serem executadas exigem condições de Temperatura, Umidade, aparelhos e instrumentos de segurança para sua correta e segura realização. Entretanto, defendemos que existem assuntos, conceitos, fatos que podem sim ser reproduzidos na sala de aula, ou mesmo fora dela, e que além de explicarem fenômenos do cotidiano, possibilitam o despertar do interesse dos estudantes para as Ciências.
Para isso, se faz necessário capacitação profissional e MUITA CRIATIVIDADE.

Concordamos que o uso de atividades experimentais é excelente para o ensino e a aprendizagem de Química, mas infelizmente nem todas as escolas possuem Laboratórios de Ciências com os reagentes, vidrarias, insumos, instrumentos necessários. Então o que fazer? Ou melhor, sendo assim, não serão realizadas as aulas experimentais? Isso é um obstáculo que não pode ser superado?
É importante termos claro que para realizarmos atividades experimentais não necessariamente deve-se ter um espaço físico adequado. Há a possibilidade de se realizar alguns experimentos sem risco aos envolvidos e proporcionando aprendizagem tão significativa quanto se fosse realizada em Laboratórios escolares de ponta. 
É importante é que, nós, professores lembremos e nos habituemos a trabalhar com elementos da natureza, principalmente no que se refere as escolas localizadas no Campo, em que as comunidades geralmente fazem uso frequente dos elementos naturais.
Nos acompanhe e fique por dentro de dicas bem legais para tornar as aulas mais interativas e dinâmicas.
Se você gostou, compartilhe com outros colegas professores e estudantes.🤓
 
 
REFERÊNCIA: 
SILVA, Edneide Maria Ferreira da. PRÁTICAS EDUCATIVAS: O USO DO ESTUDO DIRIGIDO E DO SEMINÁRIO E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA A APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA EM QUÍMICA NO 3º ANO DO ENSINO MÉDIO. Dissertação (Mestrado em Ensino de Ciências e Matemática), Fortaleza, CE, Universidade Federal do Ceará, 2013.




III Webnário do Projeto de Extensão "DIVULGAÇÃO E ALFABETIZAÇÃO CIENTÍFICA POR MEIO DAS MÍDIAS DIGITAIS"


 Olá, como estão todos/as?Tudo bem?

Passamos hoje para a divulgação do III Webnário do Projeto de Extensão do qual somos integrantes. Tendo em vista que as atividades desenvolvidas pelos docentes do Curso de LEdoC/CN do campus de Picos não param e atendendo a diversidade que caracteriza a proposta pedagógica do curso, bem como a forma como as atividades acadêmicas são propostas, os professores e estudantes se adequam ao momento pandêmico e desenvolvem mensalmente Webnários temáticos, dentre outras atividades específicas do Projeto de Extensão. Sob o título DIVULGAÇÃO E ALFABETIZAÇÃO CIENTÍFICA POR MEIO DAS MÍDIAS DIGITAIS, os Webnários apresentam mensalmente um tema que procura abordar o momento em que o evento será realizado. Para o mês de Janeiro de 2021, o III Webinário traz o PAINEL: “Desafios dos professores de Ciências na pandemia: ressignificando o fazer docente” e contará com a participação do Prof. Dr. Francisco Marcôncio Targino de Moura, que atua na Rede Municipal de Ensino de Fortaleza e tem experiência na área de Educação, cursos de formação de professores e assessoria pedagógica. O evento ainda contará com a participação do Prof. Dr. Fábio Soares da Paz, que trabalha no curso de Licenciatura em Educação do Campo área Ciências da Natureza, no campus de Picos da UFPI, que tem experiência na área de Física, com ênfase em metodologia do ensino de Física, e formação de professores. Esse Webnário contará com a moderação da aluna bolsista/voluntária Poliana de Carvalho Sousa, que está em seu último período no curso. Cada painelista/palestrante irá abordar um subtema que contemple a proposta do painel. Dessa forma o Prof. Dr. Marcôncio Targino, professor de Ciências da Rede Municipal de Ensino de Fortaleza, em exercício na Escola de Tempo Integral José Carvalho da Regional VI, abordará a seguinte temática “AS MÍDIAS DIGITAIS E A RESSIGNIFICAÇÃO DO FAZER DOCENTE”e o Prof. Dr. Fábio da Paz falará sobre os “DESAFIOS E DIFICULDADES EM TEMPOS DE PANDEMIA”.

O evento, que é gratuito, oferecerá certificação de 4h e será transmitido ao vivo por uma das mídias trabalhadas no Projeto de Extensão que é o canal do You Tube: EdQuímica EdBem – o canal que aproxima o conhecimento químico do cotidiano! ocorrerá no dia 19 de Janeiro de 2021 a partir das 15h. As inscrições estão sendo realizadas via Google Forms (link: (https://forms.gle/Svw8QijGRREscXAg7) e vão até a data do evento. 

Participem e nos ajudem na divulgação!


terça-feira, 29 de dezembro de 2020

Indicação do resumo do II WEBNÁRIO DO PROJETO DE EXTENSÃO: Divulgação e Alfabetização Científica por meio das Mídias Digitais

 

Olá pessoal, como estão? Tod@s bem?

Esperamos que vocês e os seus estejam bem e protegidos, aproveitamos para lhe desejar um Ano Novo próspero e repleto de realizações. Ainda, recomendamos que cumpram as medidas de distanciamento, evitem aglomerações, usem máscara de proteção e se possível fiquem em casa.

Passamos hoje para comunicar que postamos o RESUMO DO II WEBNÁRIO DO PROJETO DE EXTENSÃO: Divulgação e Alfabetização Científica Por Meio das Mídias Digitais, no blog EdQuímica Edbem.

Para acessar o resumo: https://edquimicaedbem.blogspot.com/2020/12/ii-webnario-do-projeto-de-extensao.html

Esperamos que gostem! Em Janeiro teremos o III Webnário e já estamos organizando para definir o Painel e os painelistas. Aguardem que teremos novidades!


Abraços e até breve.... MAS NÃO ESQUEÇAM, SE POSSÍVEL, FIQUEM EM CASA!


sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

CAPÍTULO 8 – ISOPRENO, do LIVRO OS BOTÕES DE NAPOLEÃO: As 17 moléculas que mudaram a história

 

Hoje trouxemos o oitavo capítulo do livro OS BOTÕES DE NAPOLEÃO: As 17 moléculas que mudaram a história, sobre o “Isopreno”, que está presente nos pneus dos carros, elásticos das roupas, em solas de calçados, por exemplo.

O isopreno nada mais é que a borracha e essa se tornou, nos últimos 150 anos, componente essencial da civilização. O primeiro uso que dela se fez, está atribuída aos índios, entre 1.600 e 1.200 a.C, onde brincavam com bolas feitas de resina vegetal, o LÁTEX. O francês Chaves-Marie, foi o primeiro a investigar se poderia haver algum emprego mais específico para essa substância. O látex é uma emulsão coloidal, suspensão de partículas naturais de borracha na água. Muitas árvores e arbusto tropicais produzem o látex.

A borracha natural é um polímero da molécula de isopreno. Com apenas 5 átomos de carbono, o isopreno é a menor unidade repetitiva entre todos os polímeros naturais, o que faz da borracha o polímero natural mais simples.

A fórmula química da borracha C5H8, foi descoberta em 1826, pelo Químico e Físico inglês Michel Faraday. A estrutura da molécula de isopreno é escrita em geral com duas ligações duplas em átomos de carbono adjacentes.



Essas duas estruturas continuam sendo o mesmo composto. A borracha natural forma-se quando moléculas de isopreno se agregam, uma extremidade ligada à outra. Essa polimerização na borracha produz as chamadas ligações duplas cis. Uma ligação dupla fornece rigidez a uma molécula, impedindo rotação. O resultado disso é que a estrutura mostrada abaixo à esquerda, conhecida como a forma “cis”, não é igual à estrutura à direita, conhecida como forma “trans”.

O isômero cis, cuja estrutura corresponde a da borracha natural e o isômero trans que tem estrutura de um polímero conhecido como guta-percha. As propriedades dos dois materiais são muito diferentes. Enquanto o isômero cis possui elasticidade que lhe é conferida pela sua estrutura espacial não linear e de certa maneira com a forma de espiral, o isômero trans possui uma estrutura linear, é um material duro e comporta-se como um material termoplástico. O isopreno é apenas um de muitos compostos orgânicos que têm as formas cis e trans; é comum que estas tenham propriedades muito diferentes.

Por volta de 1834, o inventor e empresário norte-americano Charles Goodyear deu início a uma série de experimentos que desencadearam uma nova e muito mais prolongada febre da borracha no mundo inteiro. Goodyear não conhecia a estrutura do isopreno, não sabia que a borracha natural era seu polímero e que, com o enxofre, ele conseguira a ligação cruzada fundamental entre moléculas de borracha.

Quando se adicionava calor, os átomos de enxofre formavam ligações cruzadas que mantinham as longas cadeias das moléculas de borracha na posição devida. Só 17 anos depois da descoberta fortuita de Goodyear — chamada vulcanização em referência ao deus romano do fogo. As propriedades elásticas da borracha são um resultado direto de sua estrutura química.

Cadeias aleatoriamente enroscadas do polímero isopreno, ao serem esticadas, se endireitam e alinham na direção do esticamento. Assim que cessa a força responsável pelo esticamento, as moléculas voltam a se enroscar. Depois da dessa descoberta de Goodyear, a borracha vulcanizada tornou-se uma das mais importantes mercadorias do mundo e material básico em tempo de guerra. A borracha macia usada para fazer elásticos contém cerca de 1 a 3% de enxofre; a borracha feita com 3 a 10% de enxofre tem mais ligações cruzadas, é menos flexível e usada para pneus de veículos. 

Nosso mundo foi moldado pela borracha. A coleta de matéria-prima para a fabricação de produtos de borracha teve enorme impacto sobre a sociedade e o ambiente. Nosso mundo continua sendo moldado pela borracha. Sem ela as enormes mudanças trazidas pela mecanização não teriam sido possíveis.

Esperamos que vocês tenham gostado do resumo do oitavo capítulo do livro OS BOTÕES DE NAPOLEÃO: As 17 moléculas que mudaram a história.

BOA LEITURA, e se possível FIQUEM EM CASA!!!



quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

Passando por aqui....

Olá pessoal, tod@s bem????

Estamos passando para atualizar com vocês nossas atividades. Vocês sabem que trabalhamos com mídias variadas: IG, Blogger, YouTube e Podcast, assim, semanalmente temos que movimentar e atualizar nossas publicações. Na semana passada, dia 05, publicamos no edquimicaedbem.blogspot.com o RESUMO DO CAPÍTULO 7 do livro que estamos trabalhando atualmente: OS BOTÕES DE NAPOLEÃO: As 17 moléculas que mudaram a história, quando na realidade deveríamos ter publicado aqui. Por isso, hoje passamos para nos desculpar e atualizá-los de que não esquecemos de vocês heim....passem lá no nosso outro blog e acompanhem a sequência de resumos que estamos disponibilizando. 

Nessa sexta feira, dia 12, também conhecida como amanhã, tem  mais!

Abraços e não esqueçam, SE POSSÍVEL, FIQUEM EM CASA!!!



quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

RESUMO DO CAPÍTULO 6 – SEDA E NYLON, do livro OS BOTÕES DE NAPOLEÃO: As 17 moléculas que mudaram a história

 

Hoje trouxemos o sexto capítulo do livro OS BOTÕES DE NAPOLEÃO: As 17 moléculas que mudaram a história, que trata sobre a descoberta da “Seda e Nylon”. Atualmente a seda continua sendo considerada insubstituível e muito valorizada pelos ricos. As propriedades que tornaram a seda desejável há tanto tempo, são o toque suave, a calidez no tempo frio, o frescor no tempo quente e o brilho maravilhoso, que são decorrentes de sua estrutura química.

A produção de seda começou na China com o cultivo do bicho-da-seda, Bombyz mori, uma pequena larva cinzenta que se alimenta unicamente das folhas da amoreira-branca, Morus alba.

A borboleta do bicho-da-seda põe cerca de 500 ovos num período de cinco dias e depois morre. Um grama desses minúsculos ovos produz mais de mil bichos-da-seda, que, juntos, devoram aproximadamente 36 kg de folhas de amoreira para produzir cerca de 200g de seda crua.

Para obter a seda, é preciso aquecer os casulos, matando as crisálidas que estão dentro deles, e em seguida mergulhá-los em água fervente para dissolver a secreção pegajosa que mantém os fios unidos. O fio de seda pura, que pode medir de 360m a mais de 2.700m, é depois desenrolado do casulo e enrolado em carretéis.

Os componentes químicos que conferem as características acima mencionadas são denominados aminoácidos. Na seda, esses compostos têm os menores grupos laterais entre todos os aminoácidos e também são os mais comuns, constituindo, juntos, cerca de 85% de sua estrutura total e são denominados por: Glicina, Alanina e Serina.


O fato desses grupos laterais nos aminoácidos da seda serem pequenos é um fator importante para sua maciez. 

Estima-se que 80 a 85% dos aminoácidos da seda são uma sequência repetitiva de glicina-serina-glicina-alanina-glicina-alanina. Uma cadeia do polímero proteico da seda tem um arranjo em zigue-zague, com os grupos laterais alternando-se de cada lado.


As cadeias da molécula de proteína são paralelas às cadeias laterais que seguem em direções opostas. Elas se mantêm unidas por atrações mútuas entre os filamentos moleculares. A estrutura flexível  resultante da estrutura da proteína da seda é resistente ao esticamento e explica muitas propriedades físicas da seda. As cadeias de proteína encontram-se estreitamente unidas e as superfícies têm tamanhos relativamente semelhantes, o que cria uma extensão uniforme, responsável pela maciez da seda. Além disso, essa superfície uniforme atua como um bom refletor da luz, o que resulta no brilho característico do tecido. Assim, várias qualidades extremamente valorizadas da seda se devem aos pequenos grupos laterais de sua estrutura proteica.

A BUSCA DA SEDA SINTÉTICA

As palavras sintético e artificial são muitas vezes usadas como equivalentes na linguagem cotidiana e figuram como sinônimas na maioria dos dicionários. Há, no entanto, uma importante distinção química entre elas. O “sintético” refere-se a um composto feito pelo homem por meio de reações químicas. Já a palavra “artificial” refere-se mais às propriedades de um composto. Um composto artificial tem uma estrutura química diferente da estrutura de outro composto, mas suas propriedades são parecidas com as dele o suficiente para que possa imitar sua função.

No final da década de 1870, um conde francês, Hilaire de Chardonnet, descobriu a seda artificial, mas não a seda sintética, embora fosse feita sinteticamente. A “seda de Chardonnet”, como veio a ser chamada, era semelhante à seda em algumas de suas propriedades, mas não em todas. Era macia e lustrosa, mas, infelizmente, altamente inflamável (propriedade não desejável para um tecido).

Chardonnet patenteou seu processo em 1885 e começou a fabricar a seda Chardonnet em 1891. Mas a inflamabilidade do material foi sua ruína. Pois, numa festa, um cavalheiro que fumava um charuto deixou cair cinza inadvertidamente no vestido de seda de sua parceira de dança. Conta-se que o traje desapareceu numa labareda e numa lufada de fumaça.

Outro método, desenvolvido na Inglaterra em 1901 por Charles Cross e Edward Bevan, produziu a viscose, assim chamada por causa da alta viscosidade. O processo de fabricação da viscose continua em uso atualmente como principal forma de produzir os tecidos hoje chamados rayons.

O rayon pode ser tingido de muitas cores e tons, assim como o algodão. Mas tem também uma série de deficiências. Embora a estrutura de folha plissada da seda (flexível, mas resistente ao esticamento) a torne ideal para meias, a celulose do rayon absorve água, fazendo-o esgarçar. Essa não é uma característica desejável, sobretudo quando se trata de meias.

Como a complexidade da estrutura química da seda, não foi compreendida até o século XIX, surgiram os primeiros esforços na tentativa de fabricar uma versão sintética, mas isso só foi possível em 1938 com a criação do NYLON, composto a base de celulose, criado por um químico orgânico chamado Wallace Carothers, contratado pela Du Pont Fibersilk Company.

A seda e o nylon contribuíram cada um à sua maneira para a prosperidade econômica de seus tempos. A grande demanda abriu rotas de comércio mundiais e estimulou novos acordos comerciais, gerando grande riqueza e enormes mudanças em muitas partes do mundo.

Esperamos que vocês tenham gostado do resumo do sexto capítulo do livro OS BOTÕES DE NAPOLEÃO: As 17 moléculas que mudaram a história.

BOA LEITURA, e se possível FIQUEM EM CASA!!!