1. Informações Bibliográficas:
Schnetzler,
R.P., A Pesquisa em Ensino de Química no
Brasil: conquistas e perspectivas. Quim. Nova, Vol. 25, Supl. 1, 14-24, 2002.
2. Dados sobre a autora:
Roseli
Pacheco Schnetzler
Atualmente é professora titular da Universidade
Metodista de Piracicaba. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em
Tópicos Específicos de Educação, atuando principalmente nos seguintes temas:
ensino de química, formação docente, ensino de ciências e ensino-aprendizagem.
Linhas de pesquisa:
formação docente em química/ciências;
processo de ensino-aprendizagem em
química/ciências;
formação de professores.
Formação:
Doutora em Educação Química pela University of East
Anglia - 1987.
Mestre em Metodologia de Ensino pela Universidade
Estadual de Campinas - 1980.
Especialização em Fotoquímica Orgânica pela
Universidade de São Paulo - 1974.
Graduação em Química pela Universidade de São
Paulo- 1971.
O texto aborda a necessidade de o professor estar
sempre se atualizando e para tanto é necessário que as universidades ofereçam
cursos de graduação e pós graduação voltados para o desenvolvimento de pesquisa
em ensino de química. Aborda ainda a relação histórica da pesquisa em química
com a didática das ciências, o que vem se constituindo como um campo
científico de estudo e investigação, com proposição
e utilização de teorias/modelos e de mecanismos de publicação e divulgação
próprios e, principalmente, pela formação de um novo tipo de profissional
acadêmico – o/a pesquisador/a em ensino de Ciências/Química.
Retrata ainda a necessidade de se realizar uma
alfabetização cientifica, pois a nossa produção sobre o assunto de educação
química ainda é bastante restrito, em detrimento ao pouco conhecimento da área.
Ao longo do texto, a autora cita outros autores no que se refere ao que
defendem o mesmo ponto, como Cachapus e colaboradores que apontam, o
desenvolvimento de um novo campo de conhecimentos aparece quase sempre
associado a condições como: a existência de uma problemática relevante,
suscetível de despertar um interesse suficiente que justifique os esforços
necessários ao seu estudo; o caráter específico dessa problemática, que impeça
o seu estudo por outro corpo de conhecimento já existente e o contexto
sócio-cultural, bem como os recursos humanos e condições externas (p.157).
Em outras palavras, a identidade dessa nova área de investigação é marcada pela
especificidade do conhecimento científico, que está na raiz dos problemas de
ensino e de aprendizagem investigados, implicando pesquisas sobre métodos
didáticos mais adequados ao ensino daquele conhecimento e investigações sobre
processos que melhor dêem conta de necessárias reelaborações conceituais ou
transposições
didáticas para o ensino daquele conhecimento em
contextos escolares determinados. Isso significa que o ensino de ciências/
química implica a transformação do conhecimento científico/químico em
conhecimento escolar, configurando a necessidade de criação de um novo campo de
estudo e investigação, no qual questões centrais sobre o que, como e porque
ensinar ciências/química constituem o cerne das pesquisas. Nesse
sentido, Eybe e Schmidt7, ao investigarem sobre critérios para a produção de
bons artigos de pesquisa em ensino de química,
enfatizam a competência em química como um deles,
embora só ela não seja suficiente para dar conta de outros requisitos: a
necessidade de se explicitar e fundamentar a relevância da questão de
investigação em termos da literatura existente, particularmente da área da
Didática das Ciências; que essa relevância paute-se no propósito de melhorar o
processo de ensino-aprendizagem em química; e que a investigação seja teórica e
metodologicamente fundamentada, articulando, explicitamente, tais referenciais
com procedimentos adotados de coleta, construção e análise de dados.
Finalmente, que os resultados sejam discutidos criticamente. Ao final do
tópico, a autora caracteriza como ocorreu esse desenvolvimento a longo dos
anos. Faz uma comparação da nossa produção cientifica no assunto como outros
países e justiça adesproporção em função de ainda estarmos engatinhando.Descreve
o surgimento do ENEQ,DA SBQ, EDEDs, ECODEDCs,ENNEQs. Comenta ainda sobre o
desenvolvimento de projetos de ensino, bem como a publicação de livros sobre
educação química.
4.
Posicionamento crítico
Embora o texto seja muito longo, o que dificultou
para mim a estruturação do resumo, é muito interesse, pois nos informa como se
deu todo o movimento de produção científica em educação química, além de nos
estimular a fazer parte dele. Compreender a importância dessa nova área a qual
pertencemos, e saber que podemos contribuir para a sua melhoria me deixou
satisfeita. Recomendaria que esse material pudesse ser discutido em grupo, pois
acredito que esse tipo de leitura seja mais eficiente. Para tanto, se faz
necessário realizar a leitura previa com a marcação de alguns tópicos, para que
ao longo da discussão facilitem a fixação.
5.
Referências
Cachapuz, A.; Praia, J.; Gil-Pérez, D.; Carrascosa,
J.; Terrades, F. M.; Rev.Portuguêsa de Educação 2001, 14,
155.
Eybe, H.; Schmidt, H. J.; Int.
J. Sci. Educ. 2001, 23, 209.
Nenhum comentário:
Postar um comentário