quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

CAPÍTULO 9 - CORANTES, do LIVRO OS BOTÕES DE NAPOLEÃO: As 17 moléculas que mudaram a história

 

Hoje trouxemos o nono capítulo do livro OS BOTÕES DE NAPOLEÃO: As 17 moléculas que mudaram a história, sobre “Corantes”. Essas moléculas são responsáveis pelo colorido de nossas roupas, móveis, acessórios e até mesmo dos nossos cabelos.

As tintas e as matérias corantes são compostas de moléculas naturais ou feitas pelo homem cujas origens remontam a milhares de anos. Sua descoberta e utilização levaram à criação e expansão das maiores companhias químicas existentes no mundo.

A extração e o preparo de corantes, mencionados na literatura chinesa remontam a 3000 a.C., e talvez tenham sido as primeiras tentativas humanas de praticar a Química. As tinturas mais antigas eram obtidas principalmente das plantas: de suas raízes, folhas, cascas ou bagas.

As tinturas são compostos orgânicos coloridos incorporados às fibras têxteis. A estrutura molecular desses compostos pode absorver certos comprimentos de onda de luz do espectro visível, assim a cor real da tinta que vemos depende desses comprimentos de onda que são refletidas de volta, em vez de serem absorvidas. As tinturas orgânicas, os minerais finamente moídos e outros compostos inorgânicos foram usados desde a Antiguidade para criar cor.

O azul, em particular, era uma cor muito requisitada. Comparados ao vermelho e ao amarelo, os tons de azul não são comuns em plantas; uma delas, porém, a Indigofera tinctoria, da família das leguminosas, era conhecida como farta fonte da matéria corante azul índigo. As folhas frescas das plantas que produzem o índigo não parecem azuis, mas depois de fermentadas, sob condições alcalinas e em seguida oxidadas, fazem surgir a cor azul.

O composto precursor do índigo, encontrado em todas as plantas que o produzem, é a indicã, molécula que contém uma unidade de glicose associada. A própria indicã é incolor, mas sua fermentação sob condições alcalinas rompe a unidade de glicose para produzir a molécula de indoxol. Este reage com o
oxigênio do ar para produzir o índigo de cor azul.

O índigo era uma substância muito valiosa, mas a matéria corante antiga mais cara era uma molécula muito semelhante a ele, conhecida como PÚRPURA DE TIRO. A púrpura é vista até hoje como uma cor imperial, um símbolo de realeza.

A púrpura de Tiro era obtida de um muco opaco secretado por várias espécies de moluscos marinhos, em geral do gênero Murex. A cor brilhante da púrpura de Tiro só se revela pela oxidação no ar.

A partir do final do século XVIII, foram criados corantes sintéticos que mudaram as práticas seculares dos artesãos. O primeiro foi o ácido pícrico, uma molécula trinitrada usada em munições na Primeira Guerra Mundial.

Sendo um composto fenólico, a substância foi sintetizada pela primeira vez em 1771 e usada como corante para lã e seda, a partir de 1788.

Com o passar do tempo, surgiram corantes inteiramente produzidos pelo homem e que davam tons vivos e límpidos, não desbotavam e produziam resultados constantes. Assim foram criadas as primeiras indústrias da humanidade.

Com isso, as moléculas corantes mudaram a história. À medida que a demanda de cor crescia, prosperavam também guildas e fábricas, cidades e comércio. O advento de corantes sintéticos transformou o mundo.

Torcemos para que gostem do resumo do nono capítulo do livro OS BOTÕES DE NAPOLEÃO: As 17 moléculas que mudaram a história e se inspirem a lê o livro na integra.

BOA LEITURA, e se possível FIQUEM EM CASA!!!


Um comentário:

  1. Eu conheço a aspirina, meu pai tem 89 anos e é preciso tomar a medicação, para a circulação do sangue em uma perna dele que é muito lento, por causa de uma veia entupida.

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