sexta-feira, 16 de outubro de 2020

RESUMO DO CAPÍTULO 3 – GLICOSE, DO LIVRO OS BOTÕES DE NAPOLEÃO: As 17 moléculas que mudaram a história

Dando sequência as nossas postagens, hoje iremos apresentar o resumo do terceiro capítulo "Glicose", do livro OS BOTÕES DE NAPOLEÃO: As 17 moléculas que mudaram a história. De forma similar ao que aconteceu com as especiarias, o açúcar foi outrora um luxo acessível somente aos ricos. Vastamente usado como condimento em molhos para carne e peixe, hoje nos pareceriam mais salgados do que doces. A molécula do açúcar alterou o destino de países e continentes à medida que levou à Revolução Industrial, transformando o comércio e as culturas em todo o mundo.

A glicose é um importante componente da sacarose, substância a que nos referimos quando falamos em açúcar. O açúcar tem nomes específicos e depende da sua fonte de obtenção, por exemplo, açúcar de cana, açúcar de beterraba e açúcar de milho. Apresenta-se também em muitas variações: mascavo, branco, cristal, de confeiteiro, em rama, demerara. A molécula de glicose, presente em todos esses tipos de açúcar, é bastante pequena. Tem apenas seis átomos de carbono, seis átomos de oxigênio e 12 átomos de hidrogênio: totalizando, o mesmo número de átomos encontrados na molécula responsável pelos sabores da noz-moscada e do cravo-da-índia, que são 24 átomos.

A glicose (C6H12O6) é um carboidrato (glicídio) classificado como monossacarídeo ou ose, pois não sofre hidrólise. As oses são classificadas como aldoses ou cetoses; no caso da glicose, ela é uma aldose, pois, conforme a sua estrutura química (Figura 01), além dos grupos poliálcoois, possui um grupo aldeído em sua fórmula. Mais especificamente ela é uma aldo-hexose: 

Observe que, as cadeias carbônicas dessa molécula podem ser encontradas tanto na forma linear (apenas com carbonos primários e secundários), de cadeia aberta (carbonos das extremidades livres); como também na forma cíclica, que é a de cadeia fechada (formam ciclos). Na forma cíclica, ela pode se encontrar como α-glicose, em que a hidroxila (-OH) do carbono à direita do heteroátomo (átomo diferente de C e de H) de oxigênio está ligada para baixo; o que é o caso da forma cíclica mostrada na Figura 01. Já se ela estiver ligada para cima, trata-se da estrutura β. Essa diferença pode ser vista na Figura 02 seguir:
A glicose também é chamada de DEXTROSE em razão da sua estrutura se apresentar somente na forma dextrógira. O açúcar pode ser extraído de muitas plantas. Nas regiões tropicais, geralmente é obtido da cana-de-açúcar, e nas regiões temperadas, da beterraba. O açúcar cristalino extraído da cana chegou à Europa no século XIII, com a volta dos primeiros cruzados. Tem sido usado na medicina para disfarçar o gosto nauseante de outros ingredientes, para atuar como agente de ligação em medicamentos e como remédio em si mesmo. O açúcar também era usado em guloseimas açucaradas: amêndoas e sementes confeitadas, marzipã, bolos e balas.

De luxo, tornou-se gênero de primeira necessidade, e o consumo do açúcar continuou a crescer ao longo do século XX. No entanto, se não tivesse ocorrido a alta demanda do açúcar, é provável que nosso mundo fosse muito diferente hoje. Afinal, foi o açúcar que estimulou o tráfico de escravos, levando milhões de africanos negros para o Novo Mundo, e foram os lucros obtidos a partir dessa ação que, no início do século XVIII, ajudaram a estimular o crescimento econômico na Europa. A cana-de-açúcar não foi o único produto cultivado com base no trabalho escravo, mas provavelmente foi o mais importante.

O autor da obra aqui resumida, relata sobre a rápida expansão da demanda do açúcar, com características cada vez mais tecnológicas de processamento do produto. O que favoreceu o desenvolvimento de uma nova bebida alcoólica: o rum. A partir de subprodutos da refinação do açúcar, houve também aumento do número de pessoas levadas da África para trabalhar nos canaviais.

A razão de todos esses tipos de açúcares serem tão fascinantes é seu gosto doce, que muito encanta ao ser humano.  A doçura é um dos quatro sabores principais identificados na boca. Os outros três são azedo, amargo e salgado, cada qual com seu encanto. E alcançar a capacidade de distinguir entre esses sabores foi um importante passo evolucionário. Entretanto é a doçura que geralmente remete as pessoas a associação com “gostosura”.

Nosso sentido do paladar está situado nas papilas gustativas, grupos especializados de células situados principalmente na língua. As diferentes partes da língua não detectam os sabores da mesma maneira ou no mesmo grau. A ponta da língua é a parte mais sensível à doçura, ao passo que o gosto azedo é detectado mais intensamente nas partes laterais mais recuadas.

Além do açúcar, existem muitos compostos doces e nem todos têm um sabor agradável. Por exemplo, o etilenoglicol, que é o principal componente do anticongelante usado em radiadores de automóvel. A solubilidade e flexibilidade da molécula de etilenoglicol, bem como a distância que separa seus átomos de oxigênio (semelhante à que existe entre os átomos de oxigênio nos açúcares), explica seu sabor doce. Mas ele é muito venenoso. Uma colher de sopa pode ser letal para seres humanos ou animais domésticos. Curiosamente, o agente tóxico não é o próprio etilenoglicol, mas aquilo em que o corpo o transforma. A oxidação do etilenoglicol por enzimas do corpo produz ácido oxálico.

Um composto cuja estrutura é semelhante ao etilenoglicol e também tem um sabor doce é o glicerol, ou glicerina, mas o consumo de glicerina em quantidades moderadas é seguro.  A expressão aditivo alimentar adquiriu uma conotação negativa nos últimos anos, como se os aditivos alimentares fossem essencialmente não orgânicos, prejudiciais à saúde e artificiais. O glicerol é certamente orgânico, não é tóxico e ocorre naturalmente em produtos, como o vinho.

    Existem muitos outros não açúcares e que têm sabor doce, e alguns desses componentes são a base da bilionária indústria dos adoçantes artificiais. Essas substâncias são geralmente centenas de vezes mais doces que o próprio açúcar. O primeiro dos adoçantes artificiais modernos a ser desenvolvido foi a sacarina, que é um pó fino. Ela é tão doce que uma quantidade muito pequena é suficiente para desencadear uma resposta de doçura. A ideia original da sacarina, foi usá-la como substituto do açúcar na dieta de pacientes diabéticos, mas rapidamente o adoçante passou a ser visto como um substituto do açúcar pela população em geral. Mas, a preocupação com a possível toxicidade da substância e o problema de um gosto metálico que ela deixava na boca levou ao desenvolvimento de outros adoçantes artificiais, como o ciclamato e o aspartame.

Não existe nenhum adoçante que seja completamente livre de problemas. Alguns se decompõem com o aquecimento e por isso só podem ser usados em refrescos ou comidas frias; alguns não são particularmente solúveis; e outros têm um sabor adicional detectável além da doçura. O aspartame, embora sintético, é composto de dois aminoácidos que ocorrem na natureza. É metabolizado pelo corpo, mas, como é mais de 200 vezes mais doce que a glicose, precisa-se de uma quantidade muito menor para produzir um nível satisfatório de doçura. Os que sofrem de fenilcetonúria, doença hereditária que consiste na incapacidade de metabolizar o aminoácido fenilalanina, um dos produtos da decomposição do aspartame, são aconselhados a evitar esse adoçante artificial em particular.

Em 1998, a Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos, aprovou um novo adoçante que resulta de uma abordagem muito diferente do problema de criar um adoçante artificial. A sucralose é, portanto, um açúcar não calorífero. No entanto, atualmente tem-se procurado desenvolver adoçantes naturais que não sejam açúcares a partir de plantas que contenham “adoçantes de alta potência”. Compostos doces provenientes de fontes naturais mostraram potencial para aplicação comercial, mas problemas com concentrações pequenas, toxicidade, baixa solubilidade na água, ressaibo inaceitável, estabilidade e qualidade variável ainda precisam ser superados.

Embora a sacarina tenha sido usada por mais de cem anos, ela não foi a primeira substância a servir como adoçante artificial. Essa honra cabe provavelmente ao acetato de chumbo, Pb(C2H3O2)2, usado para adoçar o vinho nos tempos do Império Romano. O acetato de chumbo, conhecido como açúcar de chumbo, era capaz de adoçar uma safra inteira sem causar maior fermentação, o que teria ocorrido com a adição de adoçantes como o mel. Os sais de chumbo são sabidamente doces, muitos insolúveis, mas todos são venenosos. O envenenamento por chumbo é cumulativo; pode afetar o sistema nervoso e o sistema reprodutivo, bem como outros órgãos.

          Alguns historiadores atribuíram a queda do Império Romano ao envenenamento por chumbo, pois há relatos de que muitos líderes romanos, entre os quais o imperador Nero, exibiram sintomas característicos de envenenamento com Pb. Só os romanos ricos e aristocráticos da classe dominante tinham água encanada em casa e usavam recipientes de chumbo para armazenar vinho. Mas, para os plebeus que tinham de buscar água e guardavam seu vinho em outros tipos de vasilha, e por isso não foram contagiados. Contudo, se a contaminação por chumbo realmente contribuiu para a queda do Império Romano, este seria mais um exemplo de uma substância química que mudou o curso da história.

O açúcar está presente em grande parte do que bebemos e em grande parte do que comemos. Geralmente as pessoas preferem guloseimas açucaradas e nós tendemos a oferecer comidas doces quando recebemos convidados. Iguarias adocicadas e balas estão associadas aos principais dias santos e festividades nas culturas do mundo inteiro. Os níveis atuais de consumo da molécula de glicose e seus isômeros, muitas vezes são mais altos que em gerações anteriores, e refletem-se em problemas de saúde como obesidade, diabetes e cáries dentárias. Em nossas vidas cotidianas, continuamos a ser moldados pelo açúcar.

            Esperamos que vocês tenham gostado do resumo do terceiro capítulo do livro OS BOTÕES DE NAPOLEÃO: As 17 moléculas que mudaram a história.

BOA LEITURA, e se possível FIQUEM EM CASA!!!



quinta-feira, 1 de outubro de 2020

ENSINO REMOTO x ENSINO A DISTÂNCIA

Vocês sabiam que existe diferença entre ensino remoto e ensino a distância? 🧐

Ensino a distância (EAD): É considerado uma modalidade de ensino, que tem sua estrutura e metodologia pensados para garantir o ensino a distância, e possui um modo de funcionamento próprio.

Geralmente, é utilizado por um período de tempo maior. Tem concepção didático-pedagógica, é estruturado de forma flexível e abrange os conteúdos, atividades e todo um design adequado às características das áreas dos conhecimentos gerais e específicos, contemplando todo processo avaliativo discente. Conta com o suporte de tutores (que irão orientar o aluno durante o curso) e recursos tecnológicos específicos para auxiliar na aprendizagem.

Ensino remoto: Normalmente, é utilizado em cursos por um curto período de tempo, por isso é considerado uma solução rápida e acessível para muitas instituições. Portanto, não é uma modalidade de ensino, mas sim uma estratégia. As aulas e atividades remotas são específicas, geralmente, construídas pelo professor, e buscam acompanhar o ensino presencial por meio de plataformas digitais.

Ainda, destacamos que o uso da tecnologia é fundamental e, às vezes até se torna um desafio. Quando migramos para a sala de aula de forma remota, tanto os alunos quanto os professores, tiveram que adaptar toda a sua rotina do presencial para algo novo.

Desse modo, estamos compartilhando com vocês uma tabela do site "rede de ensino JK", que mostra algumas das principais diferenças entre eles:


Se você gostou, compartilhe com seus colegas alunos e professores. 
🤓

REFERÊNCIAS

REDE DE ENSINO JK. Entenda as diferenças entre EAD e aula remota, 2020. Disponível em: https://www.rededeensinojk.com.br/single-post/2020/04/06/entenda-as-diferen%C3%A7as-entre-ead-e-aula-remota-as-aulas-remotas-s%C3%A3o-amparadas-pelo-me. Acesso em: 29 set. 2020.

UNICESUMAR. Diferença entre ensino remoto e ead, 2020. Disponível em: https://www.unicesumar.edu.br/blog/diferenca-entre-ensino-remoto-e-ead/#:~:text=Thuinie%20Daros%20refor%C3%A7a%20que%2C%20para,muitas%20pessoas%20consigam%20acessar%20simultaneamente. Acesso em: 29 set. 2020.


domingo, 27 de setembro de 2020

RESUMO DO CAPÍTULO 2 – ÁCIDO ASCÓRBICO, DO LIVRO OS BOTÕES DE NAPOLEÃO: As 17 moléculas que mudaram a história


 

O segundo capítulo intitulado ''Ácido Ascórbico'', explica o que foi a Era dos Descobrimentos. Traz o relato de que foi movida pelo comércio das especiarias e quase encerrada pela falta de uma molécula capaz de aniquilar com a doença da navegação. No referido capítulo, conta-se que mais de 90% da tripulação do navegador português Fernão de Magalhães não sobreviveram à sua circunavegação de 1519-1522, por causa de uma doença devastadora causada pela deficiência de ácido ascórbico (vitamina C), conhecida como ESCORBUTO.

Exaustão e fraqueza, inchaço dos braços e pernas, amolecimento das gengivas, equimoses, hemorragias nasais e bucais, hálito fétido, diarreia, dores musculares, perda dos dentes, afecções do pulmão e do fígado são alguns dos sintomas do escorbuto.

O nome oficial da vitamina C é ácido L-ascórbico, ou simplesmente ácido ascórbico. Esse nome transmite os papeis químicos e biológicos do composto. O aspecto químico está associado ao fato de a substância apresentar caráter ácido, pois contém em sua estrutura um grupo hidróxi-fenólico. O grupo fenólico ligado ao terceiro carbono da cadeia sofre ionização em solução aquosa, como mostrado abaixo, liberando o íon hidroxônio (HO+), que é característico do comportamento ácido:


Já a palavra “ascórbico” vem da sua propriedade biológica de combater a doença chamada escorbuto. A denominação “L” advém do fato de que o ácido ascórbico possui um centro assimétrico no carbono 5, conferindo atividade óptica a molécula. É esse isômero L (levogiro) que apresenta atividade antiescorbútica e que tem uma rotação específica em água de 24°.

 


 
        O ser humano e outros animais, como o macaco, alguns pássaros e peixes, não conseguem sintetizar a vitamina C. A deficiência dessa vitamina no organismo leva à síntese defeituosa do tecido colagenoso e ao ESCORBUTO.

O aparecimento dessa doença nos navios ocorria com elevada frequência devido ao fato de que, durante o inverno, a falta de frutas e verduras frescas ricas em vitamina eram comuns a bordo dos navios e nas comunidades nórdicas. Entre os séculos XIV e XV, com o desenvolvimento de jogos de velas mais eficientes e de navios bem equipados tornaram-se possíveis as viagens mais longas, e com isso o escorbuto passou a ser comum no mar.

Durante as viagens de longa distância em alto mar, o número dos tripulantes aumentou e, portanto, o número de mantimentos era maior. Esses fatos favoreciam a uma condição de vida precária para a tripulação. Dessa forma, notou-se a dependência de alimentos em conserva, e, por conseguinte aumentou o número de doenças infecciosas, pois a comida habitual dos marinheiros não favorecia em nada à saúde naquela época. Muito em razão de que era extremamente difícil armazenar e conservar os alimentos secos e livre de bolor nos navios de madeira.

Relatos sobre as viagens nas embarcações a vela descrevem como o mofo crescia nas roupas pessoais e de cama, nas botas, cintos de couro e nos livros, devido à extrema umidade e pouca ventilação do ambiente.

A comida comumente usada pelos marinheiros era carne de vaca ou de porco salgada e uma espécie de bolacha feita de água, farinha e sem sal, assada até ficar dura como pedra, usada como substituto do pão. Essas bolachas tinham características valiosas que eram relativamente imunes ao mofo. Seu grau de dureza era tão alto que elas se mantinham consumíveis por décadas. Por outro lado, era extremamente difícil mordê-las, principalmente aqueles que tinham inflamações nas gengivas devido ao início do escorbuto.

Um fator importante que precisa ser enfatizado é que os marinheiros tinham temor ao fogo, por isso sentiam a necessidade de uma constante diligência para evitar os incêndios no mar. Por essa razão, o único fogo permitido a bordo era o da cozinha, e mesmo assim só quando o tempo estava relativamente bom. Ao primeiro sinal de mau tempo, o fogo da cozinha era apagado e assim permanecido até a tempestade passar. Muitas vezes não se podia cozinhar durante vários dias seguidos. Com isso, não era possível dessalgar devidamente a carne, fervendo-a em água pelo número de horas necessário; os marinheiros ficavam também impedidos de tornar as bolachas de bordo pelo menos um pouco mais palatáveis mergulhando-as num ensopado ou num caldo quente.

Os alimentos que embarcavam em mantimentos nas viagens se estragavam rapidamente, e como nenhum desses alimentos continha vitamina C, os sinais de escorbuto frequentemente apareciam em apenas seis semanas depois que o navio deixava o porto.

Nesse caso, estima-se que o escorbuto tenha causado mais mortes no mar do que todas as outras causas em centenas de anos, por mais que já existissem remédios para o escorbuto nessa época, em geral eram desconsiderados.

Outros países do sudeste da Ásia que tinham contato com as embarcações mercantes dos chineses tiveram sem dúvida acesso à ideia de que frutas e hortaliças frescas podiam aliviar os sintomas do escorbuto. Possivelmente essa ideia deve ter sido transmitida aos holandeses e retransmitida por estes aos demais povos europeus, pois se sabe que, em 1601, a primeira frota da Companhia Inglesa das Índias Orientais colheu laranjas e limões em Madagascar em seu caminho para o Oriente.

Essa pequena esquadra de quatro navios estava sob o comando do Capitão James Lancaster, que levou consigo no Dragon (nome do navio), a nau capitânia, suco de limão engarrafado. Todos os homens que apresentavam sintomas de escorbuto recebiam três colheres de chá de suco de limão a cada manhã. Na chegada ao cabo da Boa Esperança, não havia ninguém a bordo do Dragon acometido pela doença, mas nos outros três navios ela fizera uma devastação significativa. Assim, apesar do exemplo de Lancaster, quase um quarto do total de marinheiros que participou dessa expedição morreu de escorbuto e nenhuma dessas mortes ocorreu em sua nau capitânia. Percebeu-se então que o suco de limão teria sido um remédio de eficácia imediata. Com isso, relatos de tratamentos bem-sucedidos chegaram mesmo a ser publicados. Em 1617, na obra The Surgeon’s Mate, John Woodall relatou a prescrição de suco de limão tanto para o tratamento quanto para a prevenção do escorbuto. Oitenta anos depois, o dr. William Cockburn recomendou frutas e verduras frescas em seu livro Sea Diseases, or the Treatise of their Nature. Outros remédios sugeridos, como vinagre, salmoura, canela e soro de leite, eram absolutamente ineficazes e é possível que tenham obscurecido a ação correta.

No entanto, como mencionado anteriormente, era difícil conservar alimentos, frutas cítricas ou sucos frescos por semanas durante a viagem. Embora tenham feito tentativas de concentrar e preservar o suco de limão, esses procedimentos demandavam muito tempo, eram caros e talvez não fossem eficientes, pois hoje sabemos que a vitamina C é rapidamente destruída pelo calor e pela luz, e que sua quantidade em frutas e verduras é reduzida quando estas ficam armazenadas por muito tempo.

James Cook, da Real Marinha Britânica, foi o primeiro capitão de navio a assegurar que suas tripulações ficassem livres do escorbuto. Por vezes o associam à descoberta de antiescorbúticos, como são chamados os alimentos que curam o escorbuto, mas na verdade seu feito residiu em insistir na manutenção de níveis elevados de dieta e higiene a bordo de todas as suas embarcações. O resultado de seus padrões meticulosos foi um nível de saúde extraordinariamente bom e baixa taxa de mortalidade em suas tripulações.

Uma tripulação saudável, eficiente, foi essencial para as realizações de Cook em suas viagens. Esse fato foi reconhecido pela Roy al Society quando ela lhe conferiu sua mais elevada honraria, a medalha de ouro Copley. Não por suas proezas como navegador, mas por ter demonstrado que o escorbuto não era um companheiro inevitável nas viagens oceânicas de longo curso.

Os métodos que Cook usavam eram simples. Ele fazia questão de que todo o navio fosse mantido limpo, em especial os desvãos apertados onde se alojavam os marinheiros. Todos eles eram obrigados a lavar suas vestes regularmente, arejar e secar sua roupa de cama quando o tempo permitia e sempre que havia oportunidade, o capitão aterrava para se reabastecer e colher ervas locais (valisnéria, cocleária) ou plantas com que se podiam fazer chá de ervas.

Esperamos que vocês tenham gostado do resumo do segundo capítulo do livro OS BOTÕES DE NAPOLEÃO: As 17 moléculas que mudaram a história.

BOA LEITURA, e se possível, FIQUEM EM CASA!!!

quarta-feira, 23 de setembro de 2020

RESUMO CAPÍTULO 1 – PIMENTA, NOZ-MOSCADA E CRAVO-DA-ÍNDIA, DO LIVRO OS BOTÕES DE NAPOLEÃO: As 17 moléculas que mudaram a história

''Os Botões de Napoleão'' é um livro fascinante. Traz para a Química o foco da atenção e ainda vincula com diversos momentos importantes que entraram para a História da humanidade. O primeiro capítulo intitulado ''Pimenta, noz-moscada e cravo-da-índia'' aborda a história das especiarias, cuja influência estimulou uma procura global que deu início à Era dos Descobrimentos.
A pimenta ficou conhecida na Grécia por volta do século V a.C. Naquela época, era usada mais para fins medicinais que culinários, frequentemente como antídoto para veneno. Já os romanos faziam amplo uso de pimenta e outros temperos na comida. Já a pimenta proveniente da Índia era usada como conservante e para realçar o sabor e de uso restrito aos nobres da época.

O ingrediente ativo tanto da pimenta preta quanto da branca é a piperina, um composto com a fórmula química C17H19O3N e a seguinte estrutura:

A sensação picante que experimentamos quando ingerimos a piperina não é realmente um sabor, mas uma resposta de nossos receptores nervosos de dor a um estímulo químico.

Diferentemente da pimenta-do-reino, com uma espécie única, há várias espécies de pimenta do gênero Capsicum. Nativas da América tropical e provavelmente originárias do México, elas vêm sendo usadas pelo homem há pelo menos nove mil anos.

Em qualquer das espécies da pimenta chile há enorme variação. São muitas as cores, os tamanhos e as formas dessa pimenta, mas em todas o composto químico responsável pelo sabor pungente e a ardência muitas vezes intensa é a capsaicina, que tem a fórmula química C18H27O3N e uma estrutura que apresenta semelhanças com a da piperina:

Ambas as estruturas têm um átomo de nitrogênio (N) vizinho a um átomo de carbono (C) duplamente ligado a oxigênio (O), e ambas têm um único anel aromático com uma cadeia de átomos de carbono. Talvez não seja de surpreender que as duas sejam “picantes” se essa sensação resultar da forma da molécula.

Historicamente, a pimenta não foi a única especiaria de grande valor. A noz-moscada e o cravo-da-índia eram igualmente preciosos e muito mais raros que a pimenta. Embora o cravo-da-índia e a noz-moscada provenham de famílias diferentes de plantas e de arquipélagos separados por centenas de quilômetros, sobretudo de mar aberto, seus odores marcadamente diferentes se devem a moléculas extremamente semelhantes. O principal componente do óleo do cravo-da-índia é o eugenol; o composto fragrante presente no óleo da noz-moscada é o isoeugenol.

A única diferença entre essas duas moléculas aromáticas — aromáticas tanto pela estrutura química quanto pelo cheiro — está na posição da ligação dupla.

Com isso, os autores nos mostram que, mais do que um simples tempero, a noz-moscada desenvolve isoeugenol, um composto químico que funciona como pesticida natural para proteger a planta de seus predadores. O isoeugenol também repelia pulgas e, com isso, podia proteger as pessoas desses insetos que transmitiram a peste bubônica na Europa dos séculos 14 e 15. 

O óleo do cravo-da-índia era apreciado como um poderoso antisséptico e como remédio para a dor de dente. Até hoje ele é usado como anestésico tópico na odontologia.

A noz-moscada é um dos dois condimentos produzidos por uma mesma árvore; o outro é o macis. A noz-moscada é feita com a semente — ou amêndoa — marrom e reluzente da fruta, que se parece com o abricó, ao passo que o macis vem da camada avermelhada, ou arilo, que envolve a amêndoa.

Há muitos anos a noz-moscada é usada na China para fins medicinais, no tratamento de reumatismo e dores de estômago, e no sudeste da Ásia para disenteria ou cólica. Na Europa, além de ser considerada afrodisíaca e soporífera, a noz-moscada era usada num saquinho pendurado no pescoço como proteção contra a peste negra que devastou o continente em intervalos regulares desde sua primeira ocorrência registrada em 1347.

Naturalmente, isso conferiu à noz-moscada um grande valor econômico. Essas especiarias também estão por trás de outras questões econômicas decisivas. A piperina - um composto que dá as propriedades da pimenta - acaba se relacionando às bolsas de valores, à medida que os investimentos para ir comprá-la no Oriente eram muito altos e exigiam a participação de muitos investidores no empreendimento, por meio de um sistema de cotas ou ações.

A piperina é responsável pelo ardor da pimenta, quando precisamos amenizar essa sensação de ardência, a primeira providência que costumamos fazer, é tomar um pouco de leite, isso porque, em sua composição há a proteína caseína, pela qual a capsaicina tem grande afinidade. Ela ‘adere’ mais à caseína se deslocando dos nociceptores presentes na língua.

Esperamos que vocês tenham gostado do resumo do primeiro capítulo do livro OS BOTÕES DE NAPOLEÃO: As 17 moléculas que mudaram a história.

BOA LEITURA, e se possível, FIQUEM EM CASA!!!







sexta-feira, 4 de setembro de 2020

LIVRO: UMA BREVE HISTÓRIA DA CIÊNCIA

Livro: Uma breve história da Ciência

Autor: William Bynum
Tradução: Iuri Abreu
Gênero: História; Ciência.
Número de páginas: 312
Local e ano de publicação: Porto Alegre - RS, 2014.
Editora: L&PM






Essa semana passamos para sugerir a leitura do livro: UMA BREVE HISTÓRIA DA CIÊNCIAEssa obra foi lançada em 2014, pela editora L&PM, sob autoria de William BynunÉ um livro de aventuras, que retrata a evolução científica e seus protagonistas. A leitura do exemplar nos leva a uma viagem composta por 40 fascinantes capítulos, que vão desde a época dos antigos filósofos gregos até a difusão da informação.

RESENHA
Os seres humanos são uma espécie muito curiosa e têm a poderosa capacidade de refletir e se questionar sobre a sua realidade e o mundo. São as curiosidades que lhes permitem não apenas observar os fenômenos naturais, mas também buscar compreender e intervir sobre os fenômenos naturais, ao se apropriar de conhecimentos sobre eles. A Ciência nos permite controlar melhor a natureza e realizar grandes feitos, mesmo com condições desfavoráveis. E ainda tem contribuído para os homens moldarem o mundo, seja ele favoravelmente ou não.

Atualmente com a pandemia global da Covid-19, vários pesquisadores e cientistas no mundo estão trabalhando, procurando a melhor possibilidade para a humanidade superar a crise da doença transmitida pelo vírus. Diversos países pararam e milhares de pessoas morreram me decorrência do Sars-Cov-2, nome oficialmente dado ao vírus causador da pandemia que atingiu o planeta em 2020. Nesse aspecto, o trabalho científico pode levar à descoberta de vacinas, medicamentos ou até mesmo tratamentos eficazes para imunizar a população e então conter a pandemia.

Na obra, o autor William Bynum, professor britânico de história da medicina, permite-nos compreender como o desenvolvimento da Ciência se tornou fundamental na história humana, de modo a alcançar o domínio da espécie no mundo e fornece respostas para várias questões e problemas que afligem a humanidade. A busca por respostas trouxe avanços significativos para a humanidade.

A escrita dos capítulos é simples, mas esclarecedora o que permite a compreensão do desenvolvimento nas mais diversas áreas da Ciência, bem como destacam os cientistas e suas descobertas em épocas passadas. O interessante é que o livro ainda aborda as contribuições que os pesquisadores deixaram para os períodos seguintes.

O autor relata teoria e termos científicos desde a astronomia babilônica às teorias da evolução e da física quântica, além disso, vai aos poucos esclarecendo como a Ciência deixou de ser uma prática associada à magia e à religião, para se tornar uma atividade que tende a usar a razão e a objetividade.

O livro descreve a trajetória da Ciências, destacando ideias e histórias relacionadas às atividades dos mais importantes cientistas, desde os filósofos gregos antigos, passando por Paracelso, Copérnico, Galileu, Descartes, Isaac Newton, Einsten até os cientistas de hoje. Escrito de forma leve e acessível para todos os públicos, este livro fascina pela sua capacidade de mostrara de onde viemos, como chegamos aqui e indica possibilidades de para onde vamos.

Assim esperamos que vocês possam desfrutar da leitura desse livro incrível e se você já leu deixe nos comentários sua opinião, iremos adorar sua interação.

BOA LEITURA, e se possível, FIQUEM EM CASA!!! 

sexta-feira, 21 de agosto de 2020

ESTRATÉGIAS DE ENSINO: HISTÓRIAS EM QUADRINHOS (HQs) E A EDUCAÇÃO PELA PESQUISA

 


Com a intenção de oferecer maiores possibilidades de sucesso aos estudantes, alguns professores fazem uso de estratégias de ensino diferenciadas. A seguir exemplificamos duas, dentre tantas estratégias que estão sendo vastamente utilizadas e que de acordo com o número de publicações de artigos e trabalhos acadêmicos, é possível dizer que contribuem positivamente tanto no ensino, tornando-o mais dinâmico e interativo, quanto na aprendizagem, envolvendo cada vez mais os estudantes e estimulando ao desenvolvimento de habilidades como a leitura e escrita.

Dito isso temos condições de nos recordar que desde as fases iniciais, os estudantes são fascinados pelos super heróis e suas histórias, que na maior parte das vezes se fazia divulgar por meio das revistas em quadrinhos impressas. Atualmente essas revistas são online e com a disponibilidade de aplicativos próprios, têm-se a possibilidade de criação das próprias histórias em quadrinhos (HQs).

Uma das características é que as histórias têm ações rápidas, de fácil compreensão e envolvem o leitor. Quando o leitor é uma criança, essa estratégia ainda pode estimular boas risadas e reprodução oral da história acrescida de elementos imaginativos, próprios da infância.

O uso das HQs em sala de aula pode ser uma estratégia de ensino interessante e criativa para estimular no ensino da História, por exemplo, e uma das possíveis consequências é o rendimento escolar aumentado. Elas podem ser usadas como parte de uma discussão introdutória sobre algum assunto histórico além de servir como meio para o desenvolvimento de atividades extras como o teatro. Apesar de não ser uma atividade recente, a produção de quadrinhos com temas históricos cresceu no Brasil desde a década de 2000 e ganhou espaço no mercado editorial. Esta é uma atividade abrangente e enriquecedora, que permite acesso às referências de conteúdo autobiográfico e criação de argumentos narrativos baseados na experiência de si mesmo e/ou de pessoas próximas.

Além das HQs, há ainda o ensino pela pesquisa. Essa estratégia sugere que o estudante realize pesquisas orientadas pelo professor acerca de determinado assunto/conteúdo. Em parceria com as HQs, o ensino pela pesquisa pode motivar além de habilidades como leitura e escrita, certamente contribui para estimular a criatividade e que em tempo de pandemia tem sido constantemente solicitada. A partir disso, sugerimos que essas duas estratégias podem ser utilizadas para desenvolver atividades comemorativas ao Dia do Folclore, a ser comemorado amanhã, dia 22 de Agosto.

Lembramos que o trabalho com “datas comemorativas” colabora com a preservação da cultura nacional e que nessa data específica, é uma oportunidade para descoberta das principais manifestações folclóricas do nosso país. Além disso, também proporcionam conhecimento sobre determinados personagens e suas características por meio do contato com as HQs, e têm o compromisso de desenvolver habilidades de leitura, escrita e interpretação.

Dessa forma, estamos disponibilizando “Cadernos de Atividades sobre o Folclore” e também “Histórias em Quadrinhos Folclóricas” nos links abaixo, com a finalidade de oferecer materiais que possam aumentar o repertório cultural dos professores e por conseguintes dos seus estudantes.

Se gostarem, nos ajudem a divulgar nosso trabalho e não esqueçam, SE FOR POSSÍVEL, FIQUEM EM CASA!

Você pode acessar os arquivos clicando no link:

HISTÓRIAS EM QUADRINHOS FOLCLÓRICA

APOSTILA DE LENDAS E INTERPRETAÇÃO DO FOLCLORE

1° CADERNO DE ATIVIDADES FOLCLÓRICA

2° CADERNO DE ATIVIDADES FOLCLÓRICA

3° CADERNO DE ATIVIDADES FOLCLÓRICA

4° CADERNO DE ATIVIDADES FOLCLÓRICA

REFERÊNCIAS

CAIADO, Elen Campos. Como construir história em quadrinhos com os alunos. Brasil Escola. Disponível em: <https://educador.brasilescola.uol.com.br/sugestoes-pais-professores/como-construir-historia-quadrinhos-com-os-alunos.htm>. Acesso em: 21 ago. 2020.

CARVALHO, Leandro. História em quadrinhos como incentivo à leitura. Brasil Escola. Disponível em: <https://educador.brasilescola.uol.com.br/orientacoes/historia-quadrinhos-como-incentivo-leitura.htm>. Acesso em: 21 ago. 2020.

PINTO, Tales. História em quadrinhos em sala de aula. Brasil Escola. Disponível em: <https://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/historia-quadrinhos-sala-aula.htm>. Acesso em 21 ago. 2020.

VILARINHO, Sabrina. Histórias em quadrinhos. Brasil Escola. Disponível em: <https://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/historia-quadrinhos-1.htm>. Acesso em: 21 ago. 2020.

sexta-feira, 14 de agosto de 2020

O FOLCLORE BRASILEIRO

Ao nos remetermos ao FOLCLORE, entendemos que é a caracterização das manifestações da cultura popular que representa a identidade social de um povo. Em nosso país não é diferente. O folclore brasileiro faz parte das conquistas da cultura popular brasileira, com sua riqueza e diversidade. Ainda na compreensão linguística do vem a ser FOLCLORE, pode-se incluir histórias, lendas, canções, ritmos, festas populares, jargões, literatura, etc. De modo que nosso folclore é extremamente rico e influenciado pelas culturas europeia, africana e indígena, o que justifica a vasta diferenciação de elementos culturais.

Por meio das narrativas da sabedoria popular brasileira, há muito tempo as pessoas contam e recontam essas narrativas para suas gerações, seja em casa ou na escola, no campo ou na cidade. São histórias que submergem dos rios brasileiros e se espalham por todas as partes do país. E, em agosto, há um dia especial para lembrar essas histórias que contribuem para a constituição da identidade nacional denominado Dia do Folclore  a comemorar-se sempre no dia 22, e isso desde 1995.

A criação do Dia do Folclore Brasileiro se deu por meio do Decreto Nº 56.747, que foi assinado em 17 de agosto de 1965 pelo então presidente militar Humberto de Alencar Castello Branco. O objetivo da criação deste dia foi para incentivar as pesquisas e estudos na área e com isso poder garantir a preservação do folclore brasileiro.

O folclore naturalmente não é um elemento que se encontra presente apenas em um lugar específico, mas se reflete e manifesta em todas as culturas, pois todas elas têm seu próprio conjunto de crenças, mitos, personagens e tradições que constituem o saber popular.

A partir da importância do folclore exaltada anteriormente, selecionamos a obra de A. S. Franchini, que conta em sua versão algumas das mais emocionantes histórias do folclore nativo, nas quais o fantástico e o popular se unem para recriar antigos relatos sobre a formação dos povos e do território brasileiro.

Esperamos que vocês aproveitem o final de semana para ler essa belíssima obra que valoriza algumas das mais famosas lendas indígenas, além de contos populares e também monstruosas criaturas que povoam nosso imaginário e dão vida as 100 melhores lendas do folclore brasileiro.

Abraços e nos auxiliem divulgando nosso trabalho, e se possível, FIQUEM EM CASA!

REFERÊNCIAS:

Livros para celebrar o folclore brasileiro. Blog da Letrinhas, 2018. Disponível em: <https://www.blogdaletrinhas.com.br/conteudos/visualizar/Livros-para-celebrar-o-folclore-brasileiro>. Acesso em: 14 ago. 2020.

NEVES, Daniel. Folclore Brasileiro. Brasil Escola. Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/historiab/folclore-brasileiro.htm>. Acesso em: 14 ago. 2020.

NEVES, Daniel. Folclore. Brasil Escola. Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/folclore>. Acesso em: 14 ago. 2020.

 

Você pode fazer o download da obra clicando Aqui.