terça-feira, 5 de janeiro de 2021
É possível realizar aulas experimentais sem o espaço físico do Laboratório de Ciências?
III Webnário do Projeto de Extensão "DIVULGAÇÃO E ALFABETIZAÇÃO CIENTÍFICA POR MEIO DAS MÍDIAS DIGITAIS"
Olá, como estão todos/as?Tudo bem?
Passamos hoje para a divulgação do III Webnário do Projeto de Extensão do qual somos integrantes. Tendo em vista que as atividades desenvolvidas pelos
docentes do Curso de LEdoC/CN do campus de
Picos não param e atendendo a diversidade que caracteriza a proposta pedagógica
do curso, bem como a forma como as atividades acadêmicas são propostas, os
professores e estudantes se adequam ao momento pandêmico e desenvolvem
mensalmente Webnários temáticos, dentre outras atividades específicas do
Projeto de Extensão. Sob o título DIVULGAÇÃO
E ALFABETIZAÇÃO CIENTÍFICA POR MEIO DAS MÍDIAS DIGITAIS, os Webnários
apresentam mensalmente um tema que procura abordar o momento em que o evento
será realizado. Para o mês de Janeiro de 2021, o III Webinário traz o PAINEL: “Desafios dos professores de Ciências na pandemia: ressignificando o
fazer docente” e contará com a participação do Prof. Dr. Francisco
Marcôncio Targino de Moura, que atua na Rede Municipal de Ensino de Fortaleza e
tem experiência na área de Educação, cursos de formação de professores e
assessoria pedagógica. O evento ainda contará com a participação do Prof. Dr.
Fábio Soares da Paz, que trabalha no curso de Licenciatura em Educação do Campo
área Ciências da Natureza, no campus de Picos da UFPI, que tem experiência na área
de Física, com ênfase em metodologia do ensino de Física, e formação de professores.
Esse Webnário contará com a moderação da aluna bolsista/voluntária Poliana de
Carvalho Sousa, que está em seu último período no curso. Cada
painelista/palestrante irá abordar um subtema que contemple a proposta do painel.
Dessa forma o Prof. Dr. Marcôncio Targino, professor de Ciências da Rede
Municipal de Ensino de Fortaleza, em exercício na Escola de Tempo Integral José
Carvalho da Regional VI, abordará a seguinte temática “AS MÍDIAS DIGITAIS E A RESSIGNIFICAÇÃO DO FAZER DOCENTE”e o Prof.
Dr. Fábio da Paz falará sobre os “DESAFIOS
E DIFICULDADES EM TEMPOS DE PANDEMIA”.
O evento, que é gratuito, oferecerá certificação de 4h e será transmitido ao vivo por uma das mídias trabalhadas no Projeto de Extensão que é o canal do You Tube: EdQuímica EdBem – o canal que aproxima o conhecimento químico do cotidiano! ocorrerá no dia 19 de Janeiro de 2021 a partir das 15h. As inscrições estão sendo realizadas via Google Forms (link: (https://forms.gle/Svw8QijGRREscXAg7) e vão até a data do evento.
Participem e nos ajudem na divulgação!
terça-feira, 29 de dezembro de 2020
Indicação do resumo do II WEBNÁRIO DO PROJETO DE EXTENSÃO: Divulgação e Alfabetização Científica por meio das Mídias Digitais
Olá pessoal, como estão? Tod@s bem?
Esperamos que vocês e os seus estejam
bem e protegidos, aproveitamos para lhe desejar um Ano Novo próspero e repleto
de realizações. Ainda, recomendamos que cumpram as medidas de distanciamento,
evitem aglomerações, usem máscara de proteção e se possível fiquem em casa.
Passamos hoje para comunicar que postamos
o RESUMO DO II WEBNÁRIO DO PROJETO DE EXTENSÃO: Divulgação e Alfabetização
Científica Por Meio das Mídias Digitais, no blog EdQuímica Edbem.
Para acessar o resumo: https://edquimicaedbem.blogspot.com/2020/12/ii-webnario-do-projeto-de-extensao.html
Esperamos que gostem! Em Janeiro
teremos o III Webnário e já estamos organizando para definir o Painel e os
painelistas. Aguardem que teremos novidades!
Abraços e até breve.... MAS NÃO
ESQUEÇAM, SE POSSÍVEL, FIQUEM EM CASA!
sexta-feira, 11 de dezembro de 2020
CAPÍTULO 8 – ISOPRENO, do LIVRO OS BOTÕES DE NAPOLEÃO: As 17 moléculas que mudaram a história
Hoje trouxemos o oitavo capítulo do livro
OS BOTÕES DE NAPOLEÃO: As 17 moléculas
que mudaram a história, sobre o “Isopreno”,
que está presente nos pneus dos carros, elásticos das roupas, em solas de
calçados, por exemplo.
O isopreno nada mais é que a
borracha e essa se tornou, nos últimos 150 anos, componente essencial da civilização.
O primeiro uso que dela se fez, está atribuída aos índios, entre 1.600 e 1.200
a.C, onde brincavam com bolas feitas de resina vegetal, o LÁTEX. O francês
Chaves-Marie, foi o primeiro a investigar se poderia haver algum emprego mais
específico para essa substância. O látex é uma emulsão coloidal, suspensão de
partículas naturais de borracha na água. Muitas árvores e arbusto tropicais
produzem o látex.
A borracha natural é um polímero da molécula de isopreno. Com apenas 5 átomos de carbono, o isopreno é a menor unidade repetitiva entre todos os polímeros naturais, o que faz da borracha o polímero natural mais simples.
A fórmula química da borracha C5H8, foi descoberta em 1826, pelo Químico e Físico inglês Michel Faraday. A estrutura da molécula de isopreno é escrita em geral com duas ligações duplas em átomos de carbono adjacentes.
Essas
duas estruturas continuam sendo o mesmo composto. A borracha natural forma-se quando moléculas de isopreno se agregam, uma extremidade ligada à outra. Essa polimerização na borracha produz as chamadas ligações
duplas cis. Uma ligação dupla fornece rigidez a uma molécula, impedindo rotação. O resultado disso é que a estrutura mostrada abaixo à esquerda, conhecida como a forma “cis”, não é igual à estrutura à direita, conhecida como forma “trans”.
O isômero cis, cuja estrutura corresponde a da borracha natural e o isômero trans que tem estrutura de um polímero conhecido como guta-percha. As propriedades dos dois materiais são muito diferentes. Enquanto o isômero cis possui elasticidade que lhe é conferida pela sua estrutura espacial não linear e de certa maneira com a forma de espiral, o isômero trans possui uma estrutura linear, é um material duro e comporta-se como um material termoplástico. O isopreno é apenas um de muitos compostos orgânicos que têm as formas cis e trans; é comum que estas tenham propriedades muito diferentes.
Por
volta de 1834, o inventor e empresário norte-americano Charles Goodyear deu
início a uma série de experimentos que desencadearam uma nova e muito mais
prolongada febre da borracha no mundo inteiro. Goodyear não conhecia a estrutura do isopreno, não sabia que a borracha natural era seu polímero e que, com o enxofre, ele conseguira a ligação cruzada fundamental entre moléculas de borracha.
Quando
se adicionava calor, os átomos de enxofre formavam ligações cruzadas que mantinham as longas cadeias das moléculas de borracha na posição devida. Só 17 anos depois da descoberta fortuita de Goodyear — chamada vulcanização em referência ao deus romano do fogo. As propriedades elásticas da borracha são um resultado direto de sua estrutura química.
Cadeias aleatoriamente enroscadas do polímero isopreno, ao serem esticadas, se endireitam e alinham na direção do esticamento. Assim que cessa a força responsável pelo esticamento, as moléculas voltam a se enroscar. Depois da dessa descoberta de Goodyear, a borracha vulcanizada tornou-se uma das mais importantes mercadorias do mundo e material básico em tempo de guerra. A borracha macia usada para fazer elásticos contém cerca de 1 a 3% de enxofre; a borracha feita com 3 a 10% de enxofre tem mais ligações cruzadas, é menos flexível e usada para pneus de veículos.
Nosso mundo foi moldado pela borracha. A coleta de matéria-prima para a fabricação de produtos de borracha teve enorme impacto sobre a sociedade e o ambiente. Nosso mundo continua sendo moldado pela borracha. Sem ela as enormes mudanças trazidas pela mecanização não teriam sido possíveis.
Esperamos que vocês tenham gostado
do resumo do oitavo capítulo do livro OS BOTÕES DE NAPOLEÃO: As 17 moléculas
que mudaram a história.
BOA LEITURA, e se possível FIQUEM EM
CASA!!!
quinta-feira, 10 de dezembro de 2020
Passando por aqui....
Olá pessoal, tod@s bem????
Estamos passando para atualizar com vocês nossas atividades. Vocês sabem que trabalhamos com mídias variadas: IG, Blogger, YouTube e Podcast, assim, semanalmente temos que movimentar e atualizar nossas publicações. Na semana passada, dia 05, publicamos no edquimicaedbem.blogspot.com o RESUMO DO CAPÍTULO 7 do livro que estamos trabalhando atualmente: OS BOTÕES DE NAPOLEÃO: As 17 moléculas que mudaram a história, quando na realidade deveríamos ter publicado aqui. Por isso, hoje passamos para nos desculpar e atualizá-los de que não esquecemos de vocês heim....passem lá no nosso outro blog e acompanhem a sequência de resumos que estamos disponibilizando.
Nessa sexta feira, dia 12, também conhecida como amanhã, tem mais!
Abraços e não esqueçam, SE POSSÍVEL, FIQUEM EM CASA!!!
quarta-feira, 2 de dezembro de 2020
RESUMO DO CAPÍTULO 6 – SEDA E NYLON, do livro OS BOTÕES DE NAPOLEÃO: As 17 moléculas que mudaram a história
Hoje trouxemos o sexto capítulo do
livro OS BOTÕES DE NAPOLEÃO: As 17
moléculas que mudaram a história, que trata sobre a descoberta da “Seda e Nylon”. Atualmente a seda
continua sendo considerada insubstituível e muito valorizada pelos ricos. As
propriedades que tornaram a seda desejável há tanto tempo, são o toque suave, a
calidez no tempo frio, o frescor no tempo quente e o brilho maravilhoso, que
são decorrentes de sua estrutura química.
A produção de seda começou na China
com o cultivo do bicho-da-seda, Bombyz mori, uma pequena larva cinzenta
que se alimenta unicamente das folhas da amoreira-branca, Morus alba.
A borboleta do bicho-da-seda põe
cerca de 500 ovos num período de cinco dias e depois morre. Um grama desses
minúsculos ovos produz mais de mil bichos-da-seda, que, juntos, devoram
aproximadamente 36 kg de folhas de amoreira para produzir cerca de 200g de seda
crua.
Para obter a seda,
é preciso aquecer os casulos, matando as crisálidas que estão dentro deles, e em seguida mergulhá-los em água fervente para dissolver a secreção pegajosa que mantém os fios unidos. O fio de seda pura, que pode medir de 360m a mais de 2.700m, é depois desenrolado do casulo e enrolado em carretéis.
Os componentes químicos que conferem as características acima mencionadas são denominados aminoácidos. Na seda, esses compostos têm os menores grupos laterais entre todos os aminoácidos e também são os mais comuns, constituindo, juntos, cerca de 85% de sua estrutura total e são denominados por: Glicina, Alanina e Serina.
O fato desses grupos laterais nos aminoácidos da seda serem pequenos é um fator importante para sua maciez.
Estima-se que 80 a 85% dos aminoácidos da seda são uma sequência repetitiva de glicina-serina-glicina-alanina-glicina-alanina. Uma cadeia do polímero proteico da seda tem um arranjo em zigue-zague, com os grupos laterais alternando-se de cada lado.
A BUSCA DA SEDA
SINTÉTICA
As palavras sintético
e artificial são muitas vezes usadas como equivalentes na linguagem cotidiana e figuram como sinônimas na maioria dos dicionários. Há, no entanto, uma importante distinção química entre elas. O “sintético”
refere-se a um composto feito pelo homem por meio de reações químicas. Já a
palavra “artificial” refere-se mais às propriedades de um composto. Um composto artificial tem uma estrutura química diferente da estrutura de outro
composto, mas suas propriedades são parecidas com as dele o suficiente para que
possa imitar sua função.
No final da década
de 1870, um conde francês, Hilaire de Chardonnet, descobriu a seda
artificial, mas não a seda sintética, embora fosse feita sinteticamente. A
“seda de Chardonnet”, como veio a ser chamada, era semelhante à seda em algumas de suas propriedades, mas não em todas. Era macia e lustrosa, mas, infelizmente, altamente inflamável (propriedade não desejável para um tecido).
Chardonnet
patenteou seu processo em 1885 e começou a fabricar a seda Chardonnet em 1891. Mas a inflamabilidade do material foi sua ruína. Pois, numa festa, um cavalheiro que fumava um charuto deixou cair cinza inadvertidamente no vestido de seda de sua parceira de dança. Conta-se que o traje desapareceu numa labareda e numa lufada de fumaça.
Outro método,
desenvolvido na Inglaterra em 1901 por Charles Cross e Edward Bevan, produziu a viscose, assim chamada por causa da alta
viscosidade.
O processo de fabricação da viscose continua em uso atualmente
como principal forma de produzir os tecidos hoje chamados rayons.
O rayon pode ser
tingido de muitas cores e tons, assim como o algodão. Mas tem também uma série de deficiências. Embora a estrutura de folha plissada da seda (flexível, mas resistente ao esticamento) a torne ideal para meias, a celulose do rayon absorve água, fazendo-o esgarçar. Essa não é uma característica desejável, sobretudo quando se trata de meias.
Como a complexidade da estrutura
química da seda, não foi compreendida até o século XIX, surgiram os primeiros
esforços na tentativa de fabricar uma versão sintética, mas isso só foi
possível em 1938 com a criação do NYLON, composto a base de celulose, criado
por um químico orgânico chamado Wallace Carothers, contratado pela Du Pont
Fibersilk Company.
A seda e o nylon contribuíram cada
um à sua maneira para a prosperidade econômica de seus tempos. A grande demanda
abriu rotas de comércio mundiais
e estimulou novos acordos comerciais, gerando grande riqueza e enormes mudanças em
muitas partes do mundo.
Esperamos que vocês
tenham gostado do resumo do sexto capítulo do livro OS BOTÕES DE NAPOLEÃO: As
17 moléculas que mudaram a história.
BOA LEITURA, e se
possível FIQUEM EM CASA!!!
sexta-feira, 6 de novembro de 2020
RESUMO DO CAPÍTULO 5 – COMPOSTOS NITRADOS, do livro OS BOTÕES DE NAPOLEÃO: As 17 moléculas que mudaram a história
Hoje trouxemos o quinto capítulo do livro OS BOTÕES DE NAPOLEÃO: As 17 moléculas que
mudaram a história, que trata sobre os “Compostos Nitrados”. Esses
compostos inicialmente foram usados nas fábricas de explosivos. Embora tenham
reações explosivas que causavam ampla destruição, alguns desses compostos
contribuíram de forma benéfica para o desenvolvimento da sociedade.
Mesmo que as estruturas das moléculas explosivas variem,
a maior parte delas contém o grupo nitro (NO2-). Essa combinação
de um nitrogênio e dois oxigênios, na posição certa, ampliou a devastação causada pelas guerras, mudou o destino de nações e permitiu, literalmente, a remoção de montanhas.
A pólvora ou pólvora negra foi o primeiro explosivo usado
na Antiguidade pela China, Arábia e Índia. Para a fabricação, era usado sal de
nitrato, enxofre e carbono, o que justificou seu uso inicial em bombinhas e
fogos de artifício. Entretanto, em meados do século XI já passou a ser
empregada no lançamento de objetos em chamas usados como armas, conhecidos como
flechas de fogo. Assim, a primeira arma de fogo que fez uso da pólvora foi
fabricada por volta do ano de 1300 a 1325.
A
composição da pólvora atualmente varia um pouco, mas contém em geral uma proporção maior de salitre que a indicada na formulação do monge Franciscano Roger
Bacon, que escreveu sobre a pólvora, em meados de 1260. A reação química para a
explosão da pólvora pode ser escrita como:
Esta equação química nos revela as proporções das substâncias reagentes e as dos produtos obtidos. O subscrito (s) significa que a substância é sólida, e (g), que é um gás. Assim, pela equação descrita acima, concluímos que todos os reagentes são sólidos, mas oito moléculas de gases são formadas: três dióxidos de carbono (CO2), três monóxidos de carbono (CO) e dois nitrogênios (N2). São os gases quentes, em expansão, produzidos pela rápida queima da pólvora, que propelem uma bala de canhão ou de revólver. O carbonato (K2CO3) e o sulfeto de potássio (K2S), sólidos, que se formam, são dispersos na forma de partículas minúsculas, a fumaça densa característica da explosão da pólvora.
Todas
as reações explosivas produzem grande quantidade de calor e portanto, diz-se
que são altamente exotérmicas. Grandes quantidades de calor têm um efeito impressionante de aumentar o volume dos gases — quanto mais alta a temperatura, maior o volume de gás. O calor provém da diferença de energia entre as moléculas de cada lado da equação da reação explosiva. As moléculas produzidas (no lado direito da equação) têm menos energia presa em suas ligações químicas do que as moléculas iniciais (à esquerda). Os compostos que
se formam são mais estáveis. Em reações explosivas de compostos nitrados forma-se
a molécula de nitrogênio N2, que é extremamente estável. A
estabilidade da molécula N2 deve-se à força da ligação tripla que mantém juntos os
dois átomos de nitrogênio.
A grande força dessa ligação tripla significa que muita energia é necessária para quebrá-la. Inversamente, quando a ligação tripla N2 é feita, muita energia é liberada, exatamente o que se deseja numa reação explosiva.
A
explosividade de uma molécula nitrada depende do número de grupos nitro ligados que tem. O nitrotolueno tem apenas um grupo nitro. Uma nitração adicional pode acrescentar mais dois ou três grupos nitro, resultando, respectivamente, em di- ou trinitrotoluenos. Embora possam explodir, o nitrotolueno e o dinitrotolueno não encerram a mesma potência que a altamente explosiva molécula de trinitrotolueno (TNT).
Com esse conhecimento, Alfred Bernard Nobel,
nascido em 1833, teve a ideia de empregar uma explosão de uma quantidade muito pequena de pólvora para detonar uma explosão maior de nitroglicerina (dinamite). E isso foi um grande
achado; funcionou, e o conceito continua sendo usado até hoje nas muitas
explosões controladas que são rotineiras das indústrias da mineração e da
construção.
A
nitroglicerina era contaminada pelo ácido usado no processo de fabricação e tendia a se decompor lentamente. Os gases produzidos por essa quebra faziam estourar as tampas dos recipientes de zinco em que o explosivo era acondicionado para o transporte. A ignorância e a
falta de informação levou muitas vezes a acidentes terríveis, pois o manuseio inadequado da nitroglicerina era comum.
Apesar
da crescente demanda mundial desse explosivo incrivelmente poderoso, as
autoridades do mundo inteiro passaram a se preocupar, onde países como a França
e a Bélgica proibiram a nitroglicerina e uma medida semelhante foi proposta em
outros países. No entanto, Nobel começou a procurar maneiras de estabilizar a
nitroglicerina sem reduzir sua potência.
Nobel
reconheceu que a diatomita, um material natural fino, com alto teor de sílica, que era ocasionalmente usado para substituir a serragem como material
de embalagem, podia absorver nitroglicerina líquida derramada e continuar poroso. Com isso, percebeu-se que a diatomita diluía a nitroglicerina; a separação das partículas da substância desacelerava sua taxa de decomposição e com isso o efeito explosivo tornava-se controlável. Nobel chamou sua mistura de
nitroglicerina/diatomita de dinamite, apartir da palavra dynamis, ou poder.
Nobel morreu em 1896, e seu imenso patrimônio
foi deixado para a concessão de prêmios anuais por trabalhos nas áreas da
Química, Física, Medicina, Literatura e da Paz. Em 1968, o Banco da Suécia, em
memória de Alfred Nobel, instituiu um prêmio no campo da Economia. Embora hoje
seja chamado de Prêmio Nobel, ele não provém da dotação original.
Tendo
em vista que o imperialismo e o colonialismo, sistemas que moldaram nosso mundo, se impuseram graças ao poder das armas, na guerra e na paz, destruindo ou construindo, para bem ou para mal, as moléculas explosivas transformaram a civilização.
Repletos
de muitas curiosidades, encerramos o resumo do quinto capítulo do livro OS
BOTÕES DE NAPOLEÃO: As 17 moléculas que mudaram a história. Estamos torcendo
para que tenham gostado.
BOA
LEITURA, e se possível FIQUEM EM CASA!!!
segunda-feira, 26 de outubro de 2020
RESUMO DO CAPÍTULO 4 - CELULOSE, DO LIVRO OS BOTÕES DE NAPOLEÃO: As 17 moléculas que mudaram a história
Hoje trouxemos o resumo do quarto capítulo do livro OS BOTÕES DE NAPOLEÃO: As 17 moléculas que mudaram a história, que trata sobre a “Celulose”. Mas aonde podemos encontrá-la? Um exemplo é o algodão, que contém 90% de celulose. O cultivo de algodão assim como do açúcar, teve contribuição expressiva dos escravos. Foi cultivado há cerca de cinco mil anos atrás, mas a plantação só chegou a Europa por volta de 300 a.C., trazida por soldados que retornaram a Índia com túnicas de algodão. O Lancashire, na Inglaterra, tornou-se o centro do grande complexo industrial
que cresceu em torno da manufatura do algodão, pois o clima da região, úmido,
ajudava as fibras a se manterem unidas. Além disso, o algodão foi
importante para a revolução industrial na Inglaterra, pois impulsionou a
maquino fatura.
Porém,
houve algumas consequências sociais do comércio do algodão, que impactou nas
condições de trabalho e de vida das pessoas. Uma delas foi a submissão a
terríveis e longas jornadas de trabalho dos operários. Os operários e suas
famílias se abrigavam em moradas frias, úmidas e sujas, o que talvez justifique
o fato de menos da metade das crianças que nasciam nessas condições conseguirem
completar cinco anos de idade. Mas, as autoridades se preocupavam, não por
causa da taxa de mortalidade alta, mas pelo fato dessas crianças morrerem antes de poderem se engajar no trabalho industrial, ou em qualquer outro tipo de atividade
laboral.
Com
os maus-tratos infligidos a crianças e outros abusos, houve amplo movimento humanitário que pressionou a adoção de leis para regular a duração da jornada de trabalho, o trabalho infantil e as condições de segurança e salubridade das fábricas. Mas, não foi fácil promover mudanças. No
capítulo do livro aqui resenhado, os autores mencionam que após a legislação
ser aprovada na Inglaterra em 1807, abolindo o tráfico de escravos, os
industriais não hesitavam em importar o algodão cultivado por escravos na
América do Sul.
Na década de 1830,
descobriu-se que a celulose era solúvel em ácido nítrico condensado, e que essa solução, quando derramada na água, formava um pó branco altamente inflamável e explosivo. Por tanto, a CELULOSE é um polímero de
glicose, formado
pela união de moléculas de β-glicose e é um componente importante
das paredes da célula vegetal.
Os
polímeros de glicose, também conhecidos como POLISSACARÍDIOS, podem ser
classificados com base em sua função celular. Os polissacarídeos estruturais,
como a celulose, fornecem um meio de sustentação para o organismo; os polissacarídeos
de armazenamento fornecem um meio de armazenar a glicose até que ela seja necessária. As unidades dos polissacarídeos estruturais são unidades de
β-glicose; as dos polissacarídeos de armazenamento são α-glicose.
Tanto
nos polissacarídeos estruturais quanto nos de armazenamento, as unidades de glicose são unidas entre si através de carbono número 1 numa molécula de glicose e de carbono número 4 na molécula de glicose adjacente. Essa união ocorre com a remoção de uma molécula de água formada a partir de um H+
de uma das moléculas de glicose e de um -OH da outra molécula de glicose.
Muitas
das características que fazem do algodão um tecido tão desejável são resultado da estrutura singular da celulose. Longas cadeias de celulose se comprimem estreitamente, formando a fibra rígida, insolúvel, das quais as
paredes celulares das plantas são construídas.
A
forma que uma ligação β confere à estrutura permite às cadeias de celulose
apertarem-se estreitamente o bastante para formar esses feixes, que depois se
torcem juntos para formar as fibras visíveis a olho nu. Do lado de fora dos
feixes estão os grupos -OH que não fizeram parte da formação da longa cadeia de celulose, e esses grupos são capazes de atrair moléculas de água. Por isso a celulose é
capaz de absorver água, o que explica a elevada absorvência do algodão e de outros produtos baseados em celulose.
Os
autores ainda mostram alguns questionamentos sobre a hipótese de que “o algodão
respira”, eles abordam que essa questão não tem relação com a passagem de ar,
mas sim com a absorvência da água pelo tecido. Por exemplo, quando o tempo está
quente, a transpiração do corpo é absorvida por peças de roupa de algodão à
medida que evapora, refrescando-nos. Já as roupas feitas de nylon ou poliéster
não conseguem absorver a umidade, de modo que a transpiração não é removida do
corpo por ação capilar, levando a um desconfortável estado de umidade.
Outro
polissacarídeo estrutural é a quitina,
uma variação da celulose encontrada nas carapaças dos crustáceos, como caranguejos, camarões e lagostas. A QUITINA, como a celulose, é um polissacarídeo β. Salienta-se ainda que a N-acetil glucosamina e
seu derivado estreitamente relacionado, a glucosamina, fabricadas a partir de
carapaças de crustáceos, já proporcionaram alívio a muitas vítimas de artrite.
Pois, acredita-se que estimulam a substituição do material cartilaginoso nas
juntas ou o suplementam.
No
decorrer do capítulo é abordado que os seres humanos e outros mamíferos não têm
as enzimas digestivas necessárias para quebrar ligações β nesses polissacarídeos
estruturais, por isso, não podemos utilizá-los como fonte de alimento, embora
haja bilhões de unidades de glicose disponíveis na forma de celulose no reino
vegetal. No entanto, apesar de não termos a enzima que quebra a ligação β,
possuímos uma enzima digestiva que parte uma ligação α. A configuração α é
encontrada no amido e no glicogênio, que são polissacarídeos de armazenamento.
Diante
disso, apesar de ter uma quantidade muito grande de polissacarídeos de armazenamento no mundo, ainda há uma quantidade muito maior do polissacarídeo estrutural, como a celulose. Sendo que a celulose não só é abundante como
renovável, a possibilidade de usá-la como matéria-prima barata e rapidamente
disponível para novos produtos vem interessando há muito tempo químicos e
empresários.
A
celulose pode ser dissolvida numa solução alcalina de solvente orgânico, o
dissulfeto de carbono, formando um derivado da celulose chamado xantato de
celulose. Como tem a forma de uma dispersão coloidal viscosa, o xantato de
celulose recebeu o nome comercial de VISCOSE. Depois que a viscose é empurrada
por minúsculos furos, e o filamento resultante é tratado com ácido, a celulose
é regenerada na forma de fios finos que podem ser urdidos num tecido conhecido
comercialmente como RAYON.
Tendo
em vista que o algodão foi a estrela da Revolução Industrial e provocou uma das
maiores crises da história dos Estados Unidos, ainda teve a questão da
escravidão, onde o sistema econômico se baseava no algodão cultivado por
escravos. Além disso, a indústria dos tecidos sintéticos, que se iniciou a
partir do rayon (uma forma diferente de celulose), desempenhou um papel
significativo na configuração da economia durante o século XX. Porém, os autores da obra concluem que sem essas
aplicações da molécula de celulose, nosso mundo seria muito diferente.
Esperamos
que vocês tenham gostado do resumo do quarto capítulo do livro OS BOTÕES DE
NAPOLEÃO: As 17 moléculas que mudaram a história.
BOA
LEITURA, e se possível FIQUEM EM CASA!!!
sexta-feira, 16 de outubro de 2020
RESUMO DO CAPÍTULO 3 – GLICOSE, DO LIVRO OS BOTÕES DE NAPOLEÃO: As 17 moléculas que mudaram a história
Dando sequência as nossas postagens, hoje iremos apresentar o resumo do terceiro capítulo "Glicose", do livro OS BOTÕES DE NAPOLEÃO: As 17 moléculas que mudaram a história. De forma similar ao que aconteceu com as especiarias, o açúcar foi outrora um luxo acessível somente aos ricos. Vastamente usado como condimento em molhos para carne e peixe, hoje nos pareceriam mais salgados do que doces. A molécula do açúcar alterou o destino de países e continentes à medida que levou à Revolução Industrial, transformando o comércio e as culturas em todo o mundo.
A glicose é um importante componente da sacarose, substância a que nos referimos quando falamos em açúcar. O açúcar tem nomes específicos e depende da sua fonte de obtenção, por exemplo, açúcar de cana, açúcar de beterraba e açúcar de milho. Apresenta-se também em muitas variações: mascavo, branco, cristal, de confeiteiro, em rama, demerara. A molécula de glicose, presente em todos esses tipos de açúcar, é bastante pequena. Tem apenas seis átomos de carbono, seis átomos de oxigênio e 12 átomos de hidrogênio: totalizando, o mesmo número de átomos encontrados na molécula responsável pelos sabores da noz-moscada e do cravo-da-índia, que são 24 átomos.
A razão de todos esses tipos de açúcares serem tão fascinantes é
seu gosto doce, que muito encanta ao ser humano. A doçura é um dos quatro sabores principais
identificados na boca. Os outros três são azedo, amargo e salgado, cada qual
com seu encanto. E alcançar a capacidade de distinguir entre esses sabores foi
um importante passo evolucionário. Entretanto é a doçura que geralmente remete
as pessoas a associação com “gostosura”.
Além do açúcar, existem muitos compostos doces e nem todos têm um
sabor agradável. Por exemplo, o etilenoglicol, que é o principal componente do
anticongelante usado em radiadores de automóvel. A solubilidade e flexibilidade
da molécula de etilenoglicol, bem como a distância que separa seus átomos de
oxigênio (semelhante à que existe entre os átomos de oxigênio nos açúcares),
explica seu sabor doce. Mas ele é muito venenoso. Uma colher de sopa pode ser
letal para seres humanos ou animais domésticos. Curiosamente, o agente tóxico
não é o próprio etilenoglicol, mas aquilo em que o corpo o transforma. A
oxidação do etilenoglicol por enzimas do corpo produz ácido oxálico.
Um composto cuja estrutura é semelhante ao etilenoglicol e também
tem um sabor doce é o glicerol, ou glicerina, mas o consumo de glicerina em
quantidades moderadas é seguro. A
expressão aditivo alimentar adquiriu uma conotação negativa nos últimos anos,
como se os aditivos alimentares fossem essencialmente não orgânicos,
prejudiciais à saúde e artificiais. O glicerol é certamente orgânico, não é
tóxico e ocorre naturalmente em produtos, como o vinho.
Não existe nenhum adoçante que seja completamente livre de
problemas. Alguns se decompõem com o aquecimento e por isso só podem ser usados
em refrescos ou comidas frias; alguns não são particularmente solúveis; e
outros têm um sabor adicional detectável além da doçura. O aspartame, embora
sintético, é composto de dois aminoácidos que ocorrem na natureza. É
metabolizado pelo corpo, mas, como é mais de 200 vezes mais doce que a glicose,
precisa-se de uma quantidade muito menor para produzir um nível satisfatório de
doçura. Os que sofrem de fenilcetonúria, doença hereditária que consiste na
incapacidade de metabolizar o aminoácido fenilalanina, um dos produtos da
decomposição do aspartame, são aconselhados a evitar esse adoçante artificial
em particular.
Em 1998, a Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos,
aprovou um novo adoçante que resulta de uma abordagem muito diferente do
problema de criar um adoçante artificial. A sucralose é, portanto, um açúcar
não calorífero. No entanto, atualmente tem-se procurado desenvolver adoçantes
naturais que não sejam açúcares a partir de plantas que contenham “adoçantes de
alta potência”. Compostos doces provenientes de fontes naturais mostraram
potencial para aplicação comercial, mas problemas com concentrações pequenas, toxicidade,
baixa solubilidade na água, ressaibo inaceitável, estabilidade e qualidade
variável ainda precisam ser superados.
Embora a sacarina tenha sido usada por mais de cem anos, ela não
foi a primeira substância a servir como adoçante artificial. Essa honra cabe
provavelmente ao acetato de chumbo, Pb(C2H3O2)2,
usado para adoçar o vinho nos tempos do Império Romano. O acetato de chumbo,
conhecido como açúcar de chumbo, era capaz de adoçar uma safra inteira sem
causar maior fermentação, o que teria ocorrido com a adição de adoçantes como o
mel. Os sais de chumbo são sabidamente doces, muitos insolúveis, mas todos são
venenosos. O envenenamento por chumbo é cumulativo; pode afetar o sistema nervoso
e o sistema reprodutivo, bem como outros órgãos.
O açúcar está presente em grande parte do que bebemos e em grande
parte do que comemos. Geralmente as pessoas preferem guloseimas açucaradas e
nós tendemos a oferecer comidas doces quando recebemos convidados. Iguarias
adocicadas e balas estão associadas aos principais dias santos e festividades
nas culturas do mundo inteiro. Os níveis atuais de consumo da molécula de glicose
e seus isômeros, muitas vezes são mais altos que em gerações anteriores, e refletem-se
em problemas de saúde como obesidade, diabetes e cáries dentárias. Em nossas
vidas cotidianas, continuamos a ser moldados pelo açúcar.
Esperamos que
vocês tenham gostado do resumo do terceiro capítulo do livro OS BOTÕES DE
NAPOLEÃO: As 17 moléculas que mudaram a história.
BOA LEITURA, e se possível FIQUEM EM CASA!!!
quinta-feira, 1 de outubro de 2020
ENSINO REMOTO x ENSINO A DISTÂNCIA
Vocês sabiam que existe diferença entre ensino remoto e ensino a distância? 🧐
Ensino a distância (EAD): É
considerado uma modalidade de ensino, que tem sua estrutura e metodologia
pensados para garantir o ensino a distância, e possui um modo de funcionamento
próprio.
Ensino remoto: Normalmente, é
utilizado em cursos por um curto período de tempo, por isso é considerado uma
solução rápida e acessível para muitas instituições. Portanto, não é uma
modalidade de ensino, mas sim uma estratégia. As aulas e atividades remotas são
específicas, geralmente, construídas pelo professor, e buscam acompanhar o
ensino presencial por meio de plataformas digitais.
Ainda, destacamos que o uso da
tecnologia é fundamental e, às vezes até se torna um desafio. Quando migramos
para a sala de aula de forma remota, tanto os alunos quanto os professores,
tiveram que adaptar toda a sua rotina do presencial para algo novo.
Se você gostou, compartilhe com seus colegas alunos e professores. 🤓
REFERÊNCIAS
REDE DE ENSINO JK. Entenda as diferenças
entre EAD e aula remota, 2020. Disponível em: https://www.rededeensinojk.com.br/single-post/2020/04/06/entenda-as-diferen%C3%A7as-entre-ead-e-aula-remota-as-aulas-remotas-s%C3%A3o-amparadas-pelo-me. Acesso em: 29 set. 2020.
UNICESUMAR. Diferença entre ensino
remoto e ead, 2020. Disponível em: https://www.unicesumar.edu.br/blog/diferenca-entre-ensino-remoto-e-ead/#:~:text=Thuinie%20Daros%20refor%C3%A7a%20que%2C%20para,muitas%20pessoas%20consigam%20acessar%20simultaneamente. Acesso em: 29 set. 2020.