segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

SUGESTÕES DE PESQUISA NA ÁREA EDUCACIONAL



 Essas três temáticas que são muito interessantes para serem pesquisadas.
 - FORMAÇÃO EM SERVIÇO: uma vez que é cada vez mais exigido do profissional da educação, se faz necessário que o mesmo esteja em constante processo de atualização.
- PLANEJAMENTO ESCOLAR: como otimizar o horário de planejamento na escola.
- ESTRATÉGIAS DE ENSINO QUE FAVOREÇAM A APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA: aqui a sugestão é que a qualificação do professor o possibilite aplicar e até mesmo desenvolver estratégias que facilitem o processo de ensino e aprendizagem dos alunos.


Dentre as três temáticas propostas, eu tenho preferência pela última, pois vejo que tendo por objetivo maior melhorar o desenvolvimento dos alunos no processo de ensino e aprendizagem, o professor deve sempre pesquisar estratégias que facilitem seu trabalho em sala de aula. Uma ideia, é que esse assunto seja explorado pelo coordenador escolar em forma de FORMAÇÃO EM SERVIÇO durante os momentos de planejamento escolar. Para tanto, sugiro que ao ser pesquisado,deva-se seguir as seguintes etapas: 
- Inicialmente o estudo e fichamento do livro: Técnicas de ensino: por que não? Ilma Passos Alencastro Veiga, onde são esclarecidos conceitos que muito se confundem, como os de técnica e método, além de localizar no tempo o modismo que foi a aplicação da expressão técnica de ensino.
- Em seguida, apresentação das ideias concebidas por cada participante a partir da leitura realizada.
- Será proposto que cada participante selecione uma técnica (ou estratégia de ensino) para trabalhar um determinado assunto do seu conteúdo. O que poderá efetivamente ser realizado no ano letivo de 2014 e que certamente já poderá ser incluído em seu planejamento anual.

Boa trabalho!

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

INÍCIO DO ANO LETIVO......O RETORNO!

          Bem, o ano letivo de 2015 está batendo à porta, assim que tal inovarmos e a cada mês propormos atividades voltadas para as datas comemorativas?
          Fiz uma seleção de algumas datas no primeiro semestre. Claro que não coloquei todas, mas as principais e com as quais é possível trabalhar atividades de  diversas disciplinas, principalmente a Química.....rsrsrs.
Fevereiro – Inicia o ano letivo
O EM entrevista o EF.
14/02 – Dia do Amor
27/02 – Dia do idoso.
Março – Escassez de água e avaliação de Química.
08/02 – Dia Internacional da Mulher.
12/03 – Dia da Biblioteca.
14/03 – Dia da Poesia.
15/03 – Dia dos animais e do circo.
19/03 – Dia da escola.
21/03 – Dia Mundial da Discriminação Racial.
22/03 – Dia Mundial da Água.
Abril – Pesquisando aditivos químicos no supermercado.
02/04 – Dia Mundial do Livro Infantil.
07/04 – Dia Mundial da Saúde.
21/04 – Dia de Tiradentes.
22/04 – Dia do Descobrimento do Brasil.
Maio – Dia das Mães e mês das noivas (ARTESANATO DA BELEZA).
01/05 – Dia Mundial do Trabalho.
10/05 – Dia das Mães.
13/05 – Dia da Abolição da escravatura no Brasil.
25/05 – Dia do Trabalhador rural.
27/05 – Dia da Mata Atlântica.
Junho – Reciclagem de materiais.
05/06 – Dia Mundial do Meio Ambiente.
10/06 – Dia da Língua Portuguesa.
12/06 – Dia dos namorados.
21/06 – Dia Internacional da Música.
25/06 – Dia do Imigrante e do Combate às Drogas.
Atenciosamente,
Profa.: Edneide Silva

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

O MARKETING DO PROFESSOR





         O Marketing Pessoal faz parte do cotidiano de todos, professores ou não. Aqui, nos referiremos aos professores porque tendo a sala de aula como principal local de trabalho, a mesma funciona como uma “vitrine”. Como formador de opinião, o professor é um referencial, um “modelo” para o aluno. No exercício de sua profissão, a imagem pessoal e profissional do professor representa a imagem do corpo docente, confunde-se com a imagem da própria instituição escolar. Essa imagem, segundo Passadori (2003), é formada pela postura, aparência, indumentária, bem como a voz, elegância e confiança, junto às atitudes e comportamentos.
         A imagem fala muito, a todo instante. Manter a postura correta, portanto, é uma forma de respeito às pessoas. Atividades físicas são importantes para o funcionamento do organismo: aumentam a resistência às doenças, descarregam as tensões, corrigem a postura e impõem ritmo e energia à forma de caminhar e de comportar.
         Para tratar de aparência e elegância, não esqueçamos: ‘Não basta você se achar maravilhoso, as pessoas também precisam achar”. A elegância no vestir para o profissional professor ou professora é um investimento necessário. Para isso, é importante a preocupação com a adequação de roupa com o ambiente de trabalho e sempre evitar os excessos, como roupas extravagantes, saias curtas, acessórios e maquiagem carregada. As professoras devem tomar cuidado com o uso ou não de saltos. Usar sandálias baixas, por melhor que seja a grife, compromete a postura e, consequentemente, a elegância. Deve-se procurar um meio termo entre o salto alto e o conforto. Já os professores devem evitar os calçados despojados e chinelos. É sempre bom, no caso dos calçados de couro, engraxá-los bem e/ou mantê-los limpos.
         Para completar o Marketing Pessoal, no tocante à aparência e elegância, recomenda-se cuidados com os cabelos, com a higiene da pele e das unhas, sempre bem cuidadas e, para concluir, o uso de perfume discreto e adequado ao horário e ambiente.
         O comportamento, além da elegância, também faz parte da etiqueta social. Sendo assim, não podemos deixar de lembrar a importância das normas básicas de comportamento à mesa, em sua participação nos eventos, sejam profissionais ou pessoais, como encontros pedagógicos, congressos e cursos de formação. A boa convivência com os colegas de trabalho é fator importante, visto que o professor cobra dos seus alunos respeito, relacionamento transparente e clima harmonioso no ambiente escolar. A prática profissional, nesse caso funciona  como efeito espelho. Portanto, as atitudes do professor e seu comportamento dentro e fora do ambiente escolar, revertem-se no seu próprio ensino. Não podemos esquecer as palavrinhas mágicas: “por favor”, “com licença”, obrigada”, antes mesmo de cobrá-las de nossos alunos. Outro ponto importante é a elegância dos cumprimentos, no dia a dia, como desejar um bom dia, um bom final de semana e, naturalmente lembrar os aniversários. Essas atitudes solidificam o relacionamento, promovem o bem-estar, geram harmonia no trabalho, além de fortalecer a equipe.
         O trato com os espaços de uso comum também refletem o nível de consciência e a educação dos sujeitos, além do mais, quando esses sujeitos são educadores! Não é raro nos depararmos com situações em que o próprio adulto da relação lança fora o lixo em local impróprio, arrasta cadeiras ou mesas, desfaz o que antes estava em ordem, num comodismo, reforçado por uma mentalidade de que “os outros devem me servir”. Quando estamos nos referindo a educadores, o peso desses equívocos parece tomar proporções ainda maiores. Portanto voltemos à importância de ser exemplo; se meu aluno enxerga em mim alguém preocupado com o zelo e a manutenção da limpeza dos espaços por nós compartilhados um modelo sadio e equilibrado começa a ser formado.
         Para completar as orientações sobre as atitudes comportamentais, sejamos sensíveis a necessidade de enxergar a leitura como uma poderosa ferramenta na formação do professor. Ler bons livros e demais suportes dos diversos gêneros textuais dá uma dimensão superior à nossa competência. A leitura promove melhor raciocínio, facilita a expressão verbal, amplia o vocabulário, além de aprimorar a sensibilidade e o conhecimento de mundo.
         Frente ao exposto, podemos compreender que, mesmo os profissionais da educação cuja imagem consolidada é a de profissionais dedicados e, antes de tudo, apaixonados pelo que fazem, passem a se preocupar com seu Marketing Pessoal. Dentro dessa perspectiva, Passadori sugere alguns cuidados na busca e estruturação do Marketing Pessoal na profissão do Professor:
1)      Faça algo para promover sua própria imagem, aproveitando as oportunidades que surgirem para mostrar o potencial que tem, quer seja de falar em público, escrever um artigo, fazer palestra ou tomar decisões para realizar algo desafiante;
2)      Conheça e amplie suas próprias capacidades, fazendo cursos de especializações ou aperfeiçoamento. Hoje se faz necessário um conhecimento de inglês e de espanhol e uma constante atualização em informática;
3)      Realize, principalmente em atividades profissionais, aquilo que lhe dá prazer. Com isso você estará prestando um grande serviço a você mesmo e aos seus alunos por estar fazendo algo melhor, justamente porque lhe é prazeroso;
4)      Imagine-se no futuro e veja-se realizado, com muito sucesso pessoal e profissional e muito feliz. Isso o ajudará a identificar o que precisa fazer hoje para conseguir o que se deseja amanhã;
5)      Viva harmoniosamente com as incertezas e as surpresas. Elas fazem parte do processo da vida. Não se deixe abater por dúvidas, medos ou fraquezas.

“Lembre-se de que o Marketing Pessoal é apenas um reflexo daquilo que você é, pensa e sente”.

Texto adaptado de Anita S. M. Pinheiro.

QUANDO UM EQUIPAMENTO É DIDÁTICO?

DISPONÍVEL: http://www.construirnoticias.com.br/asp/materia.asp?id=1712
ACESSO: 05/01/2015 às 20:48h


Educador: como você sabe, é indiscutível o papel do material didático como recurso incentivador da aprendizagem, uma vez que as mensagens que o estudante recebe por meio dele não são somente verbais, mas também abarcam sons, cores, formas, sensações.

Só pela sua presença, os materiais didáticos já cumprem a função de estabelecer contato na comunicação entre professor e aluno, alterando a monotonia das aulas exclusivamente verbais. Esses materiais ainda podem substituir, na maioria das vezes, a simples memorização, contribuindo para o desenvolvimento de operações de análise e síntese, generalização e abstração a partir de elementos concretos.

Dessa forma, ampliam o campo de experiência do estudante ao fazê-lo defrontar-se com elementos que, de outro modo, permaneceriam distantes no tempo e no espaço.

Há uma gama de equipamentos didáticos, em grande parte recursos audiovisuais, que foram pensados e construídos para atender às diversas disciplinas em todas as modalidades de ensino. Mas há casos, e não são poucos, em que equipamentos não convencionais ou não pensados, em sua origem, para fins pedagógicos tornam-se didáticos.

Leia o relato a seguir e conheça um bom exemplo de como isso acontece.

A flor

“Quando era pequena, estudava numa sala... parada. Espera, não quero dizer, com isso, que as salas de aula deveriam sair por aí passeando. Mas bem que elas poderiam dar uma sacudidinha de vez em quando e mudar o visual para chamar a nossa atenção, certo? Mas não. Era proibido mexer naquela sala. Parecia que qualquer modificação iria prejudicar o nosso aprendizado. As paredes eram brancas e deviam estar sempre branquinhas, falavam. As carteiras eram fixas, grudadas no chão. Tudo era imóvel. Olha, nem me lembro da sala, ninguém nem olhava para os lados. Afinal, para quê? Era sempre igual...

Um dia, um dos meninos da classe trouxe uma flor de presente para a professora. Uma rosa cor-de-rosa. Não lembro o motivo, se era Dia do Professor, aniversário dela ou se ele só quis agradar. Só recordo que ele apareceu na sala de aula, eufórico, com a flor na mão.

— Professora! Trouxe um presente!

A professora era muito falante, extrovertida e espalhafatosa. Fez a maior encenação, com cara de surpresa. ‘Mas que beleeeza! Coisa liiinda!’. Depois pediu uns minutinhos e saiu da sala com a flor na mão. Quando voltou, estava sem a flor.

— Ué? — o menino levantou a mão, intrigado — Professora, cadê a flor que eu dei pra senhora?

— Ah! — ela disse, sorrindo — Coloquei num vaso, lá na sala dos professores, para não ‘atrapalhar’ a aula — e encerrou o assunto, categórica — Obrigada, viu?

[...]

Uma simples rosa cor-de-rosa... atrapalha a aula? De onde ela tirou isso? Gente, a flor era um presente, um ato de carinho do aluno. E, segundo ela mesma, ‘linda’. Será que, por isso, desorganiza o espaço?

Pergunto: pode uma coisa dessas?”

CARVALHO, Lúcia. Livro do Diretor: Espaços & Pessoas. São Paulo: Cedac/MEC, 2002.

Esse pequeno relato faz parte da memória dos tempos de escola de uma educadora, mas poderia fazer parte da história de muitos de nós, não é mesmo? Quem já não viveu experiência semelhante, quando um elemento alheio aos objetivos de uma aula chamou mais a atenção que a própria aula, e a professora ou o professor o ignorou só para continuar as atividades que havia planejado? Pois bem, esse texto nos auxilia a fazer uma série de reflexões.

Veja que a professora, ao tirar a flor da sala — para não “atrapalhar” a aula —, não observou que a rosa poderia, ao contrário, “ser” a própria aula. Uma aula de biologia, ecologia, meio ambiente, reprodução das plantas, plantio, abelhas, mel, fotossíntese, decoração, arborização e mais um milhão de coisas! Além disso, a permanência da flor na classe poderia ajudar na fixação desses conhecimentos. Talvez, assim, fosse possível reparar um pouco mais na sala de aula, já que era tão monótona... Mas a professora, da mesma forma que não reparou na flor, também não reparava na sala de aula, que continuava parada, igual.

Perceba, então, que uma das principais funções do material didático é, também, dinamizar a aula, aguçando a curiosidade do aluno e despertando sua atenção para o que vai ser tratado naquele momento. Claro que seu uso precisa ser planejado, bem-elaborado, preparado com antecedência.

Porém, como determinam as boas práticas didáticas, o planejamento das aulas pode — e deve — resultar em atividades flexíveis, no sentido de atender às demandas concretas dos alunos, fazendo uma ponte com os componentes curriculares, ainda que não previstos para aquele momento. Se analisarmos bem, veremos que é exatamente esse o caso da rosa.

E, assim como ela, vários são os elementos, os objetos presentes no nosso cotidiano que podem se transformar em ótimos recursos didáticos. Nos cursos de mecânica de automóveis, por exemplo, geralmente, durante as aulas expositivas, as peças de motores de carros vão sendo apresentadas, montadas e desmontadas para que o aluno consiga fazer as relações necessárias entre o que está sendo ensinado e o que precisa ser aprendido, entre teoria e prática, para que esse processo seja eficaz no desenvolvimento das habilidades básicas, essenciais à formação de um mecânico competente.

Nessa mesma linha de raciocínio, vários utensílios podem, dependendo dos objetivos da aula, tornar-se materiais didáticos. Uma aula sobre alimentação saudável, por exemplo, pode ser realizada, se não diretamente na cozinha, utilizando-se equipamentos próprios, incluindo, além de vasilhas e talheres, medidores de líquido e balança. O preparo de receitas saudáveis e alternativas, além de mudar os hábitos alimentares dos alunos, pode colocá-los em contato com os conhecimentos sobre medidas de capacidade (litro, mililitro) e de massa (quilo, grama), entre outros. Nesse caso, os utensílios de cozinha e os instrumentos de medição revestem-se de um caráter iminentemente didático, uma vez que atuam como mediadores das construções necessárias à aquisição daqueles conhecimentos.

Em seu ambiente de trabalho, há muitos instrumentos e ferramentas de uso voltados à manutenção e à conservação da infraestrutura escolar (equipamentos de limpeza, marcenaria, capina, etc.). Verifique quais deles poderiam ser utilizados pelos estudantes em uma atividade de educação ambiental, visando à economia de recursos naturais ou à preservação das áreas verdes da escola, por exemplo. Selecione o tema e os materiais a eles relacionados. Descreva de que forma poderiam ser empregados a fim de exercerem funções didáticas.

Principais recursos didáticos utilizados na Educação brasileira

Historicamente, no Brasil, as sucessivas reformas educacionais incluem materiais didáticos inovadores como exigência de novas filosofias e/ou metodologias de ensino que agreguem aos conceitos didáticos e pedagógicos a reformulação da prática docente. Em geral, tal reformulação prevê a adoção de novas técnicas, às quais se relacionam novos materiais e equipamentos.

Mas o que se tem, na verdade, são tentativas, de cima para baixo, e muitas vezes frustradas, de modernizar os processos sem levar em conta todos os elementos envolvidos. Talvez esse tenha sido um dos principais fatores que colaboraram para a subutilização dos recursos disponíveis nas escolas, na comunidade, na natureza. A produção de materiais e equipamentos didáticos deriva antes dos interesses dos fabricantes e dos fornecedores do que da necessidade dos educadores e dos educandos.

É, de certa forma, compreensível que tal coisa aconteça, pois já vivemos a experiência cotidiana em que a imposição impera em lugar das práticas democráticas e dialógicas. Dessa maneira, os resultados tendem a atingir padrões aquém das expectativas.

Em relação à Educação, a contextualização não apenas do currículo, mas, sobretudo, das estratégias a serem adotadas é cada vez mais necessária, tendo em vista o respeito às diferenças socioculturais e às demandas específicas de cada grupo que ocupa o espaço educacional.



Outro aspecto importante confirmado pelas práticas escolares é a introdução de um recurso didático — por mais desenvolvido tecnologicamente que seja, em qualquer época — não apresentar resultados instantâneos e automáticos nem no ensino nem na aprendizagem. Nesse sentido, apenas uma aplicação sistemática, ordenada, com ações bem planejadas, objetivos bem-definidos e respeito ao contexto educacional local podem promover, a médio prazo, as mudanças que os materiais e equipamentos didáticos têm em potencial.

Há de se levar em conta a participação dos diversos segmentos da comunidade escolar na construção das propostas pedagógicas, bem como na seleção das ferramentas adequadas às intervenções. Nesse caso, vale lembrar o papel fundamental que você, funcionário da escola, deve exercer a partir não somente da vivência como educador, mas também dos conhecimentos específicos adquiridos, que lhe conferem habilidades de técnico e gestor nesses processos.

Esses conhecimentos novos devem garantir sua efetiva participação, sobretudo no planejamento, no uso, na manutenção e na conservação dos equipamentos didáticos adequados para cada fim, a partir do planejamento das atividades pedagógicas elaboradas pelos professores, se possível em conjunto com você e com os outros técnicos da escola.

Para tanto, um conhecimento um pouco mais aprofundado sobre os materiais e equipamentos didáticos atualmente em uso nas nossas escolas é essencial. Veja, no quadro a seguir, a lista de recursos didáticos mais conhecidos no Brasil:

Álbum Seriado
Cartazes
Computador
Desenhos
Diorama
Discos
DVDs
Episcópio
Filmes
Data-show
Flanelógrafo
Fôlderes
Gráficos
Gravador
Gravuras
Televisão
Textos
Transparências
Varal Didático

História em Quadrinhos
Ilustrações
Jornais
Letreiros
Livros
Mapas
Maquetes
Mimeógrafo
Modelos
Mural
Museus
Quadro Magnético
Quadro de Giz
Reália
Retroprojetor
Slides
Revistas
Videocassete
Aparelho de DVD

Esses materiais e equipamentos são mais conhecidos por serem mais universais, ou seja, podem ser utilizados em todos os componentes curriculares e em todas as modalidades do ensino, além de terem um custo relativamente baixo. Alguns deles serão estudados mais detalhadamente.

Há, ainda, materiais específicos para etapas e modalidades de ensino específico, como é o caso dos equipamentos para creches e pré-escolas, para as diferentes idades e matérias dos ensinos Fundamental e Médio, para a educação profissional e para os portadores de necessidades educacionais especiais.

Aqui, você conheceu uma lista de materiais e equipamentos. Com base nas informações nela contidas, realize, na escola em que você trabalha, uma pesquisa sobre os materiais e equipamentos existentes. Relacione-os e verifique se estão identificados na lista daqueles mais populares e aponte a qual grupo de classificação cada um pertence.

Aponte, ainda, quais equipamentos relacionados no quadro — e não existentes na sua escola — você considera de extrema importância para a mediação do ensino-aprendizagem. Justifique sua escolha. Registre em seu memorial.

FREITAS, Olga. Equipamentos e Materiais Didáticos. Brasília: Universidade de Brasília, 2007.

Fonte: Maria Rosângela Mello – CRTE Telêmaco Borea.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

UM PASSO À FRENTE, OUTRO ATRÁS

DISPONÍVEL: http://cienciahoje.uol.com.br/alo-professor/intervalo/2014/12/um-passo-a-frente-outro-atras
ACESSO: 15/12/2014 as 07:09h
      
Projeto de lei que propõe a inserção da doutrina criacionista na grade curricular de ensino no país reacende polêmica sobre se considerar teoria científica e crença religiosa como formas de conhecimento equivalentes a serem apresentadas em sala de aula.
Por: Vera Rita da Costa
Publicado em 10/12/2014 | Atualizado em 10/12/2014
Um passo à frente, outro atrás
O projeto de lei de autoria do deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) que está em debate no Congresso
 propõe a obrigatoriedade do ensino do criacionismo nas redes pública e privada do país.
(foto: Roosewelt Pinheiro/ Agência Brasil)        
           
Quando, em outubro deste ano, o Papa Francisco reconheceu a evolução como “uma abordagem científica válida para o desenvolvimento dos humanos” e declarou não achar a teoria biológica da evolução e a crença criacionista visões excludentes, respirei um pouco aliviada. Não tanto pelo fato em si, mas porque pensei que finalmente alguém do campo religioso usava a terminologia correta (teoria para a visão científica e crença para a visão religiosa) – e que isso, por si só, já seria um importante passo para uma discussão mais ampla do que é ciência e do que é religião ou, ainda, para se diferenciar mais claramente os pressupostos em que cada uma dessas visões do mundo se baseia.
Mas minha alegria (ou ingenuidade) durou pouco. Não passou nem um mês para vir à tona a notícia do projeto de lei apresentado em novembro último à Câmara dos Deputados e no qual se propõe a inserção da “doutrina criacionista” na grade curricular das redes pública e privada de ensino do país, como alternativa ao ensino da “teoria do evolucionismo”.
Com isso, reacendeu-se a ‘velha fogueira’, alimentada pela falta de conhecimento e confusão entre o que é uma teoria científica e o que é uma crença religiosa. Ou, ainda, reeditou-se o equívoco de considerar que uma teoria científica (a da evolução) e uma crença (o criacionismo) são formas de “conhecimento” ou “disciplinas” equivalentes “cognitivamente” e que devem, por isso, ser apresentadas e debatidas de forma conjunta, por exemplo, nas aulas de ciências.

Ciência em debate?

Portanto, se você é professor de ciências e biologia, fique atento. Encontra-se em debate a questão. Também se encontram em foco a necessidade e a urgência de esclarecer o mais amplamente possível o que é a ciência e ‘como ela funciona’ – agora, inclusive, para os deputados integrantes da Comissão de Educação (CE) e da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC) da Câmara Federal, que deverão em breve analisar e decidir sobre o projeto apresentado.
Dê uma olhada aqui no que é proposto no projeto. O projeto de lei 8099/2014 é de autoria do deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP), pastor do Ministério Catedral do Avivamento, e foi apensado (anexado) a outro projeto de lei (PL 309/2011), também de sua autoria, que propõe a obrigatoriedade do ensino religioso nas redes públicas de ensino do país.
O argumento central do projeto 8099/2014, agora proposto, é a ideia de que a liberdade de consciência e de crença, definida na Constituição, está sendo burlada por não se incluir e garantir que o criacionismo esteja presente em nossa educação básica, lado a lado com a teoria evolucionista, uma vez que ele já é, segundo afirmativa do deputado, a crença da maioria da população brasileira e defendido e ensinado pela maioria das religiões em nosso país, entre as quais a católica e as chamadas evangélicas.
O que se requer – explica Marco Feliciano na justificativa de seu projeto – não é, portanto, a supressão da teoria evolucionista dos currículos escolares, mas a inclusão da doutrina criacionista, para permitir “alternância de conhecimento de fonte diversa a fim de que o estudante avalie cognitivamente ambas as disciplinas”.

Reação ao projeto de lei

A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) reagiu prontamente e de forma contrária à proposta apresentada por Marco Feliciano. Também o fez a Associação Brasileira de Ensino de Biologia (Sbenbio) e a Associação Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências (Abrapec).
Segundo a SBPC, a proposta contém equívocos graves e argumentos falsos, entre os quais a ideia de que, ao se tornar obrigatório o ensino do criacionismo nas escolas da rede pública e privada, “a liberdade de crença dos alunos” estará sendo preservada.
Ao contrário disso, a SBPC entende que, ao se introduzir a obrigatoriedade do ensino do criacionismo nas escolas, se estará violando a liberdade de crença daqueles alunos que não compartilham da crença criacionista, mas estarão obrigados a estudá-la.
O Brasil, lembra a SBPC na carta enviada aos congressistas (cuja íntegra você pode ler aqui), é um Estado laico – garante a separação entre Estado e religião e não possui uma religião oficial. A liberdade de crença religiosa está assegurada em nosso país a todo cidadão pela Constituição Federal, uma vez que o ensino religioso, como também previsto e regulamentado em nossas leis, é matéria facultativa às escolas e, quando oferecido, deve ser capaz de assegurar o respeito à diversidade cultural religiosa do país, ser de livre adesão e livre presença aos alunos. Tornar obrigatório o ensino do criacionismo, mesmo no âmbito do ensino religioso seria, portanto, inconstitucional e uma violação à liberdade de crença já assegurada pela Constituição e demais leis, defende a SBPC.

Evolução não é crença

Outro equívoco também apontado pela SBPC no projeto de lei apresentado por Feliciano é a tentativa de equiparar a teoria da evolução e o criacionismo, conferindo-lhes um mesmo status cognitivo e considerando-os visões de mundo opostas e excludentes, a ponto de serem apresentadas e discutidas conjuntamente, por exemplo, nas aulas de ciências.
“A teoria da evolução não é crença, é ciência” e “o criacionismo não é ciência, é crença”, esclarece a SBPC em sua carta aos congressistas.
Professor de ciência
O projeto de lei defende que teorias científicas e crenças são formas de “conhecimento” equivalentes
 “cognitivamente” e, por isso, devem ser apresentadas de forma conjunta nas aulas de ciências.
(foto: Roosewelt Pinheiro/ Agência Brasil)
Como teoria científica, explica a SBPC, a teoria da evolução está baseada em observações e experimentos realizados em uma ampla gama de disciplinas científicas. Além disso, atende às premissas da ciência e tem sido testada ao longo dos anos, confrontada com os fatos e corroborada por evidências científicas acumuladas. O criacionismo, por sua vez, não satisfaz a essas condições essenciais. Não pode ser testado, refutado, confrontado com a realidade por meio de observações e experiências ou ter verificadas as suas afirmações. Encontra-se, sobretudo, baseado em valores morais e éticos, constituindo-se em uma crença.
É, portanto, justamente por terem “naturezas e critérios de análise distintos”, que a SBPC não considera adequado apresentar crenças criacionistas em aulas de ciências, lado a lado à apresentação da teoria da evolução biológica. O ensino de “conceitos não-científicos” nas aulas de ciência apenas irá “confundir os estudantes quanto aos processos, natureza e limites da ciência”, considera a Sociedade.
Também a Sbenbio e a Abrapec, associações que reúnem pesquisadores e professores ligados ao ensino de ciências e biologia, se manifestaram contrárias ao projeto apresentado por Marco Feliciano.
Em carta aberta, assinada conjuntamente e divulgada em 24 de novembro, as entidades alertam, como o fez a SBPC, para a inconstitucionalidade do projeto e argumentam a favor da necessidade de se diferenciar ciência e crença. Mas, além disso, tecem duras críticas ao que chamam de “falsos argumentos” que embasam o projeto de lei apresentado por Marco Feliciano.
Segundo a Sbenbio e a Abrapec, não é correto, por exemplo, afirmar, como se faz no projeto, que o ‘pertencimento religioso’ e a própria doutrina criacionista não encontram condições de se expressar no ambiente escolar. Quem conhece “minimamente a realidade escolar”, alegam as entidades, sabe que “diferentes pontos de vista religiosos (e muitos de outra natureza) já se fazem presentes na maioria das salas de aula de diversas maneiras”, uma vez que constituem “inquietações e visões de mundo” dos alunos.
Ao contrário do que se proclama no texto do projeto de lei PL8099/2014, a Sbenbio e a Abrapec consideram que o que está em jogo agora não é a garantia do debate saudável entre religião e ciência ou a defesa da pluralidade, que já existiria na maioria das escolas, inclusive, nas aulas de ciências. Mas a “tentativa de ingerência indevida do proselitismo religioso na educação básica pública e privada” do país ou, ainda, de “ocupação por movimentos religiosos institucionalizados dos mais diversos espaços (a escola e seu currículo são apenas alguns deles)”, a fim de angariar mais seguidores.
Vera Rita da Costa
Ciência Hoje/ SP