domingo, 27 de setembro de 2020

RESUMO DO CAPÍTULO 2 – ÁCIDO ASCÓRBICO, DO LIVRO OS BOTÕES DE NAPOLEÃO: As 17 moléculas que mudaram a história


 

O segundo capítulo intitulado ''Ácido Ascórbico'', explica o que foi a Era dos Descobrimentos. Traz o relato de que foi movida pelo comércio das especiarias e quase encerrada pela falta de uma molécula capaz de aniquilar com a doença da navegação. No referido capítulo, conta-se que mais de 90% da tripulação do navegador português Fernão de Magalhães não sobreviveram à sua circunavegação de 1519-1522, por causa de uma doença devastadora causada pela deficiência de ácido ascórbico (vitamina C), conhecida como ESCORBUTO.

Exaustão e fraqueza, inchaço dos braços e pernas, amolecimento das gengivas, equimoses, hemorragias nasais e bucais, hálito fétido, diarreia, dores musculares, perda dos dentes, afecções do pulmão e do fígado são alguns dos sintomas do escorbuto.

O nome oficial da vitamina C é ácido L-ascórbico, ou simplesmente ácido ascórbico. Esse nome transmite os papeis químicos e biológicos do composto. O aspecto químico está associado ao fato de a substância apresentar caráter ácido, pois contém em sua estrutura um grupo hidróxi-fenólico. O grupo fenólico ligado ao terceiro carbono da cadeia sofre ionização em solução aquosa, como mostrado abaixo, liberando o íon hidroxônio (HO+), que é característico do comportamento ácido:


Já a palavra “ascórbico” vem da sua propriedade biológica de combater a doença chamada escorbuto. A denominação “L” advém do fato de que o ácido ascórbico possui um centro assimétrico no carbono 5, conferindo atividade óptica a molécula. É esse isômero L (levogiro) que apresenta atividade antiescorbútica e que tem uma rotação específica em água de 24°.

 


 
        O ser humano e outros animais, como o macaco, alguns pássaros e peixes, não conseguem sintetizar a vitamina C. A deficiência dessa vitamina no organismo leva à síntese defeituosa do tecido colagenoso e ao ESCORBUTO.

O aparecimento dessa doença nos navios ocorria com elevada frequência devido ao fato de que, durante o inverno, a falta de frutas e verduras frescas ricas em vitamina eram comuns a bordo dos navios e nas comunidades nórdicas. Entre os séculos XIV e XV, com o desenvolvimento de jogos de velas mais eficientes e de navios bem equipados tornaram-se possíveis as viagens mais longas, e com isso o escorbuto passou a ser comum no mar.

Durante as viagens de longa distância em alto mar, o número dos tripulantes aumentou e, portanto, o número de mantimentos era maior. Esses fatos favoreciam a uma condição de vida precária para a tripulação. Dessa forma, notou-se a dependência de alimentos em conserva, e, por conseguinte aumentou o número de doenças infecciosas, pois a comida habitual dos marinheiros não favorecia em nada à saúde naquela época. Muito em razão de que era extremamente difícil armazenar e conservar os alimentos secos e livre de bolor nos navios de madeira.

Relatos sobre as viagens nas embarcações a vela descrevem como o mofo crescia nas roupas pessoais e de cama, nas botas, cintos de couro e nos livros, devido à extrema umidade e pouca ventilação do ambiente.

A comida comumente usada pelos marinheiros era carne de vaca ou de porco salgada e uma espécie de bolacha feita de água, farinha e sem sal, assada até ficar dura como pedra, usada como substituto do pão. Essas bolachas tinham características valiosas que eram relativamente imunes ao mofo. Seu grau de dureza era tão alto que elas se mantinham consumíveis por décadas. Por outro lado, era extremamente difícil mordê-las, principalmente aqueles que tinham inflamações nas gengivas devido ao início do escorbuto.

Um fator importante que precisa ser enfatizado é que os marinheiros tinham temor ao fogo, por isso sentiam a necessidade de uma constante diligência para evitar os incêndios no mar. Por essa razão, o único fogo permitido a bordo era o da cozinha, e mesmo assim só quando o tempo estava relativamente bom. Ao primeiro sinal de mau tempo, o fogo da cozinha era apagado e assim permanecido até a tempestade passar. Muitas vezes não se podia cozinhar durante vários dias seguidos. Com isso, não era possível dessalgar devidamente a carne, fervendo-a em água pelo número de horas necessário; os marinheiros ficavam também impedidos de tornar as bolachas de bordo pelo menos um pouco mais palatáveis mergulhando-as num ensopado ou num caldo quente.

Os alimentos que embarcavam em mantimentos nas viagens se estragavam rapidamente, e como nenhum desses alimentos continha vitamina C, os sinais de escorbuto frequentemente apareciam em apenas seis semanas depois que o navio deixava o porto.

Nesse caso, estima-se que o escorbuto tenha causado mais mortes no mar do que todas as outras causas em centenas de anos, por mais que já existissem remédios para o escorbuto nessa época, em geral eram desconsiderados.

Outros países do sudeste da Ásia que tinham contato com as embarcações mercantes dos chineses tiveram sem dúvida acesso à ideia de que frutas e hortaliças frescas podiam aliviar os sintomas do escorbuto. Possivelmente essa ideia deve ter sido transmitida aos holandeses e retransmitida por estes aos demais povos europeus, pois se sabe que, em 1601, a primeira frota da Companhia Inglesa das Índias Orientais colheu laranjas e limões em Madagascar em seu caminho para o Oriente.

Essa pequena esquadra de quatro navios estava sob o comando do Capitão James Lancaster, que levou consigo no Dragon (nome do navio), a nau capitânia, suco de limão engarrafado. Todos os homens que apresentavam sintomas de escorbuto recebiam três colheres de chá de suco de limão a cada manhã. Na chegada ao cabo da Boa Esperança, não havia ninguém a bordo do Dragon acometido pela doença, mas nos outros três navios ela fizera uma devastação significativa. Assim, apesar do exemplo de Lancaster, quase um quarto do total de marinheiros que participou dessa expedição morreu de escorbuto e nenhuma dessas mortes ocorreu em sua nau capitânia. Percebeu-se então que o suco de limão teria sido um remédio de eficácia imediata. Com isso, relatos de tratamentos bem-sucedidos chegaram mesmo a ser publicados. Em 1617, na obra The Surgeon’s Mate, John Woodall relatou a prescrição de suco de limão tanto para o tratamento quanto para a prevenção do escorbuto. Oitenta anos depois, o dr. William Cockburn recomendou frutas e verduras frescas em seu livro Sea Diseases, or the Treatise of their Nature. Outros remédios sugeridos, como vinagre, salmoura, canela e soro de leite, eram absolutamente ineficazes e é possível que tenham obscurecido a ação correta.

No entanto, como mencionado anteriormente, era difícil conservar alimentos, frutas cítricas ou sucos frescos por semanas durante a viagem. Embora tenham feito tentativas de concentrar e preservar o suco de limão, esses procedimentos demandavam muito tempo, eram caros e talvez não fossem eficientes, pois hoje sabemos que a vitamina C é rapidamente destruída pelo calor e pela luz, e que sua quantidade em frutas e verduras é reduzida quando estas ficam armazenadas por muito tempo.

James Cook, da Real Marinha Britânica, foi o primeiro capitão de navio a assegurar que suas tripulações ficassem livres do escorbuto. Por vezes o associam à descoberta de antiescorbúticos, como são chamados os alimentos que curam o escorbuto, mas na verdade seu feito residiu em insistir na manutenção de níveis elevados de dieta e higiene a bordo de todas as suas embarcações. O resultado de seus padrões meticulosos foi um nível de saúde extraordinariamente bom e baixa taxa de mortalidade em suas tripulações.

Uma tripulação saudável, eficiente, foi essencial para as realizações de Cook em suas viagens. Esse fato foi reconhecido pela Roy al Society quando ela lhe conferiu sua mais elevada honraria, a medalha de ouro Copley. Não por suas proezas como navegador, mas por ter demonstrado que o escorbuto não era um companheiro inevitável nas viagens oceânicas de longo curso.

Os métodos que Cook usavam eram simples. Ele fazia questão de que todo o navio fosse mantido limpo, em especial os desvãos apertados onde se alojavam os marinheiros. Todos eles eram obrigados a lavar suas vestes regularmente, arejar e secar sua roupa de cama quando o tempo permitia e sempre que havia oportunidade, o capitão aterrava para se reabastecer e colher ervas locais (valisnéria, cocleária) ou plantas com que se podiam fazer chá de ervas.

Esperamos que vocês tenham gostado do resumo do segundo capítulo do livro OS BOTÕES DE NAPOLEÃO: As 17 moléculas que mudaram a história.

BOA LEITURA, e se possível, FIQUEM EM CASA!!!

quarta-feira, 23 de setembro de 2020

RESUMO CAPÍTULO 1 – PIMENTA, NOZ-MOSCADA E CRAVO-DA-ÍNDIA, DO LIVRO OS BOTÕES DE NAPOLEÃO: As 17 moléculas que mudaram a história

''Os Botões de Napoleão'' é um livro fascinante. Traz para a Química o foco da atenção e ainda vincula com diversos momentos importantes que entraram para a História da humanidade. O primeiro capítulo intitulado ''Pimenta, noz-moscada e cravo-da-índia'' aborda a história das especiarias, cuja influência estimulou uma procura global que deu início à Era dos Descobrimentos.
A pimenta ficou conhecida na Grécia por volta do século V a.C. Naquela época, era usada mais para fins medicinais que culinários, frequentemente como antídoto para veneno. Já os romanos faziam amplo uso de pimenta e outros temperos na comida. Já a pimenta proveniente da Índia era usada como conservante e para realçar o sabor e de uso restrito aos nobres da época.

O ingrediente ativo tanto da pimenta preta quanto da branca é a piperina, um composto com a fórmula química C17H19O3N e a seguinte estrutura:

A sensação picante que experimentamos quando ingerimos a piperina não é realmente um sabor, mas uma resposta de nossos receptores nervosos de dor a um estímulo químico.

Diferentemente da pimenta-do-reino, com uma espécie única, há várias espécies de pimenta do gênero Capsicum. Nativas da América tropical e provavelmente originárias do México, elas vêm sendo usadas pelo homem há pelo menos nove mil anos.

Em qualquer das espécies da pimenta chile há enorme variação. São muitas as cores, os tamanhos e as formas dessa pimenta, mas em todas o composto químico responsável pelo sabor pungente e a ardência muitas vezes intensa é a capsaicina, que tem a fórmula química C18H27O3N e uma estrutura que apresenta semelhanças com a da piperina:

Ambas as estruturas têm um átomo de nitrogênio (N) vizinho a um átomo de carbono (C) duplamente ligado a oxigênio (O), e ambas têm um único anel aromático com uma cadeia de átomos de carbono. Talvez não seja de surpreender que as duas sejam “picantes” se essa sensação resultar da forma da molécula.

Historicamente, a pimenta não foi a única especiaria de grande valor. A noz-moscada e o cravo-da-índia eram igualmente preciosos e muito mais raros que a pimenta. Embora o cravo-da-índia e a noz-moscada provenham de famílias diferentes de plantas e de arquipélagos separados por centenas de quilômetros, sobretudo de mar aberto, seus odores marcadamente diferentes se devem a moléculas extremamente semelhantes. O principal componente do óleo do cravo-da-índia é o eugenol; o composto fragrante presente no óleo da noz-moscada é o isoeugenol.

A única diferença entre essas duas moléculas aromáticas — aromáticas tanto pela estrutura química quanto pelo cheiro — está na posição da ligação dupla.

Com isso, os autores nos mostram que, mais do que um simples tempero, a noz-moscada desenvolve isoeugenol, um composto químico que funciona como pesticida natural para proteger a planta de seus predadores. O isoeugenol também repelia pulgas e, com isso, podia proteger as pessoas desses insetos que transmitiram a peste bubônica na Europa dos séculos 14 e 15. 

O óleo do cravo-da-índia era apreciado como um poderoso antisséptico e como remédio para a dor de dente. Até hoje ele é usado como anestésico tópico na odontologia.

A noz-moscada é um dos dois condimentos produzidos por uma mesma árvore; o outro é o macis. A noz-moscada é feita com a semente — ou amêndoa — marrom e reluzente da fruta, que se parece com o abricó, ao passo que o macis vem da camada avermelhada, ou arilo, que envolve a amêndoa.

Há muitos anos a noz-moscada é usada na China para fins medicinais, no tratamento de reumatismo e dores de estômago, e no sudeste da Ásia para disenteria ou cólica. Na Europa, além de ser considerada afrodisíaca e soporífera, a noz-moscada era usada num saquinho pendurado no pescoço como proteção contra a peste negra que devastou o continente em intervalos regulares desde sua primeira ocorrência registrada em 1347.

Naturalmente, isso conferiu à noz-moscada um grande valor econômico. Essas especiarias também estão por trás de outras questões econômicas decisivas. A piperina - um composto que dá as propriedades da pimenta - acaba se relacionando às bolsas de valores, à medida que os investimentos para ir comprá-la no Oriente eram muito altos e exigiam a participação de muitos investidores no empreendimento, por meio de um sistema de cotas ou ações.

A piperina é responsável pelo ardor da pimenta, quando precisamos amenizar essa sensação de ardência, a primeira providência que costumamos fazer, é tomar um pouco de leite, isso porque, em sua composição há a proteína caseína, pela qual a capsaicina tem grande afinidade. Ela ‘adere’ mais à caseína se deslocando dos nociceptores presentes na língua.

Esperamos que vocês tenham gostado do resumo do primeiro capítulo do livro OS BOTÕES DE NAPOLEÃO: As 17 moléculas que mudaram a história.

BOA LEITURA, e se possível, FIQUEM EM CASA!!!







sexta-feira, 4 de setembro de 2020

LIVRO: UMA BREVE HISTÓRIA DA CIÊNCIA

Livro: Uma breve história da Ciência

Autor: William Bynum
Tradução: Iuri Abreu
Gênero: História; Ciência.
Número de páginas: 312
Local e ano de publicação: Porto Alegre - RS, 2014.
Editora: L&PM






Essa semana passamos para sugerir a leitura do livro: UMA BREVE HISTÓRIA DA CIÊNCIAEssa obra foi lançada em 2014, pela editora L&PM, sob autoria de William BynunÉ um livro de aventuras, que retrata a evolução científica e seus protagonistas. A leitura do exemplar nos leva a uma viagem composta por 40 fascinantes capítulos, que vão desde a época dos antigos filósofos gregos até a difusão da informação.

RESENHA
Os seres humanos são uma espécie muito curiosa e têm a poderosa capacidade de refletir e se questionar sobre a sua realidade e o mundo. São as curiosidades que lhes permitem não apenas observar os fenômenos naturais, mas também buscar compreender e intervir sobre os fenômenos naturais, ao se apropriar de conhecimentos sobre eles. A Ciência nos permite controlar melhor a natureza e realizar grandes feitos, mesmo com condições desfavoráveis. E ainda tem contribuído para os homens moldarem o mundo, seja ele favoravelmente ou não.

Atualmente com a pandemia global da Covid-19, vários pesquisadores e cientistas no mundo estão trabalhando, procurando a melhor possibilidade para a humanidade superar a crise da doença transmitida pelo vírus. Diversos países pararam e milhares de pessoas morreram me decorrência do Sars-Cov-2, nome oficialmente dado ao vírus causador da pandemia que atingiu o planeta em 2020. Nesse aspecto, o trabalho científico pode levar à descoberta de vacinas, medicamentos ou até mesmo tratamentos eficazes para imunizar a população e então conter a pandemia.

Na obra, o autor William Bynum, professor britânico de história da medicina, permite-nos compreender como o desenvolvimento da Ciência se tornou fundamental na história humana, de modo a alcançar o domínio da espécie no mundo e fornece respostas para várias questões e problemas que afligem a humanidade. A busca por respostas trouxe avanços significativos para a humanidade.

A escrita dos capítulos é simples, mas esclarecedora o que permite a compreensão do desenvolvimento nas mais diversas áreas da Ciência, bem como destacam os cientistas e suas descobertas em épocas passadas. O interessante é que o livro ainda aborda as contribuições que os pesquisadores deixaram para os períodos seguintes.

O autor relata teoria e termos científicos desde a astronomia babilônica às teorias da evolução e da física quântica, além disso, vai aos poucos esclarecendo como a Ciência deixou de ser uma prática associada à magia e à religião, para se tornar uma atividade que tende a usar a razão e a objetividade.

O livro descreve a trajetória da Ciências, destacando ideias e histórias relacionadas às atividades dos mais importantes cientistas, desde os filósofos gregos antigos, passando por Paracelso, Copérnico, Galileu, Descartes, Isaac Newton, Einsten até os cientistas de hoje. Escrito de forma leve e acessível para todos os públicos, este livro fascina pela sua capacidade de mostrara de onde viemos, como chegamos aqui e indica possibilidades de para onde vamos.

Assim esperamos que vocês possam desfrutar da leitura desse livro incrível e se você já leu deixe nos comentários sua opinião, iremos adorar sua interação.

BOA LEITURA, e se possível, FIQUEM EM CASA!!! 

sexta-feira, 21 de agosto de 2020

ESTRATÉGIAS DE ENSINO: HISTÓRIAS EM QUADRINHOS (HQs) E A EDUCAÇÃO PELA PESQUISA

 


Com a intenção de oferecer maiores possibilidades de sucesso aos estudantes, alguns professores fazem uso de estratégias de ensino diferenciadas. A seguir exemplificamos duas, dentre tantas estratégias que estão sendo vastamente utilizadas e que de acordo com o número de publicações de artigos e trabalhos acadêmicos, é possível dizer que contribuem positivamente tanto no ensino, tornando-o mais dinâmico e interativo, quanto na aprendizagem, envolvendo cada vez mais os estudantes e estimulando ao desenvolvimento de habilidades como a leitura e escrita.

Dito isso temos condições de nos recordar que desde as fases iniciais, os estudantes são fascinados pelos super heróis e suas histórias, que na maior parte das vezes se fazia divulgar por meio das revistas em quadrinhos impressas. Atualmente essas revistas são online e com a disponibilidade de aplicativos próprios, têm-se a possibilidade de criação das próprias histórias em quadrinhos (HQs).

Uma das características é que as histórias têm ações rápidas, de fácil compreensão e envolvem o leitor. Quando o leitor é uma criança, essa estratégia ainda pode estimular boas risadas e reprodução oral da história acrescida de elementos imaginativos, próprios da infância.

O uso das HQs em sala de aula pode ser uma estratégia de ensino interessante e criativa para estimular no ensino da História, por exemplo, e uma das possíveis consequências é o rendimento escolar aumentado. Elas podem ser usadas como parte de uma discussão introdutória sobre algum assunto histórico além de servir como meio para o desenvolvimento de atividades extras como o teatro. Apesar de não ser uma atividade recente, a produção de quadrinhos com temas históricos cresceu no Brasil desde a década de 2000 e ganhou espaço no mercado editorial. Esta é uma atividade abrangente e enriquecedora, que permite acesso às referências de conteúdo autobiográfico e criação de argumentos narrativos baseados na experiência de si mesmo e/ou de pessoas próximas.

Além das HQs, há ainda o ensino pela pesquisa. Essa estratégia sugere que o estudante realize pesquisas orientadas pelo professor acerca de determinado assunto/conteúdo. Em parceria com as HQs, o ensino pela pesquisa pode motivar além de habilidades como leitura e escrita, certamente contribui para estimular a criatividade e que em tempo de pandemia tem sido constantemente solicitada. A partir disso, sugerimos que essas duas estratégias podem ser utilizadas para desenvolver atividades comemorativas ao Dia do Folclore, a ser comemorado amanhã, dia 22 de Agosto.

Lembramos que o trabalho com “datas comemorativas” colabora com a preservação da cultura nacional e que nessa data específica, é uma oportunidade para descoberta das principais manifestações folclóricas do nosso país. Além disso, também proporcionam conhecimento sobre determinados personagens e suas características por meio do contato com as HQs, e têm o compromisso de desenvolver habilidades de leitura, escrita e interpretação.

Dessa forma, estamos disponibilizando “Cadernos de Atividades sobre o Folclore” e também “Histórias em Quadrinhos Folclóricas” nos links abaixo, com a finalidade de oferecer materiais que possam aumentar o repertório cultural dos professores e por conseguintes dos seus estudantes.

Se gostarem, nos ajudem a divulgar nosso trabalho e não esqueçam, SE FOR POSSÍVEL, FIQUEM EM CASA!

Você pode acessar os arquivos clicando no link:

HISTÓRIAS EM QUADRINHOS FOLCLÓRICA

APOSTILA DE LENDAS E INTERPRETAÇÃO DO FOLCLORE

1° CADERNO DE ATIVIDADES FOLCLÓRICA

2° CADERNO DE ATIVIDADES FOLCLÓRICA

3° CADERNO DE ATIVIDADES FOLCLÓRICA

4° CADERNO DE ATIVIDADES FOLCLÓRICA

REFERÊNCIAS

CAIADO, Elen Campos. Como construir história em quadrinhos com os alunos. Brasil Escola. Disponível em: <https://educador.brasilescola.uol.com.br/sugestoes-pais-professores/como-construir-historia-quadrinhos-com-os-alunos.htm>. Acesso em: 21 ago. 2020.

CARVALHO, Leandro. História em quadrinhos como incentivo à leitura. Brasil Escola. Disponível em: <https://educador.brasilescola.uol.com.br/orientacoes/historia-quadrinhos-como-incentivo-leitura.htm>. Acesso em: 21 ago. 2020.

PINTO, Tales. História em quadrinhos em sala de aula. Brasil Escola. Disponível em: <https://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/historia-quadrinhos-sala-aula.htm>. Acesso em 21 ago. 2020.

VILARINHO, Sabrina. Histórias em quadrinhos. Brasil Escola. Disponível em: <https://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/historia-quadrinhos-1.htm>. Acesso em: 21 ago. 2020.

sexta-feira, 14 de agosto de 2020

O FOLCLORE BRASILEIRO

Ao nos remetermos ao FOLCLORE, entendemos que é a caracterização das manifestações da cultura popular que representa a identidade social de um povo. Em nosso país não é diferente. O folclore brasileiro faz parte das conquistas da cultura popular brasileira, com sua riqueza e diversidade. Ainda na compreensão linguística do vem a ser FOLCLORE, pode-se incluir histórias, lendas, canções, ritmos, festas populares, jargões, literatura, etc. De modo que nosso folclore é extremamente rico e influenciado pelas culturas europeia, africana e indígena, o que justifica a vasta diferenciação de elementos culturais.

Por meio das narrativas da sabedoria popular brasileira, há muito tempo as pessoas contam e recontam essas narrativas para suas gerações, seja em casa ou na escola, no campo ou na cidade. São histórias que submergem dos rios brasileiros e se espalham por todas as partes do país. E, em agosto, há um dia especial para lembrar essas histórias que contribuem para a constituição da identidade nacional denominado Dia do Folclore  a comemorar-se sempre no dia 22, e isso desde 1995.

A criação do Dia do Folclore Brasileiro se deu por meio do Decreto Nº 56.747, que foi assinado em 17 de agosto de 1965 pelo então presidente militar Humberto de Alencar Castello Branco. O objetivo da criação deste dia foi para incentivar as pesquisas e estudos na área e com isso poder garantir a preservação do folclore brasileiro.

O folclore naturalmente não é um elemento que se encontra presente apenas em um lugar específico, mas se reflete e manifesta em todas as culturas, pois todas elas têm seu próprio conjunto de crenças, mitos, personagens e tradições que constituem o saber popular.

A partir da importância do folclore exaltada anteriormente, selecionamos a obra de A. S. Franchini, que conta em sua versão algumas das mais emocionantes histórias do folclore nativo, nas quais o fantástico e o popular se unem para recriar antigos relatos sobre a formação dos povos e do território brasileiro.

Esperamos que vocês aproveitem o final de semana para ler essa belíssima obra que valoriza algumas das mais famosas lendas indígenas, além de contos populares e também monstruosas criaturas que povoam nosso imaginário e dão vida as 100 melhores lendas do folclore brasileiro.

Abraços e nos auxiliem divulgando nosso trabalho, e se possível, FIQUEM EM CASA!

REFERÊNCIAS:

Livros para celebrar o folclore brasileiro. Blog da Letrinhas, 2018. Disponível em: <https://www.blogdaletrinhas.com.br/conteudos/visualizar/Livros-para-celebrar-o-folclore-brasileiro>. Acesso em: 14 ago. 2020.

NEVES, Daniel. Folclore Brasileiro. Brasil Escola. Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/historiab/folclore-brasileiro.htm>. Acesso em: 14 ago. 2020.

NEVES, Daniel. Folclore. Brasil Escola. Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/folclore>. Acesso em: 14 ago. 2020.

 

Você pode fazer o download da obra clicando Aqui.

segunda-feira, 13 de julho de 2020

Indicação de leitura e submissão de artigos

                                                                                     

Disponível em: http://periodicos.uefs.br/index.php/revistaideacao                                                               Acesso: 13/07/2020

Olá pessoal, como estão aproveitando os dias de quarentena?                                                              Hoje estamos passando para indicar um excelente artigo que foi publicado na publicação semestral da Revista IDEAÇÃO, que é do Núcleo Interdisciplinar de Estudos e Pesquisas em Filosofia, com o apoio da editora da Universidade Estadual de Feira de Santana, e que publica textos originais de Filosofia, ou de abordagem ou relevância filosófica, na forma de artigos, traduções, resenhas ou entrevistas. Além de seu formato impresso, a Revista também é publicada na versão on-line, permitindo o seu livre acesso imediato e gratuito.                                                                                                                                  Pela abordagem interdisciplinar, a revista visa atingir diversas áreas interessadas em abordagens filosóficas e/ou que dialogam com a Filosofia. De modo que as temáticas estabelecem conexão direta com assuntos da Educação. Aos interessados em submeter trabalhos, a Revista Ideação está com chamada para um novo dossiê, a ser publicado no primeiro semestre de 2021, intitulado “Filosofia Política: Renascimento e Modernidade”, abordando temáticas que perpassem esse período fundamental da história ocidental, em diálogo com a política. O dossiê será coordenado pelos professores Nilo Henrique Neves dos Reis, Luiz Carlos Montans Braga e Antonio Cesar Ferreira da Silva. Os artigos para o dossiê poderão ser enviados até 30/09/2020. Entretanto, a Revista continua a receber artigos, resenhas e traduções por submissão contínua. Para maiores esclarecimentos acessem o link disponibilizado no inicio da postagem.

O artigo, intitulado "O RESGATE DE PAULO FREIRE PARA O PROJETO-LIBERTAÇÃO DE ENRIQUE DUSSEL" com autoria do Doutorando em Educação pela Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Ceará (UFC) e do Professor Associado IV da Graduação e Pós-Graduação do Curso de Filosofia da Universidade Federal do Ceará (UFC) e Colaborador do Programa de Pós-Graduação em Educação Brasileira da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Ceará (FACED-UFC), João Paulo Pimentel e Eduardo Ferreira Chagas, respectivamente, o texto traz em seu resumo que objetiva expor a apropriação do filósofo Enrique Dussel das ideias pedagógicas de Paulo Freire. De acordo com os autores, foi apresentado o itinerário da Ética da Libertação referente ao nível moral-formal crítico na superação da Ética do Discurso em vista do projeto-libertação. Ainda de acordo com os autores, o pensamento de Paulo Freire possibilita o avanço para um critério de validade consensual anti-hegemônico mediante a formação das comunidades de vítimas. Dussel, acolhe, portanto, o processo de conscientização e a ação dialógica propostos por Freire como elementos fundamentais da Ética da Libertação.

Segue o link para o acesso direto ao artigo http://periodicos.uefs.br/index.php/revistaideacao/article/view/4700

Aos autores, deixamos aqui nossos explícitos parabéns pela temática e forma como a escrita se apresenta. Para os leitores, desejamos que se apropriem do conteúdo e se motivem a submeter seus escritos para a composição do próximo Dossiê.

Abraços.

quinta-feira, 28 de maio de 2020

Ampliando os conhecimentos e estabelecendo conexões de aprendizagem



Estamos propondo uma Maratona de lives e essa semana já fizemos algumas postagens sobre isso, vejam em edquimicaedbem.blogspot.com 
Em uma dessa lives, conhecemos a Profa. Monique Gonçalves que proferiu sua apresentação com tema "MOLÉCULAS QUE ENTRARAM PARA A HISTÓRIA" no último dia 26/05/2020, no IG: @quiciencialqb  
Ao término fiz a postagem no blog e a adicionei no instagram. Muito atenciosamente, a professora estabeleceu contato e demos inicio a uma conversa rica em trocas de experiências e conhecimentos, muito bacana.
De modo que a Profa. Monique gentilmente disponibilizou duas publicações de seus trabalhos e que aqui, divido com vocês.
Para além, ainda indico o IG:@inclusivequimica, que está sob sua curadoria.
Encerro com essas indicações e certa de que vocês irão além de lê, divulgar o nosso trabalho.

Não esqueçam que se possível, FIQUEM EM CASA!










 

Divulgação das Histórias de Vida dos Professores: uma forma de reconhecimento

Oi, como disse na postagem anterior, somos responsaveis por outro blog (edquimicaedbem.blogspot.com). Lá as postagens são mais direcionadas aos assuntos vinculados a Química, entretanto, como a movimentação de postagens por aqui está um tanto quanto parada, resolvi dividir aqui, algumas experiências. Como vimos no texto da Profa. Alacoque Lorenzini, nós professores estamos nesse período asoberbados de atividades e um pouco de reconhecimento nos faz bem. 
Há muito tempo conheci o trabalho da Profa. Alcione Torres por meio do blog: ensinodequimica.blogspot.com e sempre usei-o como referência e indicava para meus alunos. No inicio apenas para os de Ensino Fundamental e Médio e atualmente para os do Ensino Superior. Porém, as vezes esse acompanhamento se distanciava, mas logo era surpreendida com NEWSLETTERS em meu email e começava a lê. Foi dessa forma que no último dia 11, recebi uma postagem no email, falando sobre o IG: @ensinodequimica e um um convite, escrito de modo geral, para que os interessados divulgassem o trabalho que desenvolviam em suas escolaas, como Projetos de ensino, de pesquisa, metodologias inovadoras, eventos,enfim, o que pudesse ser inspiração para outros professores. A Profa. Alcione fez essa proposta e muito embora, atualmente Eu não esteja mais na Educação Básica, resolvi, após longos anos de admiração por seu trabalho, me apresentar e expor minha trajetória.
Abaixo, compartilho com vocês a minha escrita.

Olá Alcione, tudo bem?
Há tempos acompanho seu trabalho, por vezes mais de perto outras vezes só indicando, mas acompanho. Atualmente, sou professora na UFPI, no campus de Picos.Lá trabalho no curso de Licenciatura em Educação do Campo/Ciências da Natureza. POR QUASE 5 ANOS TRABALHEI PRATICAMENTE SOZINHA COM AS DISCIPLINAS DE QUÍMICA, POIS A OUTRA PROFEssora estava afastada. Esse tempo foi maravilhoso pois pude conhecer melhor as diversas areas da Química.COMO TRABALHAMOS COM A FORMAÇÃO DE PROFESSORES PARA ATUAREM EM ESCOLAS DO CAMPO, A MAIOR PARTE DAS VEZES TINHAMOS DE USAR A CRIATIVIDADE PARA PROPOR AULAS MAIS ATRATIVAS, DINÂMICAS E DIFERENTES. BEM....ALGUMAS COISAS DERAM CERTO, MAS OUTRAS NÃO. ESSAS COISAS QUE AS VEZES FUNCIONA COM UMA TURMA MAS COM OUTRA NÃO. Bem, toda essa conversa inicialmente é para te parabenizar e dizer que você é fonte de inspiração para nós.
Atualmente estou com um projeto de extensão que abrange 2 blogs, 2 instagrans, 1 podcast e 1 canal. Tenho alunos maravilhosos e eles são muito dedicados. Um blog é mais para divulgação de assuntos relacionados a ciênca: edquimicaedbem.blogspot.com
O outro está parado com previsão de continuidade em junho: qualopapeldoprofessorcoordenador.blogspot.com
Ambos surgiram quando Eu ainda estava na educação básica e agora pensei em submetê-los a um projeto de extensão. O instagram é o @quimicast, este está vinculado a um podcast (quimicast, o podcast que tem Química!) Estamos engatinhando, mas já sairam 2 episódios.
O outro IG: @edquimicaedbem, está vinculado ao canal: EDQUIMICA EDBEM O CANAL QUE APROXIMA O CONHECIMENTO QUÍMICO DO COTIDIANO.
Bem, essas são as atividades que estamos desenvolvendo e que a convido para conhecer.
Abraços fraternos.
12/05/2020


Para minha surpresa, no dia 13 de Maio, recebi um outro email da Profa. Alcione, enquanto curadora do blog, agradecendo o contato e solicitando algumas fotos para divulgação. Tive alguns prblemas de saúde e me ausentei das redes sociais, até que no dia 18 de Maio fiz o envio do material solicitado.
Ontem fui surpreendida com uma postagem fabuloda no Instagram e quero dividir com todos vocês.

  
Dessa forma, concluo a postagem agradecendo a Profa. Alcione Torres e convidando a vocês para visitarem o blog: ensinodequimica.blogspot.com e a seguirem o IG: @ensinodequimica
Além disso, participem dessa atividade que a professora está promovendo.

Aproveito também a oportunidade para pedir que vocês divulguem nossos trabalhos, sigam, curtam, comentem e compartilhem.
BLOGs: edquimicaedbem.blogspot.com
               qualopapeldoprofessorcoordenador.blogspot.com
CANAL: EdQuímica EdBem o canal que aproxima o conhecimento químico do cotidiano.
PODCAST: Quimicast, o podcast que tem Química!


E claro, se for possível, FIQUEM EM CASA!


 

Texto da Professora Alacoque Lorenzini Erdmann: NÃO HAVERÁ APLAUSOS PARA OS DOCENTES...

Olá, há quanto tempo!
Bem, como comentei em outro blog (edquimicaedbem.blogspot.com), estou passando hoje para dividir com vocês essa preciosidade de produção testual. Estou repostando porque o referido material encontara-se disponível em diversos grupos do Facebook, de modo que estamos nos mobilizando para que o maior número de pessoas possam ter acesso a esse material.
Abraços e boa leitura!



NÃO HAVERÁ APLAUSOS PARA OS DOCENTES...
De um dia para o outro, os professores, montaram todo um sistema de educação à distância, para continuar a prestar a sua missão de vida a partir de casa... Com mística e dedicação...
Materiais? Seu computador, privado e pessoal; e sua internet ... paga do bolso.
Espaços? O salão de sua casa, que torna pública a intimidade de sua casa.
Direitos autorais? Cedidos, pesquisas, imagem, textos, tarefas...
Exigências? Absolutas.
A escola na sala de casa nunca acaba.
Um milhão de e-mails para atender... grupos pelo WhatsApp, chamadas, atendimento personalizado, aproximando-se da função tutorial...
Professores estamos trabalhando... Na verdade multiplicamos por muito as nossas horas de trabalho, pois agora esclarecemos as dúvidas um a um, corrigimos as tarefas uma a uma... E sem falar sobre as orientações de ordem psicológica... Dentro da compreensão de fazer com que os nossos alunos vejam a transcendência do que estamos experimentando...
Eu aplaudo os professores!
Eu aplaudo os professores com todas as minhas forças! Por brindar à educação o lugar que lhe cabe nesta época de crise... Fazemos parte da história... Um milhão de aplausos para todos. 

👏👏👏👏👏👏👏👏👏

Professora Alacoque Lorenzini Erdmann