sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

CAPÍTULO 11 - A PÍLULA, do LIVRO OS BOTÕES DE NAPOLEÃO: As 17 moléculas que mudaram a história

 

Olá, tod@s bem?

Essa semana trouxemos o décimo primeiro capítulo do livro OS BOTÕES DE NAPOLEÃO: As 17 moléculas que mudaram a história, sobre “A pílula”. O capítulo aborda a importância e as modificações causadas na sociedade com o surgimento da pílula.

Em 1960, surgiu o primeiro contraceptivo oral, a “noretindrona”, que se popularizou pela identidade “a pílula”. Antigamente, quando não se tinha a pílula, as mulheres ingeriam substâncias naturais, geralmente provenientes de ervas medicinais, como por exemplo, o líquido obtido da fermentação de folhas de salsa e menta.

A NORETINDRONA faz parte do grupo de substâncias conhecido como esteroides. Essa é a mesma nomenclatura aplicada às substâncias ilícitas usadas por alguns atletas com a finalidade de melhorar seu desempenho esportivo.

Devido ao seu uso e popularização, a pílula, contribuiu para a diminuição do número de filhos. Isso contribuiu para que em 1960 ocorresse “O Movimento de Liberação das Mulheres” que culminou com o avanço do feminismo incentivando muitas mulheres a trabalharem fora de casa. Margaret Sanger (1879-1966), considerada a mãe da pílula, era contra as regras imposta pela sociedade e incentivava as mulheres a usarem anticoncepcionais.

Houve também o uso da molécula de progesterona como anticoncepcional, mas segundo estudos, essa substância pode gerar problemas, uma vez que precisa ser injetada, pois quando tomada por via oral tem eficácia reduzida. Acredita-se que isso ocorra porque ela reage com ácidos estomacais ou outras substâncias químicas digestivas. Para solucionar esse fato, a saída foi a síntese de uma progesterona artificial que conservasse sua atividade quando ministrada oralmente.

Com isso, a pílula anticoncepcional foi desenvolvida por homens para ser ingerida por mulheres. Djerassi, hoje por vezes chamado “o Pai da Pílula”, diria anos mais tarde: “Nem em nossos sonhos mais desvairados imaginávamos que essa substância acabaria se tornando o ingrediente ativo de quase metade dos anticoncepcionais usados no mundo inteiro”.

Já a noretindrona foi concebida para tratamento hormonal para manter a gravidez ou aliviar a irregularidade menstrual, especialmente em casos que envolviam grave perda de sangue.

Alguns questionamentos surgem no decorrer do capítulo, tais como: porque não sintetizaram uma molécula a ser tomada pelos homens? Isso se dá pelo fato de que os homens não tem um ciclo hormonal, além disso impedir a produção de milhões de espermatozoides é muito mais difícil do que evitar o desenvolvimento de um óvulo uma vez por mês. Ainda assim, o capítulo traz que moléculas diferentes estão sendo investigadas para possíveis pílulas anticoncepcionais masculinas, em resposta a uma necessidade percebida de dividir a responsabilidade pela contracepção de forma igualitária entre os gêneros.

A noretindrona foi mais que mera medicação para o controle da fertilidade. Sua introdução no mercado assinalou o início da consciência, não só da fertilidade e da contracepção, mas também da abertura de oportunidades. Com isso, foi permitido às mulheres expressarem-se sobre assuntos que haviam sido tabus durantes séculos e agir com relação a eles, como o câncer, a violência na família ou o incesto.


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