sexta-feira, 19 de março de 2021

CAPÍTULO 14 - ÁCIDO OLEICO, do LIVRO OS BOTÕES DE NAPOLEÃO: As 17 moléculas que mudaram a história

Olá, tod@s bem?

Essa semana estamos no décimo quarto capítulo do livro OS BOTÕES DE NAPOLEÃO: As 17 moléculas que mudaram a história, que é sobre "Ácido oleico". Esse ácido está presente no óleo de oliva ou azeite, especiaria responsável pelo desenvolvimento das sociedades que viveram às margens do Mar Mediterrâneo.

O livro relata a importância do composto, atualmente conhecido por seus benefícios à saúde e que no passado, devido ao extenso comércio, assegurou a prosperidade da sociedade.

Além de fornecer valiosas calorias, o azeite foi usado de diversas formas no cotidiano dos povos que viveram às margens do Mediterrâneo. Lâmpadas cheias de azeite iluminavam as noites escuras.

Tanto gregos como romanos, usaram o óleo para fins cosméticos, espalhando-o sobre a pele após o banho. Atletas consideravam essencial a massagem com azeite para manter os músculos flexíveis. Praticantes de luta livre acrescentavam uma camada de areia ou poeira ao azeite passado no corpo para permitir que os adversários os agarrassem. Rituais oficiados após eventos atléticos incluíam banhos e mais óleo de oliva, massageado na pele para mitigar e curar as escoriações.

Mulheres usavam azeite para manter a pele com aparência jovem e os cabelos brilhantes. Pensava-se que isso ajudava a prevenir a calvície e a promover a força capilar. Como muitos dos compostos responsáveis por fragrância e sabor presentes nas ervas são solúveis em óleo, costumava-se fazer infusões de louro, gergelim, rosa, funcho, menta, zimbro, salva e outras folhas e flores em azeite, produzindo misturas exóticas e extremamente apreciadas.

Médicos da Grécia prescreviam azeite ou algumas dessas misturas para numerosos males, entre os quais náusea, cólera, úlceras e insônia. Muitas referências ao azeite, ingerido ou aplicado externamente, aparecem em antiquíssimos textos médicos egípcios. Até as folhas da oliveira eram usadas para fazer baixar as febres e aliviar os doentes de malária. O óleo de oliva foi usado durante séculos para ungir reis, imperadores e bispos em suas coroações ou sagrações.

É possível extrair óleo de muitos vegetais, tais como: nozes, amêndoas, milho, sementes de gergelim, de linho, de girassol, cocos, soja e amendoim, entre outros. Os óleos e as gorduras, seus primos quimicamente muito próximos de fonte animal, são apreciados há muito como alimento, para iluminação e para fins cosméticos e medicinais.

Mas, nenhum outro óleo ou gordura jamais se tornou parte tão essencial da cultura e da economia, entrelaçou-se tão estreitamente nos corações e nas mentes das pessoas, ou foi tão importante para o desenvolvimento da civilização ocidental quanto o óleo feito do fruto da oliveira, o AZEITE.

A diferença química entre o azeite e qualquer outro óleo ou gordura é muito pequena. Uma vez mais, porém, uma diferença muito pequena explica grande parte do curso da história humana. Não nos parece demasiado especulativo afirmar que sem o ácido oleico, assim chamado por causa de oliva e da
molécula que distingue o azeite de outros óleos ou gorduras, o desenvolvimento da civilização e da democracia ocidentais poderiam ter seguido curso diferente.

Dessa forma, o capítulo tem descrição bem detalhada (com reações e textos0, entre outras coisas, do conceito de óleo ou gordura, da formação de um triglicerídeo, da saturação e insaturação das cadeias e sua relação com os benefícios ou malefícios que elas podem trazer à saúde, da nomenclatura de alguns ácidos graxos, hidrogenação e gordura cis ou trans e a formação de sabão.

Também foi possível fazer sabão a partir do que parecia ser uma ampla variedade de substâncias (óleo de oliva, sebo, azeite de dendê, gordura de baleia, banha de porco), e como a estrutura química desses produtos não era conhecida até o início do século XIX, a semelhança essencial das estruturas de seus triglicerídeos não era percebida.

Os sabonetes finos de toalete feitos com diferentes gorduras e óleos desafiaram a antiga supremacia do sabão de castela, feito de azeite, mas o azeite havia sido o principal responsável pela manutenção de algum grau de higiene pessoal durante quase um milênio.

Hoje o azeite é em geral reconhecido por seus efeitos positivos sobre a saúde do coração e pelo delicioso sabor que dá à comida. Seu papel de manter viva a tradição da manufatura de sabão e, portanto, o combate à sujeira e à doença durante os tempos medievais é menos conhecido. Mas a riqueza que o azeite proporcionou à Grécia Antiga permitiu em última análise o desenvolvimento de muitos dos ideais daquela cultura que valorizamos ainda hoje.

O comércio do óleo de oliva assegurou grande parte da prosperidade da sociedade, e a educação e o envolvimento cívico a acompanharam.

Esperamos que tenham gostado do resumo desse capítulo.

Abraços em tod@s e se possível, FIQUEM EM CASA!!!

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