sábado, 13 de fevereiro de 2016

BASE CURRICULAR COMUM: QUÍMICA EM FOCO

DISPONÍVEL EM: https://www.facebook.com/Ensino-de-Qu%C3%ADmica-168613099852007/?fref=ts#
ACESSO: 13/02/2016 as 15:38h


Você tem ouvido falar da Base Nacional Comum Curricular? Sim? Não?! Então leia este post porque ela vai mudar a forma com que lidamos com as aulas de Química.

A Base é uma cartilha para a renovação e o aprimoramento da educação básica como um todo, que visa deixar claro os conhecimentos essenciais aos quais os estudantes têm o direito em todo território nacional.
De acordo com MEC, a partir dela os professores continuarão podendo escolher os melhores caminhos de como ensinar e quais elementos precisam ser somados nesse processo de aprendizagem e desenvolvimento de seus alunos, respeitando a diversidade, as particularidades e os contextos onde estão inseridos.
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Ao que diz respeito à área da Química (pág. 220-234), é apresentado em pouco mais de duas páginas um texto inicial muito interessante que trata da importância do ensino desta ciência para os nossos alunos do Ensino Médio, para que estes desenvolvam sua criticidade podendo reconhecer como a Química influencia suas vidas, a sociedade e o mundo no qual estão inseridos! Recomendo a leitura. Abaixo encontram-se pequenos trechos desse texto mencionado. :D
Estudar Química no Ensino Médio ajuda o jovem a tornar-se mais bem informado, mais crítico, a argumentarposicionando-se em uma série de debates do mundo contemporâneo. As mudanças climáticas e o efeito estufa, o uso de feromônios como alternativa aos agrotóxicos no combate às pragas agrícolas, a necessidade de informações sobre a presença de transgênicos em rótulos de alimentos e os custos ambientais das minerações são apenas alguns exemplos de assuntos em que o conhecimento químico é vital para que o/a estudante possa posicionar-se e tomar decisões com consciência.
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O estudo da Química, nessa perspectiva, envolve a participação dos jovens e adultos em processos de investigação de problemas e fenômenos presentes no seu dia-a-dia. Ao investigar questões relacionadas, por exemplo, ao lixo, à poluição dos rios e lagos urbanos, à qualidade do ar de sua cidade, os/as estudantes terão oportunidade de elaborar seus conhecimentos, formulando respostas que envolvem aspectos sociais, econômicos, políticos, entre outros, exercendo, desse modo, sua cidadania.
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Esse texto de apresentação me faz lembrar daquele livro que Educação em Química 2compartilhei com vocês sexta retrasada, Educação em Química – compromisso com a cidadania. Vocês também acharam? Ao que parece, analisando o histórico do ensino de Química no nosso país, estamos caminhando para um ensino desta ciência preocupado com a formação dos cidadãos, sem é claro, deixar de lado a base química científica.
Ao analisar o material da Base proposto, que está em fase de consulta pública até março (abaixo explico como mandar sugestões), percebi que as sequências de ensino sugeridas são bem diferentes do que tem sido feito nas aulas de Química do Ensino Médio hoje. Pelo menos o Ensino Médio com o qual tive contato. Deixe-me explicar. ;)
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Para a organização do currículo de Química são propostas as 6 unidades de conhecimento listadas abaixo que remetem aos grandes temas da Química e a algumas práticas de investigação relevantes para a sociedade brasileira. Para cada unidade são propostos exemplos com abordagens de conhecimento conceitual; contextualização histórica, social e cultural; processos e práticas de investigação; e linguagens da ciência e da natureza.
1) Materiais, propriedades e usos: estudando materiais no dia-a-dia;
2) Transformações dos materiais na natureza e no sistema produtivo: como reconhecer reações químicas, representá-las e interpretá-las;
3) Modelos atômicos e moleculares e suas relações com evidências empíricas e propriedades dos materiais;
4) Energia nas transformações químicas: produzindo, armazenando e transportando energia pelo planeta;
5) A Química de sistemas naturais: qualidade de vida e meio ambiente;
6) Obtenção de materiais e seus impactos ambientais.
De acordo com a proposta:
– O 1º ano do EM trabalha com as unidades 1, 2 e 3.
– O 2º ano do EM aborda as unidades 2, 3 e 4, mas com enfoques diferentes.
– O 3º ano do EM trabalha as unidades 5 e 6.
AMOS VER EXEMPLOS DE AULAS PROPOSTAS PELA BASE?
> Preparei esses slides com alguns dos exemplos propostos inicialmente pela Base, que ainda está em fase de consulta pública. Fiz isso para não ficar muito cansativo ler todos neste slide.
> Na caixa superior se encontra em qual das 6 unidades temáticas aquela aula se encaixa e qual é a abordagem proposta (conhecimento conceitual 📚; contextualização histórica, social e cultural ⏳; processos e práticas de investigação 🔎; ou linguagens da ciência e da natureza 🔡). Abaixo desse caixa encontram-se os objetivos e exemplos propostos pelo documento.
Nesses slides eu trouxe as propostas mais diferentes do que geralmente observamos ser feito nas escolas com o Ensino Médio. Como, por exemplo, ao ser trabalhado com o 1º ano questões relativas à reciclagem, verificação da adulteração de combustíveis, a utilização de tintas desde a pré-história…
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Com o 2º ano, o trabalho com fármacos tão comuns em sua vida cotidiana, porém tão pouco trabalhados na escola; o reconhecimento dos principais componentes dos alimentos e seu papel no organismo, além das causas de obesidade e desnutrição; a leitura e interpretação de textos científicos, bem com a produção de textos sobre temas químicos.
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Além disso, ainda para o segundo ano, há a proposta de valorização dos saberes populares que o Attico Chassot já defendia em seu livro Alfabetização Científica. (Sobre ele, gostaria de fazer um post futuramente… O que vocês acham?) Há, ainda para esta série, as questões relacionadas aos combustíveis fósseis, bem como suas consequências ambientais e políticas.
Quanto ao 3º ano, este não será mais exclusivamente de Química Orgânica, pois trabalhará questões como parâmetros de qualidade de água, ar e solos. Outra proposta é, inclusive, o estudo dos transgênicos, tão presentes no cotidiano mas pouco estudados na escola. Assim, com a abordagem de linguagens, os alunos produzirão materiais voltados à comunidade para conscientização. Dessa maneira, há o envolvimento da escola com a sociedade na qual está inserida.
É claro que o que será estudado não se resume apenas ao que eu vos apresentei. Como havia dito, o que trouxe são propostas que diferem um pouco do que estamos acostumados a ver no ensino de Química hoje.
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Por isso, recomendo fortemente que leiam a seção de Química (e as demais também, se puderem) da Base Nacional Comum Curricular. Você pode lê-la clicando aqui, nas páginas 220-234! OOOU você pode ler online, bem mais prático, indo diretamente no site. Veja logo abaixo aqueles passo-a-passos.
Como está em fase de consulta pública, o MEC precisa da nossa opinião sobre ela!
É bem simples e rápido. Como foi dito no vídeo, é através do Portal Base Nacional Comum que vocês podem deixar as contribuições. Para acessá-lo, clique aqui.
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Mas vamos ao passo-a-passo, caso se sinta perdido(a) :D
1⃣ Lá, você deve se cadastrar.
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2⃣ Após, você pode clicar em “INTERAJA” e verificar naquela coluna lateral o que há na área de Química. Para isso, clique em NAT e faça seguintes seleções. Veja.
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3⃣ Então, clique nesse último “Aplicar filtro“. Você verá todas as propostas apresentadas pelo documento da Base que passei o link anteriormente. Caso não tenha lido em PDF, pode fazer a leitura das propostas aqui.
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4⃣ Verás os anos, as 6 unidades temáticas como UCQs (Unidade de Conhecimento Químico), assim como na imagem abaixo, as abordagens e os exemplos discutidos anteriormente, onde mostrei alguns deles por slides.
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5⃣ Após a leitura, para dar sua sugestão clique em “CONTRIBUA”, como mostrado abaixo.
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6⃣ Selecione uma das séries, clique em ‘Novos objetivos’ e preencha o questionário.
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7⃣ Abaixo sugeri como exemplo aquela aula oxirredução com um problemão que mostrei pra vocês, lembram?
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Assim, vocês poderão contribuir com todas as áreas que desejarem, pois o procedimento é o mesmo.
8⃣ Se quiser, poderá contribuir também com o texto de apresentação disponível no PDF/site.
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Como na frase apresentada pelo MEC, “Os leitores críticos são convidados a indicar possíveis falhas, alterações necessárias, aprimoramentos desejáveis“. Contribua você também. <3
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Segundo o MEC, mais de 9 milhões de contribuições já foram realizadas! :D
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Quer contribuir? Então atenção! Você só tem até o dia 15 de março desse ano!
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