Canal Química em Minutos
Indico para que vocês possam acessar e se encantar cada vez mais com a QUÍMICA.
sábado, 13 de fevereiro de 2016
BASE CURRICULAR COMUM: QUÍMICA EM FOCO
DISPONÍVEL EM: https://www.facebook.com/Ensino-de-Qu%C3%ADmica-168613099852007/?fref=ts#
ACESSO: 13/02/2016 as 15:38h

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Além disso, ainda para o segundo ano, há a proposta de valorização dos saberes populares que o Attico Chassot já defendia em seu livro Alfabetização Científica. (Sobre ele, gostaria de fazer um post futuramente… O que vocês acham?) Há, ainda para esta série, as questões relacionadas aos combustíveis fósseis, bem como suas consequências ambientais e políticas.
Lá, você deve se cadastrar.
Após, você pode clicar em “INTERAJA” e verificar naquela coluna lateral o que há na área de Química. Para isso, clique em NAT e faça seguintes seleções. Veja.
Então, clique nesse último “Aplicar filtro“.
Você verá todas as propostas apresentadas pelo documento da Base que
passei o link anteriormente. Caso não tenha lido em PDF, pode fazer a
leitura das propostas aqui.
Verás os anos, as 6 unidades temáticas
como UCQs (Unidade de Conhecimento Químico), assim como na imagem
abaixo, as abordagens e os exemplos discutidos anteriormente, onde
mostrei alguns deles por slides.
Após a leitura, para dar sua sugestão clique em “CONTRIBUA”, como mostrado abaixo.
Selecione uma das séries, clique em ‘Novos objetivos’ e preencha o questionário.
Abaixo sugeri como exemplo aquela aula oxirredução com um problemão que mostrei pra vocês, lembram?
Se quiser, poderá contribuir também com o texto de apresentação disponível no PDF/site.
ACESSO: 13/02/2016 as 15:38h
Você tem ouvido falar da Base Nacional Comum Curricular? Sim? Não?! Então leia este post porque ela vai mudar a forma com que lidamos com as aulas de Química.
A Base é uma cartilha para a renovação e o aprimoramento da educação básica como um todo, que visa deixar claro os conhecimentos essenciais aos quais os estudantes têm o direito em todo território nacional.
De acordo com MEC,
a partir dela os professores continuarão podendo escolher os melhores
caminhos de como ensinar e quais elementos precisam ser somados nesse
processo de aprendizagem e desenvolvimento de seus alunos, respeitando a
diversidade, as particularidades e os contextos onde estão inseridos.
.
Ao que diz respeito à área da Química (pág. 220-234), é apresentado em pouco mais de duas páginas um texto inicial muito interessante que trata da importância do ensino desta ciência para os nossos alunos do Ensino Médio, para que estes desenvolvam sua criticidade podendo reconhecer como a Química influencia suas vidas, a sociedade e o mundo no qual estão inseridos! Recomendo a leitura. Abaixo encontram-se pequenos trechos desse texto mencionado. :D
Ao que diz respeito à área da Química (pág. 220-234), é apresentado em pouco mais de duas páginas um texto inicial muito interessante que trata da importância do ensino desta ciência para os nossos alunos do Ensino Médio, para que estes desenvolvam sua criticidade podendo reconhecer como a Química influencia suas vidas, a sociedade e o mundo no qual estão inseridos! Recomendo a leitura. Abaixo encontram-se pequenos trechos desse texto mencionado. :D
Estudar Química no Ensino Médio ajuda o jovem a tornar-se mais bem informado, mais crítico, a argumentar, posicionando-se em
uma série de debates do mundo contemporâneo. As mudanças climáticas e o
efeito estufa, o uso de feromônios como alternativa aos agrotóxicos no
combate às pragas agrícolas, a necessidade de informações sobre a
presença de transgênicos em rótulos de alimentos e os custos ambientais
das minerações são apenas alguns exemplos de assuntos em que o conhecimento químico é vital para que o/a estudante possa posicionar-se e tomar decisões com consciência.
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O estudo da Química, nessa perspectiva, envolve a participação dos jovens e adultos em processos de investigação de problemas e fenômenos presentes no seu dia-a-dia.
Ao investigar questões relacionadas, por exemplo, ao lixo, à poluição
dos rios e lagos urbanos, à qualidade do ar de sua cidade, os/as
estudantes terão oportunidade de elaborar seus conhecimentos, formulando
respostas que envolvem aspectos sociais, econômicos, políticos, entre outros, exercendo, desse modo, sua cidadania.
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Esse texto de apresentação me faz lembrar daquele livro que
compartilhei com vocês sexta retrasada, Educação em Química – compromisso com a cidadania.
Vocês também acharam? Ao que parece, analisando o histórico do ensino
de Química no nosso país, estamos caminhando para um ensino desta
ciência preocupado com a formação dos cidadãos, sem é claro, deixar de
lado a base química científica.
compartilhei com vocês sexta retrasada, Educação em Química – compromisso com a cidadania.
Vocês também acharam? Ao que parece, analisando o histórico do ensino
de Química no nosso país, estamos caminhando para um ensino desta
ciência preocupado com a formação dos cidadãos, sem é claro, deixar de
lado a base química científica.
Ao analisar o material da Base proposto, que está em fase de consulta pública até março (abaixo explico como mandar sugestões), percebi que as sequências de ensino sugeridas são bem diferentes do que tem sido feito nas aulas de Química do Ensino Médio hoje. Pelo menos o Ensino Médio com o qual tive contato. Deixe-me explicar. ;)

Para a organização do currículo de Química são propostas as 6 unidades de conhecimento listadas
abaixo que remetem aos grandes temas da Química e a algumas práticas de
investigação relevantes para a sociedade brasileira. Para cada unidade
são propostos exemplos com abordagens de conhecimento conceitual; contextualização histórica, social e cultural; processos e práticas de investigação; e linguagens da ciência e da natureza.
1) Materiais, propriedades e usos: estudando materiais no dia-a-dia;
2) Transformações
dos materiais na natureza e no sistema produtivo: como reconhecer
reações químicas, representá-las e interpretá-las;
3) Modelos atômicos e moleculares e suas relações com evidências empíricas e propriedades dos materiais;
4) Energia nas transformações químicas: produzindo, armazenando e transportando energia pelo planeta;
5) A Química de sistemas naturais: qualidade de vida e meio ambiente;
6) Obtenção de materiais e seus impactos ambientais.
De acordo com a proposta:
– O 1º ano do EM trabalha com as unidades 1, 2 e 3.
– O 2º ano do EM aborda as unidades 2, 3 e 4, mas com enfoques diferentes.
– O 3º ano do EM trabalha as unidades 5 e 6.
– O 1º ano do EM trabalha com as unidades 1, 2 e 3.
– O 2º ano do EM aborda as unidades 2, 3 e 4, mas com enfoques diferentes.
– O 3º ano do EM trabalha as unidades 5 e 6.
AMOS VER EXEMPLOS DE AULAS PROPOSTAS PELA BASE?
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> Preparei esses slides com alguns
dos exemplos propostos inicialmente pela Base, que ainda está em fase
de consulta pública. Fiz isso para não ficar muito cansativo ler todos
neste slide.
> Na caixa superior se encontra em qual das 6 unidades temáticas aquela aula se encaixa e qual é a abordagem proposta (conhecimento conceitual
; contextualização histórica, social e cultural
; processos e práticas de investigação
; ou linguagens da ciência e da natureza
). Abaixo desse caixa encontram-se os objetivos e exemplos propostos pelo documento.
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Nesses slides eu trouxe as propostas mais diferentes do que geralmente observamos ser feito nas escolas com o Ensino Médio. Como, por exemplo, ao ser trabalhado com o 1º ano questões relativas à reciclagem, verificação da adulteração de combustíveis, a utilização de tintas desde a pré-história…
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Com o 2º ano, o trabalho com fármacos tão comuns em sua vida cotidiana, porém tão pouco trabalhados na escola; o reconhecimento dos principais componentes dos alimentos e seu papel no organismo, além das causas de obesidade e desnutrição; a leitura e interpretação de textos científicos, bem com a produção de textos sobre temas químicos.
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Com o 2º ano, o trabalho com fármacos tão comuns em sua vida cotidiana, porém tão pouco trabalhados na escola; o reconhecimento dos principais componentes dos alimentos e seu papel no organismo, além das causas de obesidade e desnutrição; a leitura e interpretação de textos científicos, bem com a produção de textos sobre temas químicos.
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Além disso, ainda para o segundo ano, há a proposta de valorização dos saberes populares que o Attico Chassot já defendia em seu livro Alfabetização Científica. (Sobre ele, gostaria de fazer um post futuramente… O que vocês acham?) Há, ainda para esta série, as questões relacionadas aos combustíveis fósseis, bem como suas consequências ambientais e políticas.
Quanto ao 3º ano, este não será mais exclusivamente de Química Orgânica,
pois trabalhará questões como parâmetros de qualidade de água, ar e
solos. Outra proposta é, inclusive, o estudo dos transgênicos, tão
presentes no cotidiano mas pouco estudados na escola. Assim, com a
abordagem de linguagens, os alunos produzirão materiais voltados à
comunidade para conscientização. Dessa maneira, há o envolvimento da
escola com a sociedade na qual está inserida.
É claro que o que será estudado não se
resume apenas ao que eu vos apresentei. Como havia dito, o que trouxe
são propostas que diferem um pouco do que estamos acostumados a ver no
ensino de Química hoje.
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Por isso, recomendo fortemente que leiam a seção de Química (e as demais também, se puderem) da Base Nacional Comum Curricular. Você pode lê-la clicando aqui, nas páginas 220-234! OOOU você pode ler online, bem mais prático, indo diretamente no site. Veja logo abaixo aqueles passo-a-passos.

Por isso, recomendo fortemente que leiam a seção de Química (e as demais também, se puderem) da Base Nacional Comum Curricular. Você pode lê-la clicando aqui, nas páginas 220-234! OOOU você pode ler online, bem mais prático, indo diretamente no site. Veja logo abaixo aqueles passo-a-passos.
Como está em fase de consulta pública, o MEC precisa da nossa opinião sobre ela!
É bem simples e rápido. Como foi dito no vídeo, é através do Portal Base Nacional Comum que vocês podem deixar as contribuições. Para acessá-lo, clique aqui.

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Mas vamos ao passo-a-passo, caso se sinta perdido(a) :D







Assim, vocês poderão contribuir com todas as áreas que desejarem, pois o procedimento é o mesmo.

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Como na frase apresentada pelo MEC, “Os leitores críticos são convidados a indicar possíveis falhas, alterações necessárias, aprimoramentos desejáveis“. Contribua você também. <3

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Segundo o MEC, mais de 9 milhões de contribuições já foram realizadas! :D
Segundo o MEC, mais de 9 milhões de contribuições já foram realizadas! :D

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Quer contribuir? Então atenção! Você só tem até o dia 15 de março desse ano!

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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016
CURRICULO: caminhos da flexibilidade
DISPONÍVEL: http://revistaeducacao.uol.com.br/textos/166/artigo233491-1.asp
ACESSO: 11/02/20160 as 20:08h
Miguel Zabalza, professor da Faculdade de Ciências da Educação da Universidade de Santiago de Compostela, é hoje um dos autores espanhóis influentes na educação brasileira. Também doutor em psicologia pela Universidade Complutense de Madri, Zabalza tem dedicado grande parte de seus estudos à questão do currículo escolar. Com reflexões relevantes sobre diversas etapas da educação, algumas delas materializadas em livros publicados no Brasil - como é o caso de O ensino universitário e seus cenários (2003), Diários de aula (2004) e Qualidade em educação infantil (1998), todos lançados pela Artmed, os dois últimos esgotados -, Zabalza acredita que, face a demandas multivariadas, caminhamos na direção de um currículo mais flexível, de modo a atender mais ao interesse de sujeitos diversos. Leia, a seguir, a entrevista concedida via e-mail ao repórter P aulo de Camargo.
Dentro das preocupações principais da educação contemporânea, que lugar ocupa a discussão sobre o tema do currículo?
Sem dúvida, é um dos temas centrais. A escolha dos conteúdos culturais está se mostrando chave na abordagem das questões educacionais relativas à multiculturalidade, à língua, às culturas indígenas, à incorporação das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) como conteúdo de aprendizagem, à aparição das aprendizagens transversais etc. Isso inclui os debates mais recentes sobre os modelos formativos, como no caso da educação por competências. Os debates sobre currículos referem-se também a questões que afetam a própria liberdade dos indivíduos com respeito à sua formação contra a imposição dos governos de um currículo rígido que todos têm de cursar. Vamos, hoje, no sentido de um currículo flexível, que respeite a diversidade de capacidades e interesses dos sujeitos e responda mais às suas demandas.
Quais são os fatores que exercem maior poder de pressão na definição dos currículos? A avaliação está entre eles?
Sim, o ditado "diz-me como avalias e te direi como ensinas" segue sendo válido. Com muita frequência, confundimos as avaliações com o currículo, ou, para dizer de outra maneira, outorgamos tanta importância às avaliações que acabam se apropriando do currículo, modificando-o, acomodando-o ao objetivo da avaliação. É, portanto, verdade que o vestibular brasileiro, ou o selectividad da Espanha pervertem o currículo do ensino médio. Do mesmo modo, os exames posteriores para as carreiras universitárias pervertem o sentido formativo destas. Ao final, os cursos se convertem em dispositivos para superar as provas, contaminam-se de sua ideia de aprendizagem, quase sempre de forma a enfatizar as operações de memorização e um conhecimento enciclopédico. Para os professores que atendem cursos anteriores a esses exames, a questão se torna um dilema profissional básico: devem ensinar para que seus alunos se formem ou devem ensiná-los para que superem o exame?
Como deve ser então uma proposta curricular preocupada com a formação?
Deve ser um projeto para durar vários anos, deve ser progressiva e abarcar todas as dimensões dos sujeitos: seus conhecimentos, suas habilidades para o estudo e para a vida, suas atitudes, seus comportamentos. É evidente que esse enfoque é muito mais amplo e poliédrico do que apenas superar um exame. Por isso, falar de currículo tem importantes implicações para a vida escolar: significa trabalhar em equipe (os docentes), pois ninguém pode desenvolver um projeto dessa natureza por si só; significa enfrentar as disciplinas, mas também as outras dimensões do desenvolvimento pessoal e social dos estudantes (sobretudo na escola secundária, onde estão se elaborando os projetos de vida); significa oferecer aos alunos elementos que enriqueçam esses projetos de formação e os aproximem da cultura local, que os habilitem a uma vida intelectual, social, de lazer e, inclusive, espiritual adequada a nossos tempos e à sociedade na qual vamos inserir cidadãos competentes. Significa orientar o trabalho educativo para uma aprendizagem a mais personalizada possível, de forma que os estudantes assumam responsabilidade na sua própria formação e se preparem para continuar seu processo de formação ao longo da vida.
Quem decide o que é ou não é relevante que os alunos aprendam? Como é essa discussão hoje no âmbito da Comunidade Europeia?
Pouco a pouco se vai consolidando a ideia de que essa é uma atribuição das federações ou dos estados autônomos que têm competência sobre isso. Nos modelos curriculares centralizados, de origem napoleônica, esta foi sempre uma verdade incontestável. O mesmo ocorre nos antigos países comunistas. Nos países anglo-saxões, com modelos curriculares descentralizados, essa era uma competência que se atribuía aos professores e professoras das escolas. Cada escola possuía sua própria proposta curricular. Mas mesmo em países como a Inglaterra, onde era essa a tônica geral, o modelo desapareceu porque se geravam muitas diferenças entre umas escolas e outras.
Isso é feito por medidas legais obrigatórias?
Hoje em dia se generalizou a ideia de que os conteúdos básicos do ensino são decididos pelo Estado, mediante leis de cumprimento obrigatório. As escolas e mesmo os governos regionais devem obedecer a essas leis. Bom exemplo disso é o que sucedeu nestes anos na Espanha, com a disciplina de educação para a cidadania, estabelecida por lei e contra a qual se opunham os partidos de direita e a própria igreja católica, porque diziam que a educação entrava em valores da vida social (por exemplo, explicava-se o matrimônio entre homossexuais, igualdade de gênero etc.) e isso colidia com valores familiares. A situação mais geral hoje em dia é que o Estado nacional define os conteúdos básicos do ensino que depois são completados e adaptados a cada situação pelos professores. Desta maneira, ambos, governo e escola, se convertem em agentes curriculares. Mais complicado é o papel das famílias, a quem se dá pouca chance de seleção dos conteúdos, salvo os mais sensíveis aos valores pessoais. Por exemplo, os pais podem escolher se seus filhos vão ou não às aulas de religião.
ACESSO: 11/02/20160 as 20:08h
Miguel Zabalza, professor da Faculdade de Ciências da Educação da Universidade de Santiago de Compostela, é hoje um dos autores espanhóis influentes na educação brasileira. Também doutor em psicologia pela Universidade Complutense de Madri, Zabalza tem dedicado grande parte de seus estudos à questão do currículo escolar. Com reflexões relevantes sobre diversas etapas da educação, algumas delas materializadas em livros publicados no Brasil - como é o caso de O ensino universitário e seus cenários (2003), Diários de aula (2004) e Qualidade em educação infantil (1998), todos lançados pela Artmed, os dois últimos esgotados -, Zabalza acredita que, face a demandas multivariadas, caminhamos na direção de um currículo mais flexível, de modo a atender mais ao interesse de sujeitos diversos. Leia, a seguir, a entrevista concedida via e-mail ao repórter P aulo de Camargo.
Dentro das preocupações principais da educação contemporânea, que lugar ocupa a discussão sobre o tema do currículo?
Sem dúvida, é um dos temas centrais. A escolha dos conteúdos culturais está se mostrando chave na abordagem das questões educacionais relativas à multiculturalidade, à língua, às culturas indígenas, à incorporação das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) como conteúdo de aprendizagem, à aparição das aprendizagens transversais etc. Isso inclui os debates mais recentes sobre os modelos formativos, como no caso da educação por competências. Os debates sobre currículos referem-se também a questões que afetam a própria liberdade dos indivíduos com respeito à sua formação contra a imposição dos governos de um currículo rígido que todos têm de cursar. Vamos, hoje, no sentido de um currículo flexível, que respeite a diversidade de capacidades e interesses dos sujeitos e responda mais às suas demandas.
Quais são os fatores que exercem maior poder de pressão na definição dos currículos? A avaliação está entre eles?
Sim, o ditado "diz-me como avalias e te direi como ensinas" segue sendo válido. Com muita frequência, confundimos as avaliações com o currículo, ou, para dizer de outra maneira, outorgamos tanta importância às avaliações que acabam se apropriando do currículo, modificando-o, acomodando-o ao objetivo da avaliação. É, portanto, verdade que o vestibular brasileiro, ou o selectividad da Espanha pervertem o currículo do ensino médio. Do mesmo modo, os exames posteriores para as carreiras universitárias pervertem o sentido formativo destas. Ao final, os cursos se convertem em dispositivos para superar as provas, contaminam-se de sua ideia de aprendizagem, quase sempre de forma a enfatizar as operações de memorização e um conhecimento enciclopédico. Para os professores que atendem cursos anteriores a esses exames, a questão se torna um dilema profissional básico: devem ensinar para que seus alunos se formem ou devem ensiná-los para que superem o exame?
Como deve ser então uma proposta curricular preocupada com a formação?
Deve ser um projeto para durar vários anos, deve ser progressiva e abarcar todas as dimensões dos sujeitos: seus conhecimentos, suas habilidades para o estudo e para a vida, suas atitudes, seus comportamentos. É evidente que esse enfoque é muito mais amplo e poliédrico do que apenas superar um exame. Por isso, falar de currículo tem importantes implicações para a vida escolar: significa trabalhar em equipe (os docentes), pois ninguém pode desenvolver um projeto dessa natureza por si só; significa enfrentar as disciplinas, mas também as outras dimensões do desenvolvimento pessoal e social dos estudantes (sobretudo na escola secundária, onde estão se elaborando os projetos de vida); significa oferecer aos alunos elementos que enriqueçam esses projetos de formação e os aproximem da cultura local, que os habilitem a uma vida intelectual, social, de lazer e, inclusive, espiritual adequada a nossos tempos e à sociedade na qual vamos inserir cidadãos competentes. Significa orientar o trabalho educativo para uma aprendizagem a mais personalizada possível, de forma que os estudantes assumam responsabilidade na sua própria formação e se preparem para continuar seu processo de formação ao longo da vida.
Quem decide o que é ou não é relevante que os alunos aprendam? Como é essa discussão hoje no âmbito da Comunidade Europeia?
Pouco a pouco se vai consolidando a ideia de que essa é uma atribuição das federações ou dos estados autônomos que têm competência sobre isso. Nos modelos curriculares centralizados, de origem napoleônica, esta foi sempre uma verdade incontestável. O mesmo ocorre nos antigos países comunistas. Nos países anglo-saxões, com modelos curriculares descentralizados, essa era uma competência que se atribuía aos professores e professoras das escolas. Cada escola possuía sua própria proposta curricular. Mas mesmo em países como a Inglaterra, onde era essa a tônica geral, o modelo desapareceu porque se geravam muitas diferenças entre umas escolas e outras.
Isso é feito por medidas legais obrigatórias?
Hoje em dia se generalizou a ideia de que os conteúdos básicos do ensino são decididos pelo Estado, mediante leis de cumprimento obrigatório. As escolas e mesmo os governos regionais devem obedecer a essas leis. Bom exemplo disso é o que sucedeu nestes anos na Espanha, com a disciplina de educação para a cidadania, estabelecida por lei e contra a qual se opunham os partidos de direita e a própria igreja católica, porque diziam que a educação entrava em valores da vida social (por exemplo, explicava-se o matrimônio entre homossexuais, igualdade de gênero etc.) e isso colidia com valores familiares. A situação mais geral hoje em dia é que o Estado nacional define os conteúdos básicos do ensino que depois são completados e adaptados a cada situação pelos professores. Desta maneira, ambos, governo e escola, se convertem em agentes curriculares. Mais complicado é o papel das famílias, a quem se dá pouca chance de seleção dos conteúdos, salvo os mais sensíveis aos valores pessoais. Por exemplo, os pais podem escolher se seus filhos vão ou não às aulas de religião.
quinta-feira, 10 de dezembro de 2015
ARTIGO, ARTIGO, ARTIGO.....E MAIS ARTIGO.
DISPONÍVEL: http://revistapesquisa.fapesp.br/2015/11/17/muito-artigo-pouco-risco/
ACESSO: 10/12/2015 as 11h:43min
A pressão para publicar artigos científicos continuamente pode
desencorajar cientistas a buscar avanços no conhecimento inovadores, de
acordo com um estudo liderado pelo sociólogo Jacob Foster, professor da
Universidade da Califórnia, Los Angeles. Foster e seus colaboradores
montaram um banco de dados com mais de 6,4 milhões de artigos
científicos das áreas de química e biomedicina publicados entre 1934 e
2008. Primeiro, analisaram se esses papers tratavam de tópicos de
pesquisa já consagrados ou se propunham conexões originais. Depois,
relacionaram as publicações a recompensas como citações em outros
artigos e viram se seus autores foram reconhecidos com premiações
acadêmicas. Constataram que 60% dos artigos não criavam novas conexões,
sinal de que trouxeram pouca inovação. Com base na sua análise das
recompensas, o grupo notou que pesquisadores que apenas responderam a
perguntas já estabelecidas foram mais felizes em ver seus resultados
publicados, requisito para progressão na carreira. Já os pesquisadores
que fizeram perguntas originais e tentaram forjar novos elos na produção
de conhecimento tiveram dificuldade em publicar um grande volume de
artigos. Mas, quando conseguiram, foram mais recompensados com citações.
Os autores sugerem que as universidades devem incentivar seus
pesquisadores a assumir mais riscos, dissociando a segurança do emprego
dos indicadores de produtividade. Eles observam que uma abordagem
semelhante foi muito bem-sucedida em meados do século XX nos Bell Labs,
onde cientistas podiam trabalhar em um projeto por vários anos sem
sofrerem avaliação.
ALFABETIZANDO DE VERDADE!
DISPONÍVEL: http://revistapesquisa.fapesp.br/2015/11/17/alfabetizacao-para-valer/
ACESSO: 10/12/2015 as 11h:22min
Os números são oficiais. Segundo os resultados da Avaliação Nacional
de Alfabetização (ANA) 2014, anunciados em setembro pelo Ministério da
Educação (MEC), uma em cada cinco crianças do 3º ano do ensino
fundamental das escolas públicas só tem capacidade de ler palavras
isoladas e 56,7% só conseguem localizar uma informação explícita em um
texto longo se ela estiver na primeira linha.
O 3º ano – no qual se encerra o primeiro ciclo do ensino fundamental –
deveria ser aquele em que se completa a alfabetização. Como a meta
frequentemente não corresponde à realidade, foi criado em 2012 o Pacto
Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic), um compromisso dos
governos federal, estaduais e municipais para tentar alcançá-la. Dois
anos antes, também com o intuito de melhorar essas estatísticas,
tornou-se obrigatório o ensino fundamental de nove anos, que acrescentou
uma série ao início do processo de alfabetização.
“Criam-se novas políticas, mas não se prevê como vão funcionar”,
critica Claudemir Belintane, professor da Faculdade de Educação da
Universidade de São Paulo (USP). Embora os números de inclusão
educacional tenham atingido quase a totalidade da população em idade
escolar, as deficiências do ensino não permitem comemorações. “Não temos
mais uma escola excludente, mas alunos que ficam excluídos dentro da
própria sala de aula”, prossegue Belintane. Segundo ele, um só professor
em sala de aula quase nunca dá conta da alfabetização de todos os
alunos, que chegam à escola com diferentes graus de capacitação para ler
e escrever. “Assim, acham um padrão mediano, apoiando os alunos que já
têm condições de aprender e deixando de lado os que não têm”, afirma
Belintane. No entanto, as diferenças são naturais em qualquer grupo de
alunos. “É preciso entender que a heterogeneidade não traz
necessariamente alunos problemáticos, mas modos diferentes de entrar no
código escrito a partir da cultura de cada um”, diz o pesquisador.
Entre 2011 e 2014, Belintane esteve à frente do projeto “O desafio de
ensinar a leitura e a escrita no contexto do ensino fundamental de nove
anos”, com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior (Capes). O objetivo do trabalho foi construir uma proposta de
alfabetização e leitura para o primeiro ciclo. O projeto se desenvolveu
nas Escolas de Aplicação da USP e da Universidade Federal do Pará (UFPA)
e numa escola pública em Pau dos Ferros, esta sob responsabilidade de
pesquisadores da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN).
Ao todo, 326 crianças foram envolvidas no estudo, do qual participaram
alunos de graduação e pós-graduação das três instituições e os próprios
professores das escolas receberam bolsas para atuar na pesquisa.
Uma avaliação realizada pelos pesquisadores – de 12 a 15 em cada
escola – constatou a alfabetização de mais de 90% dos alunos, além de
“um nível alto de leitura e produção textual”. Os bons resultados foram
confirmados pela ANA da escola da USP. Antes do projeto, as notas dessas
escolas pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) do MEC
eram bem diversas: 7,3 para a paulista, 5,8 para a paraense e 4,9 para a
potiguar. O Ideb ainda não fez uma avaliação posterior.
A prática foi simultaneamente de verificação e intervenção, com um
escopo ambicioso, que incluiu diagnósticos e avaliações contínuas dos
alunos, investigação da formação dos professores e elaboração de uma
política de articulação entre as séries e entre os ciclos. “Enquanto nós
pesquisávamos, também melhorávamos o ensino de um ano para o outro”,
conta Belintane. O primeiro ano, 2011, foi de implantação e organização
na 1ª série, enfrentando certa resistência e o período de adaptação dos
professores. O pesquisador percebeu, da parte dos professores em geral,
boa disposição para receber “uma intervenção muito grande” em suas
rotinas de sala de aula. “O ensino fundamental de nove anos estava
começando a ser implantado e ninguém sabia muito bem o que fazer”, diz.
“Isso nos deu argumento para propor mudanças no programa do ciclo.”
© LÉO RAMOS

Brincadeira de senha, com recombinação de sílabas, antes de entrar na sala de aula…
Contar histórias
A intervenção deu ênfase à oralidade como elemento introdutório para a alfabetização e ao uso de diversos suportes para ensinar leitura e escrita, inclusive os eletrônicos. A importância da oralidade vem sendo pesquisada e defendida por Belintane, que escreveu o livro Oralidade e alfabetização – Uma nova abordagem da alfabetização e do letramento (Cortez Editora, 2014) baseado em parte em uma pesquisa anterior, feita com apoio da FAPESP em uma escola estadual da zona oeste da cidade de São Paulo. Um novo livro sobre o assunto está programado para 2016, agora com base no banco de dados e nas observações resultantes da pesquisa mais recente. Além de artigos em revistas, o projeto Desafios, como ficou conhecido entre os participantes, originou até agora quatro teses de doutorado e seis dissertações de mestrado, além de um filme documentário em fase de edição.
A intervenção deu ênfase à oralidade como elemento introdutório para a alfabetização e ao uso de diversos suportes para ensinar leitura e escrita, inclusive os eletrônicos. A importância da oralidade vem sendo pesquisada e defendida por Belintane, que escreveu o livro Oralidade e alfabetização – Uma nova abordagem da alfabetização e do letramento (Cortez Editora, 2014) baseado em parte em uma pesquisa anterior, feita com apoio da FAPESP em uma escola estadual da zona oeste da cidade de São Paulo. Um novo livro sobre o assunto está programado para 2016, agora com base no banco de dados e nas observações resultantes da pesquisa mais recente. Além de artigos em revistas, o projeto Desafios, como ficou conhecido entre os participantes, originou até agora quatro teses de doutorado e seis dissertações de mestrado, além de um filme documentário em fase de edição.
As estratégias de uso da oralidade englobaram contação de histórias e
jogos como adivinhas, trava-línguas e parlendas. Essas práticas,
originadas da tradição popular, fazem parte de uma espécie de memória
coletiva, mas costumam passar ao largo das salas de aula. “Para os
professores que não estão habituados a usá-las, eu peço que puxem pela
memória da própria infância”, conta Belintane. De início, mesmo a
contação de histórias deve, no entender do educador, ser feita pelo
professor sem um suporte escrito.
“Uma das constatações que eu trouxe de projetos anteriores é que o
Brasil é um país oral”, diz Belintane. “Os alunos respondem bem quando
trazemos as atividades por via da música, da rima, da métrica ou da
contação de histórias, textos que são trazidos na memória. Não se trata
de conversa cotidiana, que é fragmentária.” Mesmo as crianças que têm
pouca afeição à escola e dão vazão à agitação física na sala de aula
costumam gostar de ouvir histórias e respondem a elas com um sossego do
corpo. Envolver o grupo num círculo de contação de histórias é também um
modo de integrar as crianças que tendem a se isolar.
A ideia de trabalhar com esse tipo de material responde à formação de
uma matriz textual que será necessária na escrita e na leitura, por
corresponder a narrativas. “Se o aluno não tem narrativas na memória,
ele se alfabetiza precariamente”, afirma Belintane. Aos poucos, o
professor vai misturando contação e leitura em voz alta, ou então, numa
fase mais adiantada, narra a história oralmente até o clímax e entrega a
solução da trama por escrito – os que têm dificuldades leem junto com
um colega. “O aluno tem que ler textos de grande extensão”, diz
Belintane. “As avaliações do governo muitas vezes propõem o texto de uma
propaganda, uma tirinha em quadrinhos ou um texto curto. Isso melhora
as estatísticas, mas o aluno que lê de forma lenta ainda não é um
leitor. Diante de um texto grande ele se perde.”
Belintane é crítico da crença da escola construtivista de que as
crianças devem ser expostas a diversos tipos de texto. Segundo ele, nos
anos iniciais da escolarização a imaginação das crianças deve ser
acionada e satisfeita. Belintane concorda com o filósofo espanhol José
Ortega y Gasset (1883-1955) quando, ao criticar o pragmatismo na
educação, disse que as crianças devem ler coisas “inúteis” – isto é, não
necessariamente relacionadas à realidade imediata com que convivem. É
uma postura diferente da defendida pela educadora Magda Becker Soares,
professora emérita da Faculdade de Educação da Universidade Federal de
Minas Gerais (UFMG) e pesquisadora do Centro de Alfabetização, Leitura e
Escrita da instituição (Ceale). Para ela, os alunos precisam desde o
início serem expostos à função social da escrita. “As crianças se
alfabetizam para ler textos que circulam no contexto social e para
escrever em eventos em que a escrita é necessária”, diz Magda. “A
alfabetização deve basear-se em textos produzidos em situações reais,
visando a leitores reais.”
© LÉO RAMOS

… palavras a serem decifradas pelas crianças na lousa
Singularidades
Belintane vem observando há tempos o interesse das crianças por mitos e costuma recorrer a antologias de contos populares, de matriz indígena, africana ou europeia, como os compilados por Luís da Câmara Cascudo (1898-1986). “As crianças que entram na nova primeira série têm apenas 6 anos de idade, mas muitos professores trabalham praticamente apenas com giz, lousa e elementos de alfabetização, sem estimular sua imaginação”, diz Belintane. Ele recomenda que os professores dispensem livros didáticos (sobretudo as cartilhas) e produzam ou procurem materiais contextualizados em relação aos diagnósticos sobre os alunos da classe, usando simultaneamente aqueles que têm suporte em papel e ferramentas contemporâneas, de filmes a tablets e jogos de computador.
Belintane vem observando há tempos o interesse das crianças por mitos e costuma recorrer a antologias de contos populares, de matriz indígena, africana ou europeia, como os compilados por Luís da Câmara Cascudo (1898-1986). “As crianças que entram na nova primeira série têm apenas 6 anos de idade, mas muitos professores trabalham praticamente apenas com giz, lousa e elementos de alfabetização, sem estimular sua imaginação”, diz Belintane. Ele recomenda que os professores dispensem livros didáticos (sobretudo as cartilhas) e produzam ou procurem materiais contextualizados em relação aos diagnósticos sobre os alunos da classe, usando simultaneamente aqueles que têm suporte em papel e ferramentas contemporâneas, de filmes a tablets e jogos de computador.
Para os envolvidos no projeto coordenado por Belintane, esse esquema
tradicional, centrado no chamado professor regente (aquele que comanda e
se responsabiliza pelas atividades principais da sala de aula), não
consegue manejar a diversidade e as demandas múltiplas da classe. Na
Escola de Aplicação da USP, a professora Natalia Bortolaci – que se
baseou na experiência como bolsista do projeto para fazer sua
dissertação de mestrado em pedagogia, uma proposta de currículo para a
nova 1ª série do ensino fundamental – participou e acompanhou de perto a
elaboração de procedimentos para cada criança da classe. Durante o
projeto, pela presença de mais professores do que os contratados pela
escola, as classes puderam ser reduzidas de 30 para 20 alunos, o que já
facilita uma atenção personalizada. Em cada sala havia dois professores,
um deles para “questões singularizadas”. “Isso deu a possibilidade de
observação e intervenção mais pertinentes no caso dos alunos com maior
resistência a aprender ou que chegam com menos cultura escolar”, conta
Natalia.
O projeto Desafios promoveu diagnósticos com quatro níveis de domínio
de leitura e escrita e classificou as crianças. Segundo Natalia, isso
permitiu que todos os alunos pudessem ser desafiados a aprender mais,
mesmo os que chegam com domínio da leitura e da escrita. Foram
promovidas atividades simultâneas sobre um mesmo tema, mas com graus
diferentes de dificuldade. E, uma vez por semana, o “professor de ciclo”
convidou os que têm mais dificuldade para atividades fora da sala de
aula, com trabalhos a partir da oralidade. Em outros momentos as
atividades misturaram os grupos, com a ideia de que os que sabiam mais
ajudassem os que sabiam menos. Na Escola de Aplicação da UFPA as
experiências foram além, com grupos que reuniram alunos de diferentes
séries. O trabalho com quatro perfis de estudantes continuou na
instituição mesmo depois do fim do projeto. A ideia de separar alunos
por graus de habilidades é vista com cautela por muitos educadores.
“Fazer separações traz para dentro da escola os preconceitos que a
sociedade dissemina sobre os mais fracos socialmente”, diz Leda Tfouni,
professora da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão
Preto da USP.
No trabalho de diagnóstico para a 1ª série, os professores do projeto
Desafios elaboraram no início do ano portfólios por aluno, que reúnem
registros de atividades realizadas na pré-escola e, quando possível,
informações obtidas com os pais. Trabalhos semelhantes são realizados
dentro do conceito de “dobradiças” entre as séries e ciclos: no fim e no
início do ano alunos das duas séries seguidas se encontram e conversam.
O trabalho de conhecimento e diálogo com o aluno é constante. Belintane
adotou os conceitos de “escuta” e “transferência” da psicanálise para
trabalhar com os alunos em atividades relacionadas à alfabetização.
Jogos e exercícios são utilizados para tomar um contato mais profundo
com as crianças. “O aluno com dificuldades é muito sensível e é difícil
lidar objetivamente com ele; mas é possível ter alguém dentro da classe
para cuidar disso, sem ter de recorrer a um psicopedagogo externo ao
ambiente escolar”, diz Belintane.
© LÉO RAMOS

Participação nas aulas e aprendizado da escrita: atenção à singularidade e à imaginação dos alunos
Formação
A escuta a esse aluno empresta a ideia de “atenção flutuante” de Sigmund Freud (1856-1939), segundo a qual é nos detalhes aparentemente sem importância da fala que uma pessoa se revela mais profundamente. Espera-se com isso encontrar o “ponto de giro”, a partir do qual o aluno sai do papel de suposta incapacidade de aprender. Um exemplo de transferência é o de um aluno muito resistente ao aprendizado e com uma história pessoal de abandono que, por meio de atividades de contação de histórias promovidas por uma das pesquisadoras do projeto Desafios, identificou-se com o personagem Pequeno Polegar (um andarilho solitário), e esse foi seu ponto de giro.
A escuta a esse aluno empresta a ideia de “atenção flutuante” de Sigmund Freud (1856-1939), segundo a qual é nos detalhes aparentemente sem importância da fala que uma pessoa se revela mais profundamente. Espera-se com isso encontrar o “ponto de giro”, a partir do qual o aluno sai do papel de suposta incapacidade de aprender. Um exemplo de transferência é o de um aluno muito resistente ao aprendizado e com uma história pessoal de abandono que, por meio de atividades de contação de histórias promovidas por uma das pesquisadoras do projeto Desafios, identificou-se com o personagem Pequeno Polegar (um andarilho solitário), e esse foi seu ponto de giro.
Desafiando a prática das teorias construtivista e sociointeracionista
– que pregam a exposição do aluno, desde o início do processo de
alfabetização, a textos completos de diversos gêneros –, Belintane
acredita na utilização dos elementos constitutivos das palavras –
sílabas e letras – em combinações e recombinações. Na Escola de
Aplicação da USP, o professor, na entrada da sala de aula, brinca de
“senha” com os alunos. Cada um pega, sem ver, um cartão com duas
palavras (por exemplo: chuchu e vagem) e busca formar outra com uma
sílaba de cada (chuva). Em outra atividade, uma lista na lousa mostra
palavras estranhas que os alunos, acrescentando e tirando letras,
transformam em termos conhecidos.
As deficiências do ensino da alfabetização percebidas durante o
projeto Desafios e nas pesquisas anteriores de Belintane levaram,
inevitavelmente, a uma avaliação da formação do professor. Para ele,
quem alfabetiza precisa ser um “professor leitor”. “A formação dos
professores precisa sair do envolvimento mais ideológico, marcado pela
adesão a correntes, e debruçar-se mais sobre as demandas reais do ensino
brasileiro, sobretudo as da própria escola em que se dá aula”, diz
Belintane. “Falta conhecimento das técnicas de alfabetização e dos
recursos necessários ao domínio do alfabeto.” Leda Tfouni concorda: “De
que adianta um professor com a cabeça cheia de teorias famosas, sem
saber direito o que fazer com isso?”. Belintane acredita que o projeto
Desafios possibilitou que o ensino nos cursos de Pedagogia integrantes
fosse repensado e melhorado nas três universidades envolvidas.
quarta-feira, 4 de novembro de 2015
"DE IDEIA EM IDEIA A EDUCAÇÃO SE ALIMENTA"
DISPONÍVEL: http://cienciahoje.uol.com.br/alo-professor/intervalo/2015/01/boas-ideias
ACESSO: 04/11/2015 as 17:01h
O texto dos alunos de Sapucaia do Sul também foi enviado para nós, do Instituto Ciência Hoje, para que soubéssemos e compartilhássemos com nossos leitores não apenas as informações nele contidas, mas também a ideia de que há esperança para o ensino de ciências e para a divulgação científica em nosso país, porque também entre nós, há boas iniciativas sendo desenvolvidas.
Vera Rita da Costa
Ciência Hoje/ SP
ACESSO: 04/11/2015 as 17:01h
Bióloga compartilha com os leitores iniciativas e opiniões
que podem ajudar professores a refletir sobre o ensino formal e tornar
mais prazerosa a educação em ciências.
Por: Vera Rita da Costa
Publicado em 16/01/2015
|
Atualizado em 16/01/2015
(foto: Martin Rotovnik/ Freeimages)
Assim como avisa o ditado popular que ‘de grão em grão, a
galinha enche o papo’, podemos considerar também que ‘de ideia em ideia,
a educação se alimenta’. Divulgar e discutir ideias e
iniciativas que ajudem a ampliar e tornar mais prazeroso e eficiente o
ensino de ciências em nosso país é um de nossos objetivos.Não são ideias que vão, de maneira
isolada, transformar e resolver a questão da educação científica no
Brasil, mas elas têm o potencial de fazer os professores de ciências
refletir e se entusiasmar no empreendimento de novas propostas. A primeira das dicas é a leitura da entrevista
que a escritora Marina Colassanti deu à Folhinha (a seção para crianças do jornal Folha de S. Paulo), publicada logo na primeira semana do ano e que se encontra na íntegra aqui.É uma entrevista curta e simples, mas muito significativa. Nela, a
escritora, que acaba de ganhar seu sétimo prêmio Jabuti com a obra Breve história de um pequeno amor
(FTD, 2013), discute a importância da literatura infantil, assim como a
falta de reconhecimento e cuidado para com esse gênero literário em
nosso país.O interessante na entrevista de Marina Colassanti para quem é
professor de ciências não está, no entanto, apenas nesses temas. Na
realidade, está subentendido ou expresso em questões transversais a
essas e que interligam de forma sutil a literatura e o ensino formal.Um exemplo? A ideia de que tudo o que está voltado para crianças e
jovens tem que ser educativo ou, nas palavras da própria escritora, “ter
um pé amarrado na educação” e “carregar conhecimentos”. Outro? A ideia
de que aquilo que é voltado para o público infantil e jovem em nosso
país tem que ser simplificado.“No Brasil, a literatura chega às crianças quase que exclusivamente
através da escola. Num país onde quem compra o livro é o governo e os
professores não costumam ler, escolhem-se obras educativas e o mais
simplificadas possível”, diz a certo momento Marina Colassanti. Para quem está de alguma forma envolvido com a educação, o conteúdo
da entrevista de Marina Colassanti dá realmente o que pensar. E, mais
especificamente para quem ensina ciências, também fornece elementos para
questionar e refletir.
Envenenamento do ensino?
Uma questão imediata que surge a partir da leitura da entrevista é,
por exemplo, se aquilo a que Colassanti se refere como o que “envenena a
literatura” não estaria também envenenando o ensino de ciências e a
educação de modo geral. Em outras palavras, como aponta a escritora para a literatura
infantil e juvenil, é de se perguntar se não estamos – também em outras
áreas – subestimando a inteligência de crianças e jovens, simplificando,
banalizando ou priorizando conteúdos que os adultos acreditam ser
interessantes e importantes para eles, mas de fato não o são. A segunda dica é uma
interessante palestra intitulada ‘A ciência é para todos, inclusive para
crianças’, que se encontra entre aquelas disponibilizadas pela Fundação
TED (Technology, Entertainment, Design), e que foi proferida em conjunto por Beau Lotto e Amy O'Toole. Beau Lotto é um conhecido neurocientista, coordenador do Estúdio
Lottolab, um espaço de pesquisas sobre a percepção, instalado no Museu
de Ciências de Londres (Science Museum). Amy O´Toole, por sua vez, é ‘apenas’ uma estudante de ciências que, na época da palestra em questão (2012), tinha 12 anos. Repare que no parágrafo anterior colocamos a palavra apenas entre
aspas, porque talvez ela não seja a mais adequada para apresentar Amy
O´Toole. Afinal, ela não é simplesmente uma estudante, como o senso
comum poderia nos fazer pensar. Ela é uma das 25 crianças, entre oito e
10 anos de idade, que Beau Lotto orientou em 2010 em projeto sobre
percepção das abelhas, e que se tornaram os mais ‘jovens cientistas’ a
darem uma contribuição original em uma área científica e a publicarem
seus resultados em uma revista reconhecida pela comunidade científica.
VER VÍDEO EM PUBLICAÇÃO ANTERIOR.
VER VÍDEO EM PUBLICAÇÃO ANTERIOR.
O projeto de pesquisa do qual participou Amy O'Toole foi realizado em uma escola primária pública do Reino Unido (Blackawton Primary School), sob a orientação do Estúdio Lottolab. Chamava-se originalmente Projeto Abelhas de Blackawton e progrediu percorrendo as etapas básicas que praticamente toda pesquisa científica segue. Em linhas gerais, como explica Beau Lotto em sua apresentação na TED,
as crianças propuseram perguntas sobre o comportamento das abelhas que
lhes eram de interesse, selecionaram aquelas que julgaram as melhores,
fizeram observações, coletaram, organizaram e analisaram dados e
chegaram a conclusões que foram submetidas à apreciação da comunidade
científica por meio de um artigo escrito por elas e apresentado a uma
revista reconhecida na área.
Contribuição original
A maior dificuldade encontrada, como relata Beau Lotto, não esteve em
nenhum momento com as crianças ou seu trabalho de pesquisa que durou
cerca de quatro meses. Esteve apenas em convencer as pessoas que, de
fato, mesmo crianças são capazes de gerar conhecimento científico
original – processo que levou quase dois anos para acontecer e que
atrasou, inclusive, a divulgação dos resultados obtidos pelas crianças. Os próprios professores envolvidos com o projeto, por exemplo, não
acreditavam inicialmente que seus alunos seriam capazes de realizar
ciência e precisaram ser convencidos disso. Também o comitê científico
que analisou o pedido de financiamento da pesquisa proposto pelas
crianças desacreditou da capacidade delas de gerarem conhecimento
original, rejeitando qualquer ajuda e justificando seu parecer com a
observação de que “crianças não poderiam dar uma contribuição útil para a
ciência”. Para que o artigo final fosse publicado, foi preciso, ainda, vencer
outras barreiras existentes também na comunidade científica. Uma delas, o
fato de a linguagem empregada no artigo não seguir o formalismo exigido
nas publicações científicas, mas se valer da linguagem narrativa, que é
própria das crianças (o artigo inicia-se, por exemplo, com a célebre
frase “Era uma vez...”). Outro, o fato de as tabelas terem sido
coloridas a lápis de cor, motivo também considerado na rejeição inicial
da publicação, por não atender ao “controle de qualidade exigido para
publicações científicas”.

- Os gráficos feitos pelas crianças, coloridos a lápis, foram um dos motivos que fizeram com que o artigo fosse inicialmente rejeitado pelo periódico, por não atender ao “controle de qualidade exigido para publicações científicas”. (imagem: Reprodução/ Biology Letters)
Apenas depois de submetido à revisão de importantes pesquisadores que
escreveram comentários contextualizados e referenciados dando conta da
originalidade e importância dos resultados obtidos pelas crianças e de
ser submetido à crítica e revisão de cinco consultores independentes, o artigo ‘Blackawton bees’ foi finalmente publicado em março de 2011, na revista Biology Letters, e é um dos mais acessados para leitura e reprodução (download). É assinado pela escola (autor principal) e pelas 25 crianças (coautoras).
Estudantes ‘divulgadores’
Por fim, para começar o ano realmente animados, queremos também
comentar uma iniciativa de que tomamos conhecimento e que nos parece um
exemplo de que é possível ensinar ciência de modo realmente eficaz e
prazeroso. Trata-se de um projeto de pesquisa e produção de conhecimento
realizado pelos alunos do 2º ano do ensino médio da Escola Estadual de
Ensino Médio Cecília Meireles, em Sapucaia do Sul (RS), orientados por
suas professoras de biologia, Gisele Fontinelli, e de língua portuguesa,
Keli Rabello. No projeto, os alunos constataram a contaminação do solo de algumas
praças da cidade em que moram e procuraram, por meio de um texto de
divulgação, alertar a população para os riscos envolvidos no uso desses
locais públicos e sobre a necessidade da prática de medidas simples para
a prevenção de doenças. Nas aulas de biologia, tiveram oportunidade de aprender técnicas de
coleta e análise de solo, o que lhes permitiu constatar a presença de
parasitas, principalmente em tanques de areia e espaços de lazer de
praças de sua cidade, e identificá-los. Nas aulas de língua portuguesa,
puderam aprimorar as habilidades de leitura e escrita, ao estudar textos
técnicos e de divulgação científica e exercitar como produzi-los. Os alunos da Escola Estadual de Ensino Médio Cecília Meireles
adquiriram, assim, importantes informações e desenvolveram também
variadas habilidades. Mas, o que dizer dos valores aprendidos? Certamente, eles estiveram presentes no processo de ensino e
aprendizagem desenvolvido nesse projeto. Não contentes em apenas
‘conquistar’ informações para si, os alunos decidiram em conjunto com
suas professoras e orientadoras também compartilhar os conhecimentos
adquiridos – e esse é um valor essencial na ciência.
A etapa final do projeto, portanto, envolveu a produção de um texto coletivo de divulgação, destinado às crianças e escrito nos moldes daqueles publicados na revista Ciência Hoje das Crianças, a ser divulgado na comunidade local.O texto dos alunos de Sapucaia do Sul também foi enviado para nós, do Instituto Ciência Hoje, para que soubéssemos e compartilhássemos com nossos leitores não apenas as informações nele contidas, mas também a ideia de que há esperança para o ensino de ciências e para a divulgação científica em nosso país, porque também entre nós, há boas iniciativas sendo desenvolvidas.
Vera Rita da Costa
Ciência Hoje/ SP
sábado, 17 de outubro de 2015
A PRÁTICA CONTRIBUE MAIS EFETIVAMENTE COM A APRENDIZAGEM!
DISPONÍVEL: http://pchae.cienciahoje.org.br/
ACESSO: 17/10/2015 as 20:47h
Franklin Rumjanek - Novas formas de ensinar - PCHAE
terça-feira, 1 de setembro de 2015
PLATAFORMA DA USP ENSINA A ESCREVER ARTIGOS CIENTÍFICOS
DISPONÍVEL: http://porvir.org/usp-lanca-curso-online-sobre-producao-de-artigo-cientifico/20130806/
ACESSO: 01/09/2015 as 13:46h
ACESSO: 01/09/2015 as 13:46h
Site com videoaulas gratuitas busca fomentar a
elaboração de papers científicos de alto impacto e com maior relevância
por Davi
Lira
Para
melhorar o nível de qualidade na elaboração de artigos científicos por
pesquisadores brasileiros, a Universidade de São Paulo – líder em
produção científica no país -, lançou o curso de Escrita Científica: produção de
artigos de alto impacto. Formatado para a web e oferecido
gratuitamente, o curso tem como objetivo auxiliar pesquisadores e estudantes de
pós-graduação na elaboração de artigos de maior relevância acadêmica.
A redação
de trabalhos científicos, elaborados para serem publicados em revistas de alto
impacto (como a Science, Nature e a Clinics) é um dos gargalos para o
crescimento da produção científica das universidades, incluindo a própria USP,
afirmou o pró-reitor de pesquisa da instituição Marco Antonio Zago, em
reunião recente com dirigentes da universidade. “A técnica não é dominada
amplamente, em especial pelos pesquisadores principiantes e alunos de
pós-graduação”, disse Zago.
É por
isso que o curso on-line de escrita científica foi pensado de forma didática e
intuitiva. Desenvolvido pelo professor Valtencir Zucolotto, do Instituto de
Física de São Carlos, o curso é dividido em oito módulos e conta com videoaulas
que explicam, passo a passo, cada uma das partes que compõem o paper
(títulos, introdução, resultados, conclusões). Há um tópico especial sobre a
elaboração de textos científicos em inglês.
Além das
videoaulas – que podem ser consultadas a qualquer momento -, os interessados
ainda contam com apostilas explicativas e materiais didáticos extras, que
trazem indicações de obras de referência recomendadas por Zucolotto. Todos os
materiais podem ser baixados livremente. O curso, no entanto, não disponibiliza
a emissão de certificados.
Inovação
O baixo
índice de repercussão internacional de parte da pesquisa produzida
nacionalmente é um dos principais problemas que impactam diretamente na
inovação do Brasil. No ranking do Índice Global de Inovação 2013
produzido pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual, por exemplo, o
país ficou em 64ª lugar entre 142 países.
A análise
de problemas na qualidade dos artigos científicos foi um dos destaque nas
reuniões do último encontro realizado pela Sociedade Brasileira para o
Progresso da Ciência (SBPC), em Recife, no final de julho. Na ocasião,
representantes de agências de fomento apontaram a necessidade de estimular a
qualidade dos trabalhos publicados por cientistas brasileiros, especialmente
quando os artigos são feitos em inglês.
Offline
E para
quem preferir fazer um curso presencial, a Associação Brasileira de
Pesquisadores de Comunicação Organizacional e Relações Públicas (Abrapcorp)
promove, dia 17 de agosto, das 8h30 às 17h30, o curso avançado Como elaborar
artigos científicos para eventos e revistas. O curso será ministrado por Gilson
Volpato, professor do Instituto de Biociências da Unesp (Universidade Estadual
Paulista) de Botucatu.(Inscrições encerradas)
Material
adicional gratuito para consulta ou download:
ARTIGO
CIENTÍFICO
1. Baixe um modelo padrão de artigo pré-pronto feito pela Intercom
2. Confira as normas da ABNT sobre artigos acadêmicos
3. A professora da USP Eliana Garcia detalha os tipos de artigos
4. Saiba como produzir artigos com a professora da USP Aparecida Sabadini
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2. Confira as normas da ABNT sobre artigos acadêmicos
3. A professora da USP Eliana Garcia detalha os tipos de artigos
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TCC DE
GRADUAÇÃO
1. Confira modelo pré-formatado de TCC elaborado pela USP São Carlos
2. Aprenda a utilizar o Prezi como alternativa aos slides do Powerpoint
3. Descubra uma nova forma de apresentar o trabalho com o Mural.ly
1. Confira modelo pré-formatado de TCC elaborado pela USP São Carlos
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MONOGRAFIA
DE GRADUAÇÃO OU ESPECIALIZAÇÃO
1. Leia as principais recomendações para a monografia feitas pela USP
2. Confira as instruções detalhadas para elaboração de uma monografia
3. Baixe a ferramenta Monogrando para ajudar na formatação do trabalho
1. Leia as principais recomendações para a monografia feitas pela USP
2. Confira as instruções detalhadas para elaboração de uma monografia
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DISSERTAÇÃO
DE MESTRADO
1. Confira as diretrizes sobre dissertações disponibilizadas pela USP
2. Leia o manual sobre a confecção de dissertações da UFRJ
3. Conheça os softwares usados para facilitar a elaboração da dissertação
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TESE DE
DOUTORADO
1. Baixe o manual de elaboração de teses publicado pela UFRJ
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3. Acesse um modelo de esqueleto de uma tese de doutorado da COPPE
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