segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

AVALIAR é inrínseco à natureza humana.....



AVALIAR é intrínseco à natureza humana, contudo, no ambiente escolar não deve ocorrer de forma intuitiva apenas.
            Como enfatiza Dias Sobrinho (2003): ‘... a concepção de uma avaliação institucional está ligada à condição fundamental da educação e esta não se separa dos significados que atribuímos a sociedade e às expectativas da humanidade que projetamos.’ (p.195).
            Apesar de existir uma variedade de avaliações no contexto escolar, focalizando sujeitos diferentes é possível agrupá-las em INTERNA e EXTERNA. Aqui, especificarei as externas, também conhecidas como avaliação em larga escala. Ao se perguntar aos professores sobre a avaliação, observa-se que a maior parte confunde esses dois tipos de avaliação, e, portanto, não tem claro as possíveis contribuições destas em sua prática educativa.
            Para a maioria não está claro que a avaliação em larga escala geralmente usa instrumentos padronizados, como, testes e questionários, sendo realizadas, ao mesmo tempo, e em diferentes locais do país. Além disso, procuram informar os gestores públicos das instâncias federal, estadual, municipal e da própria escola, a respeito do desempenho dos alunos e, consequentemente, das redes de ensino às quais estão vinculadas. Talvez por isso, não consigam perceber a importância das avaliações em larga escala e quais as contribuições para seu trabalho em sala de aula.
            Na atualidade, as avaliações externas são adotadas, como política educacional, em um grande número de países, tendo o Brasil sempre ocupado posição de destaque. Uma das principais finalidades é apresentar informações que contribuam para verificar em que medida determinadas políticas educacionais estão sendo desenvolvidas, considerando seus objetivos. Portanto, podem subsidiar a formulação, permanência ou revisão dessas políticas. Observe o quadro abaixo:

FUNÇÕES
OBJETIVOS
EXEMPLOS
Auto-avaliação
Permitir conhecer a posição relativa entre os participantes da avaliação.
ENEM, SAEB, PISA, SPAECE
Credenciamento
Possibilitar a entrada de indivíduos no mercado de trabalho ou na educação superior.
Prouni
Diagnóstica
Identificar aspectos diversos de determinada realidade, bem como formas de nela intervir para melhorá-la.
Prova Brasil
FONTE: SIQUEIRA E SOUSA (2009,p.58)

            De modo que é possível dizer que as avaliações externas visam a apresentar um conjunto diversificado de informações a respeito do que os grupos de estudantes de uma mesma ou diferentes séries sabem e são capazes de realizar em determinado estágio de seu percurso escolar. Assim, seus resultados podem sim ajudar a identificar o nível da qualidade da educação ofertada na redede ensino estadual ou municipal. Além disso, pode ajudar a compreender a natureza e variedade de fatores que interferem no desempenho do aluno e que ao ter esse conhecimento o professor deve trabalhar para minimizar essas deficiências. Claro que, se o professor não tiver acesso a essas informações a realidade pouco mudará. O que eu percebi por meio da pesquisa realizada é que meus colegas desconhecem essas informações.
            Devido ao seu alcance, natureza e complexidade, as avaliações externas costumam ser realizadas contando com a participação de grupos diversos, nos quais participam, por exemplo, especialistas e técnicos. Apesar disso, é fundamental que os gestores das escolas e os professores também conheçam tais avaliações, pois elas dizem respeito, diretamente ao trabalho que esses profissionais realizam na escola. Evidenciam também aspectos diversos, como o perfil sócio e cultural de alunos e professores, bem como a características básicas da prática docente, das estratégias de ensino e da própria gestão das escolas onde os alunos avaliados estudam.



Edneide  Silva

 


SUGESTÕES DE PESQUISA NA ÁREA EDUCACIONAL



 Essas três temáticas que são muito interessantes para serem pesquisadas.
 - FORMAÇÃO EM SERVIÇO: uma vez que é cada vez mais exigido do profissional da educação, se faz necessário que o mesmo esteja em constante processo de atualização.
- PLANEJAMENTO ESCOLAR: como otimizar o horário de planejamento na escola.
- ESTRATÉGIAS DE ENSINO QUE FAVOREÇAM A APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA: aqui a sugestão é que a qualificação do professor o possibilite aplicar e até mesmo desenvolver estratégias que facilitem o processo de ensino e aprendizagem dos alunos.


Dentre as três temáticas propostas, eu tenho preferência pela última, pois vejo que tendo por objetivo maior melhorar o desenvolvimento dos alunos no processo de ensino e aprendizagem, o professor deve sempre pesquisar estratégias que facilitem seu trabalho em sala de aula. Uma ideia, é que esse assunto seja explorado pelo coordenador escolar em forma de FORMAÇÃO EM SERVIÇO durante os momentos de planejamento escolar. Para tanto, sugiro que ao ser pesquisado,deva-se seguir as seguintes etapas: 
- Inicialmente o estudo e fichamento do livro: Técnicas de ensino: por que não? Ilma Passos Alencastro Veiga, onde são esclarecidos conceitos que muito se confundem, como os de técnica e método, além de localizar no tempo o modismo que foi a aplicação da expressão técnica de ensino.
- Em seguida, apresentação das ideias concebidas por cada participante a partir da leitura realizada.
- Será proposto que cada participante selecione uma técnica (ou estratégia de ensino) para trabalhar um determinado assunto do seu conteúdo. O que poderá efetivamente ser realizado no ano letivo de 2014 e que certamente já poderá ser incluído em seu planejamento anual.

Boa trabalho!

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

INÍCIO DO ANO LETIVO......O RETORNO!

          Bem, o ano letivo de 2015 está batendo à porta, assim que tal inovarmos e a cada mês propormos atividades voltadas para as datas comemorativas?
          Fiz uma seleção de algumas datas no primeiro semestre. Claro que não coloquei todas, mas as principais e com as quais é possível trabalhar atividades de  diversas disciplinas, principalmente a Química.....rsrsrs.
Fevereiro – Inicia o ano letivo
O EM entrevista o EF.
14/02 – Dia do Amor
27/02 – Dia do idoso.
Março – Escassez de água e avaliação de Química.
08/02 – Dia Internacional da Mulher.
12/03 – Dia da Biblioteca.
14/03 – Dia da Poesia.
15/03 – Dia dos animais e do circo.
19/03 – Dia da escola.
21/03 – Dia Mundial da Discriminação Racial.
22/03 – Dia Mundial da Água.
Abril – Pesquisando aditivos químicos no supermercado.
02/04 – Dia Mundial do Livro Infantil.
07/04 – Dia Mundial da Saúde.
21/04 – Dia de Tiradentes.
22/04 – Dia do Descobrimento do Brasil.
Maio – Dia das Mães e mês das noivas (ARTESANATO DA BELEZA).
01/05 – Dia Mundial do Trabalho.
10/05 – Dia das Mães.
13/05 – Dia da Abolição da escravatura no Brasil.
25/05 – Dia do Trabalhador rural.
27/05 – Dia da Mata Atlântica.
Junho – Reciclagem de materiais.
05/06 – Dia Mundial do Meio Ambiente.
10/06 – Dia da Língua Portuguesa.
12/06 – Dia dos namorados.
21/06 – Dia Internacional da Música.
25/06 – Dia do Imigrante e do Combate às Drogas.
Atenciosamente,
Profa.: Edneide Silva

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

O MARKETING DO PROFESSOR





         O Marketing Pessoal faz parte do cotidiano de todos, professores ou não. Aqui, nos referiremos aos professores porque tendo a sala de aula como principal local de trabalho, a mesma funciona como uma “vitrine”. Como formador de opinião, o professor é um referencial, um “modelo” para o aluno. No exercício de sua profissão, a imagem pessoal e profissional do professor representa a imagem do corpo docente, confunde-se com a imagem da própria instituição escolar. Essa imagem, segundo Passadori (2003), é formada pela postura, aparência, indumentária, bem como a voz, elegância e confiança, junto às atitudes e comportamentos.
         A imagem fala muito, a todo instante. Manter a postura correta, portanto, é uma forma de respeito às pessoas. Atividades físicas são importantes para o funcionamento do organismo: aumentam a resistência às doenças, descarregam as tensões, corrigem a postura e impõem ritmo e energia à forma de caminhar e de comportar.
         Para tratar de aparência e elegância, não esqueçamos: ‘Não basta você se achar maravilhoso, as pessoas também precisam achar”. A elegância no vestir para o profissional professor ou professora é um investimento necessário. Para isso, é importante a preocupação com a adequação de roupa com o ambiente de trabalho e sempre evitar os excessos, como roupas extravagantes, saias curtas, acessórios e maquiagem carregada. As professoras devem tomar cuidado com o uso ou não de saltos. Usar sandálias baixas, por melhor que seja a grife, compromete a postura e, consequentemente, a elegância. Deve-se procurar um meio termo entre o salto alto e o conforto. Já os professores devem evitar os calçados despojados e chinelos. É sempre bom, no caso dos calçados de couro, engraxá-los bem e/ou mantê-los limpos.
         Para completar o Marketing Pessoal, no tocante à aparência e elegância, recomenda-se cuidados com os cabelos, com a higiene da pele e das unhas, sempre bem cuidadas e, para concluir, o uso de perfume discreto e adequado ao horário e ambiente.
         O comportamento, além da elegância, também faz parte da etiqueta social. Sendo assim, não podemos deixar de lembrar a importância das normas básicas de comportamento à mesa, em sua participação nos eventos, sejam profissionais ou pessoais, como encontros pedagógicos, congressos e cursos de formação. A boa convivência com os colegas de trabalho é fator importante, visto que o professor cobra dos seus alunos respeito, relacionamento transparente e clima harmonioso no ambiente escolar. A prática profissional, nesse caso funciona  como efeito espelho. Portanto, as atitudes do professor e seu comportamento dentro e fora do ambiente escolar, revertem-se no seu próprio ensino. Não podemos esquecer as palavrinhas mágicas: “por favor”, “com licença”, obrigada”, antes mesmo de cobrá-las de nossos alunos. Outro ponto importante é a elegância dos cumprimentos, no dia a dia, como desejar um bom dia, um bom final de semana e, naturalmente lembrar os aniversários. Essas atitudes solidificam o relacionamento, promovem o bem-estar, geram harmonia no trabalho, além de fortalecer a equipe.
         O trato com os espaços de uso comum também refletem o nível de consciência e a educação dos sujeitos, além do mais, quando esses sujeitos são educadores! Não é raro nos depararmos com situações em que o próprio adulto da relação lança fora o lixo em local impróprio, arrasta cadeiras ou mesas, desfaz o que antes estava em ordem, num comodismo, reforçado por uma mentalidade de que “os outros devem me servir”. Quando estamos nos referindo a educadores, o peso desses equívocos parece tomar proporções ainda maiores. Portanto voltemos à importância de ser exemplo; se meu aluno enxerga em mim alguém preocupado com o zelo e a manutenção da limpeza dos espaços por nós compartilhados um modelo sadio e equilibrado começa a ser formado.
         Para completar as orientações sobre as atitudes comportamentais, sejamos sensíveis a necessidade de enxergar a leitura como uma poderosa ferramenta na formação do professor. Ler bons livros e demais suportes dos diversos gêneros textuais dá uma dimensão superior à nossa competência. A leitura promove melhor raciocínio, facilita a expressão verbal, amplia o vocabulário, além de aprimorar a sensibilidade e o conhecimento de mundo.
         Frente ao exposto, podemos compreender que, mesmo os profissionais da educação cuja imagem consolidada é a de profissionais dedicados e, antes de tudo, apaixonados pelo que fazem, passem a se preocupar com seu Marketing Pessoal. Dentro dessa perspectiva, Passadori sugere alguns cuidados na busca e estruturação do Marketing Pessoal na profissão do Professor:
1)      Faça algo para promover sua própria imagem, aproveitando as oportunidades que surgirem para mostrar o potencial que tem, quer seja de falar em público, escrever um artigo, fazer palestra ou tomar decisões para realizar algo desafiante;
2)      Conheça e amplie suas próprias capacidades, fazendo cursos de especializações ou aperfeiçoamento. Hoje se faz necessário um conhecimento de inglês e de espanhol e uma constante atualização em informática;
3)      Realize, principalmente em atividades profissionais, aquilo que lhe dá prazer. Com isso você estará prestando um grande serviço a você mesmo e aos seus alunos por estar fazendo algo melhor, justamente porque lhe é prazeroso;
4)      Imagine-se no futuro e veja-se realizado, com muito sucesso pessoal e profissional e muito feliz. Isso o ajudará a identificar o que precisa fazer hoje para conseguir o que se deseja amanhã;
5)      Viva harmoniosamente com as incertezas e as surpresas. Elas fazem parte do processo da vida. Não se deixe abater por dúvidas, medos ou fraquezas.

“Lembre-se de que o Marketing Pessoal é apenas um reflexo daquilo que você é, pensa e sente”.

Texto adaptado de Anita S. M. Pinheiro.

QUANDO UM EQUIPAMENTO É DIDÁTICO?

DISPONÍVEL: http://www.construirnoticias.com.br/asp/materia.asp?id=1712
ACESSO: 05/01/2015 às 20:48h


Educador: como você sabe, é indiscutível o papel do material didático como recurso incentivador da aprendizagem, uma vez que as mensagens que o estudante recebe por meio dele não são somente verbais, mas também abarcam sons, cores, formas, sensações.

Só pela sua presença, os materiais didáticos já cumprem a função de estabelecer contato na comunicação entre professor e aluno, alterando a monotonia das aulas exclusivamente verbais. Esses materiais ainda podem substituir, na maioria das vezes, a simples memorização, contribuindo para o desenvolvimento de operações de análise e síntese, generalização e abstração a partir de elementos concretos.

Dessa forma, ampliam o campo de experiência do estudante ao fazê-lo defrontar-se com elementos que, de outro modo, permaneceriam distantes no tempo e no espaço.

Há uma gama de equipamentos didáticos, em grande parte recursos audiovisuais, que foram pensados e construídos para atender às diversas disciplinas em todas as modalidades de ensino. Mas há casos, e não são poucos, em que equipamentos não convencionais ou não pensados, em sua origem, para fins pedagógicos tornam-se didáticos.

Leia o relato a seguir e conheça um bom exemplo de como isso acontece.

A flor

“Quando era pequena, estudava numa sala... parada. Espera, não quero dizer, com isso, que as salas de aula deveriam sair por aí passeando. Mas bem que elas poderiam dar uma sacudidinha de vez em quando e mudar o visual para chamar a nossa atenção, certo? Mas não. Era proibido mexer naquela sala. Parecia que qualquer modificação iria prejudicar o nosso aprendizado. As paredes eram brancas e deviam estar sempre branquinhas, falavam. As carteiras eram fixas, grudadas no chão. Tudo era imóvel. Olha, nem me lembro da sala, ninguém nem olhava para os lados. Afinal, para quê? Era sempre igual...

Um dia, um dos meninos da classe trouxe uma flor de presente para a professora. Uma rosa cor-de-rosa. Não lembro o motivo, se era Dia do Professor, aniversário dela ou se ele só quis agradar. Só recordo que ele apareceu na sala de aula, eufórico, com a flor na mão.

— Professora! Trouxe um presente!

A professora era muito falante, extrovertida e espalhafatosa. Fez a maior encenação, com cara de surpresa. ‘Mas que beleeeza! Coisa liiinda!’. Depois pediu uns minutinhos e saiu da sala com a flor na mão. Quando voltou, estava sem a flor.

— Ué? — o menino levantou a mão, intrigado — Professora, cadê a flor que eu dei pra senhora?

— Ah! — ela disse, sorrindo — Coloquei num vaso, lá na sala dos professores, para não ‘atrapalhar’ a aula — e encerrou o assunto, categórica — Obrigada, viu?

[...]

Uma simples rosa cor-de-rosa... atrapalha a aula? De onde ela tirou isso? Gente, a flor era um presente, um ato de carinho do aluno. E, segundo ela mesma, ‘linda’. Será que, por isso, desorganiza o espaço?

Pergunto: pode uma coisa dessas?”

CARVALHO, Lúcia. Livro do Diretor: Espaços & Pessoas. São Paulo: Cedac/MEC, 2002.

Esse pequeno relato faz parte da memória dos tempos de escola de uma educadora, mas poderia fazer parte da história de muitos de nós, não é mesmo? Quem já não viveu experiência semelhante, quando um elemento alheio aos objetivos de uma aula chamou mais a atenção que a própria aula, e a professora ou o professor o ignorou só para continuar as atividades que havia planejado? Pois bem, esse texto nos auxilia a fazer uma série de reflexões.

Veja que a professora, ao tirar a flor da sala — para não “atrapalhar” a aula —, não observou que a rosa poderia, ao contrário, “ser” a própria aula. Uma aula de biologia, ecologia, meio ambiente, reprodução das plantas, plantio, abelhas, mel, fotossíntese, decoração, arborização e mais um milhão de coisas! Além disso, a permanência da flor na classe poderia ajudar na fixação desses conhecimentos. Talvez, assim, fosse possível reparar um pouco mais na sala de aula, já que era tão monótona... Mas a professora, da mesma forma que não reparou na flor, também não reparava na sala de aula, que continuava parada, igual.

Perceba, então, que uma das principais funções do material didático é, também, dinamizar a aula, aguçando a curiosidade do aluno e despertando sua atenção para o que vai ser tratado naquele momento. Claro que seu uso precisa ser planejado, bem-elaborado, preparado com antecedência.

Porém, como determinam as boas práticas didáticas, o planejamento das aulas pode — e deve — resultar em atividades flexíveis, no sentido de atender às demandas concretas dos alunos, fazendo uma ponte com os componentes curriculares, ainda que não previstos para aquele momento. Se analisarmos bem, veremos que é exatamente esse o caso da rosa.

E, assim como ela, vários são os elementos, os objetos presentes no nosso cotidiano que podem se transformar em ótimos recursos didáticos. Nos cursos de mecânica de automóveis, por exemplo, geralmente, durante as aulas expositivas, as peças de motores de carros vão sendo apresentadas, montadas e desmontadas para que o aluno consiga fazer as relações necessárias entre o que está sendo ensinado e o que precisa ser aprendido, entre teoria e prática, para que esse processo seja eficaz no desenvolvimento das habilidades básicas, essenciais à formação de um mecânico competente.

Nessa mesma linha de raciocínio, vários utensílios podem, dependendo dos objetivos da aula, tornar-se materiais didáticos. Uma aula sobre alimentação saudável, por exemplo, pode ser realizada, se não diretamente na cozinha, utilizando-se equipamentos próprios, incluindo, além de vasilhas e talheres, medidores de líquido e balança. O preparo de receitas saudáveis e alternativas, além de mudar os hábitos alimentares dos alunos, pode colocá-los em contato com os conhecimentos sobre medidas de capacidade (litro, mililitro) e de massa (quilo, grama), entre outros. Nesse caso, os utensílios de cozinha e os instrumentos de medição revestem-se de um caráter iminentemente didático, uma vez que atuam como mediadores das construções necessárias à aquisição daqueles conhecimentos.

Em seu ambiente de trabalho, há muitos instrumentos e ferramentas de uso voltados à manutenção e à conservação da infraestrutura escolar (equipamentos de limpeza, marcenaria, capina, etc.). Verifique quais deles poderiam ser utilizados pelos estudantes em uma atividade de educação ambiental, visando à economia de recursos naturais ou à preservação das áreas verdes da escola, por exemplo. Selecione o tema e os materiais a eles relacionados. Descreva de que forma poderiam ser empregados a fim de exercerem funções didáticas.

Principais recursos didáticos utilizados na Educação brasileira

Historicamente, no Brasil, as sucessivas reformas educacionais incluem materiais didáticos inovadores como exigência de novas filosofias e/ou metodologias de ensino que agreguem aos conceitos didáticos e pedagógicos a reformulação da prática docente. Em geral, tal reformulação prevê a adoção de novas técnicas, às quais se relacionam novos materiais e equipamentos.

Mas o que se tem, na verdade, são tentativas, de cima para baixo, e muitas vezes frustradas, de modernizar os processos sem levar em conta todos os elementos envolvidos. Talvez esse tenha sido um dos principais fatores que colaboraram para a subutilização dos recursos disponíveis nas escolas, na comunidade, na natureza. A produção de materiais e equipamentos didáticos deriva antes dos interesses dos fabricantes e dos fornecedores do que da necessidade dos educadores e dos educandos.

É, de certa forma, compreensível que tal coisa aconteça, pois já vivemos a experiência cotidiana em que a imposição impera em lugar das práticas democráticas e dialógicas. Dessa maneira, os resultados tendem a atingir padrões aquém das expectativas.

Em relação à Educação, a contextualização não apenas do currículo, mas, sobretudo, das estratégias a serem adotadas é cada vez mais necessária, tendo em vista o respeito às diferenças socioculturais e às demandas específicas de cada grupo que ocupa o espaço educacional.



Outro aspecto importante confirmado pelas práticas escolares é a introdução de um recurso didático — por mais desenvolvido tecnologicamente que seja, em qualquer época — não apresentar resultados instantâneos e automáticos nem no ensino nem na aprendizagem. Nesse sentido, apenas uma aplicação sistemática, ordenada, com ações bem planejadas, objetivos bem-definidos e respeito ao contexto educacional local podem promover, a médio prazo, as mudanças que os materiais e equipamentos didáticos têm em potencial.

Há de se levar em conta a participação dos diversos segmentos da comunidade escolar na construção das propostas pedagógicas, bem como na seleção das ferramentas adequadas às intervenções. Nesse caso, vale lembrar o papel fundamental que você, funcionário da escola, deve exercer a partir não somente da vivência como educador, mas também dos conhecimentos específicos adquiridos, que lhe conferem habilidades de técnico e gestor nesses processos.

Esses conhecimentos novos devem garantir sua efetiva participação, sobretudo no planejamento, no uso, na manutenção e na conservação dos equipamentos didáticos adequados para cada fim, a partir do planejamento das atividades pedagógicas elaboradas pelos professores, se possível em conjunto com você e com os outros técnicos da escola.

Para tanto, um conhecimento um pouco mais aprofundado sobre os materiais e equipamentos didáticos atualmente em uso nas nossas escolas é essencial. Veja, no quadro a seguir, a lista de recursos didáticos mais conhecidos no Brasil:

Álbum Seriado
Cartazes
Computador
Desenhos
Diorama
Discos
DVDs
Episcópio
Filmes
Data-show
Flanelógrafo
Fôlderes
Gráficos
Gravador
Gravuras
Televisão
Textos
Transparências
Varal Didático

História em Quadrinhos
Ilustrações
Jornais
Letreiros
Livros
Mapas
Maquetes
Mimeógrafo
Modelos
Mural
Museus
Quadro Magnético
Quadro de Giz
Reália
Retroprojetor
Slides
Revistas
Videocassete
Aparelho de DVD

Esses materiais e equipamentos são mais conhecidos por serem mais universais, ou seja, podem ser utilizados em todos os componentes curriculares e em todas as modalidades do ensino, além de terem um custo relativamente baixo. Alguns deles serão estudados mais detalhadamente.

Há, ainda, materiais específicos para etapas e modalidades de ensino específico, como é o caso dos equipamentos para creches e pré-escolas, para as diferentes idades e matérias dos ensinos Fundamental e Médio, para a educação profissional e para os portadores de necessidades educacionais especiais.

Aqui, você conheceu uma lista de materiais e equipamentos. Com base nas informações nela contidas, realize, na escola em que você trabalha, uma pesquisa sobre os materiais e equipamentos existentes. Relacione-os e verifique se estão identificados na lista daqueles mais populares e aponte a qual grupo de classificação cada um pertence.

Aponte, ainda, quais equipamentos relacionados no quadro — e não existentes na sua escola — você considera de extrema importância para a mediação do ensino-aprendizagem. Justifique sua escolha. Registre em seu memorial.

FREITAS, Olga. Equipamentos e Materiais Didáticos. Brasília: Universidade de Brasília, 2007.

Fonte: Maria Rosângela Mello – CRTE Telêmaco Borea.